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ETAPA 1

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caules secos de girassol sobre um solo quase nú. Durante o Inverno assiste-se ao<br />

desenvolvimento de várias espécies oportunistas que gradualmente transformam o<br />

restolho em pastagem. Os restolhos podem, então, ser usados como pastos para o<br />

gado. No início da Primavera os talhões são lavrados a fim de se proceder a nova<br />

sementeira (na maioria dos casos, novamente girassol) ou permanecem em pousio<br />

por um ano. Neste caso, são normalmente aproveitados como pastagens para gado<br />

durante essa Primavera ou Verão (Tomé 1994). No restolho de girassol a abundância<br />

de avifauna é máxima nos meses de Dezembro (43,82 aves/ha) e Janeiro e mínima<br />

em Novembro e Fevereiro (28,90 aves/ha). Estes valores são superiores aos máximos<br />

obtidos após a sementeira de girassol (10,8 aves/ha). A riqueza específica do restolho<br />

é maior em Dezembro (12 espécies/ha) e menor em Janeiro e Fevereiro (6 e 8<br />

espécies, respectivamente), registando um aumento acentuado após a sementeira do<br />

girassol, com um máximo de 16 espécies em Junho (a riqueza é superior nos campos<br />

de girassol, do que no respectivo restolho). No Inverno (no restolho), as espécies mais<br />

abundantes são, o carraceiro, o abibe, a tarambola-dourada, o guincho, a laverca, a<br />

petinha-dos-prados, o pardal e o pintassilgo. Na Primavera (no girassol) as espécies<br />

mais abundantes são, a perdiz, o maçarico-galego, o andorinhão-preto, a calhandrareal,<br />

a fuinha-dos-juncos, o cartaxo, o pardal, o pintassilgo, o pintarroxo e o trigueirão<br />

(Leitão, 1993).<br />

Milheirais – O milho é semeado em regadio em Março ou Abril. A intensidade da rega,<br />

realizada por “pivots” provoca um relativo alagamento dos solos nos milheirais. Os<br />

milheirais desenvolvidos, constituem monoculturas muito densas, em que a maior<br />

parte das plantas pode atingir cerca de 3 metros de altura. O milho cresce até<br />

Setembro ou Outubro, altura em que se procede à recolha das espigas e ao corte dos<br />

caules. Na Primavera seguinte os milheirais são normalmente implantados nos<br />

mesmos talhões (Tomé, 1994).<br />

Restolhos de milho – Estes restolhos consistem em terrenos relativamente alagados<br />

onde permanecem apenas as bases dos caules de milhos cortados. Os talhões<br />

permanecem em restolho entre Setembro e Outubro e a Primavera seguinte, altura em<br />

que são lavrados e semeados novamente com milho ou, mais raramente, com girassol<br />

(Tomé, 1994). Nos restolhos de milho, a abundância de aves é maior no Inverno, em<br />

especial no mês de Janeiro (27,57 aves/ha). A partir deste mês regista uma diminuição<br />

progressiva até atingir o mínimo no mês de Abril (0,6 aves/ha), durante o qual ocorre a<br />

sementeira do milho, com a consequente destruição do coberto vegetal desenvolvido<br />

durante o Inverno. A partir da sementeira, a abundância aumenta ligeiramente. A<br />

riqueza específica apresenta uma variação idêntica à da abundância, com valores<br />

máximos obtidos em Dezembro, Janeiro e Junho (15, 16 e 14 espécies,<br />

respectivamente) e mínimos em Novembro e Abril, durante a sementeira (6 espécies).<br />

As espécies residentes mais abundantes são, a perdiz e o pardal, como invernantes<br />

ocorrem 8 espécies, o carraceiro, a codorniz, o abibe, a narceja, a laverca, a petinha-<br />

ESTUDOS DE BASE – <strong>ETAPA</strong> 1 – DESCRIÇÃO. VOLUME II (REV 1 – 2007-04-30) 55

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