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ETAPA 1

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(2004) e Pouco Preocupante pela IUCN (2001). Está incluída nos anexos das<br />

convenções de Berna (Anexo III), Bona (Anexo II), CITES (Anexo D) das Directivas<br />

Aves/Habitats (Anexo D) e incluída na Lei de Bases de Caça (ICN, 2006).<br />

Distribuição e movimentos: Embora a marrequinha nidifique em praticamente toda a<br />

área contínua de Tundra costeira e floresta desde a Escandinávia até ao Norte da<br />

Rússia, notam-se algumas diferenças entre populações (Monval e Pirot, 1989). Assim,<br />

as aves que criam desde o Norte da Rússia até ao Mar Báltico invernam no Noroeste<br />

europeu; as aves que criam na Islândia invernam na Grã-bretanha; as que criam na<br />

Grã-bretanha, França e Holanda apresentam um carácter fortemente residente; e por<br />

fim, as marrequinhas que nidificam no Norte da Sibéria e na Rússia invernam na zona<br />

mediterrânica (Rüger et al., 1986; Monval e Pirot, 1989).<br />

Habitat: A marrequinha é uma espécie fortemente migratória, que se agrupa em<br />

grandes concentrações durante o Inverno (Madge e Burn, 1988). Esta espécie ocupa<br />

uma grande variedade de habitats, podendo ocorrer praticamente em qualquer tipo de<br />

zona húmida (Cramp e Simmons, 1977), embora surja com maior frequência em zonas<br />

com vegetação aquática bem desenvolvida (Madge e Burn, 1988). As principais de<br />

invernada situam-se em sapais salgados dos estuários e pauis com coberto vegetal<br />

abundante, sendo os estuários do Tejo e do Sado as áreas mais importantes de<br />

invernada da marrequinha no país (Costa e Guedes, 1994). No estuário do Tejo ocorre<br />

nas zonas entre marés, águas pouco profundas do estuário e tanques das salinas. As<br />

maiores concentrações desta espécie ocorrem na faixa do estuário compreendida<br />

entre Alcochete e a foz do rio Sorraia (Leitão et al., 1998). Segundo Moreira (1995) a<br />

espécie tem preferência por zonas com vegetação de sapal e com vaza arenosa. Nos<br />

Invernos de 2004/05 e 2005/06 a espécie ocorreu preferencialmente Mouchão do<br />

Lombo do Tejo, na Reserva integral (Encarnação, dados não publicados).<br />

População: Em Portugal ocorrem aves da população mediterrânica (Rüger et al.,<br />

1986; Monval e Pirot, 1989) e um grande número de aves provenientes do Noroeste<br />

europeu (Silva e Castro, 1991). Estas aves surgem provavelmente como<br />

consequência de movimentos associados a vagas de frio naquela região (Monval e<br />

Pirot, 1989). A população mediterrânica está estimada em 1.000.000 de indivíduos<br />

(Rose e Scott, 1994), apresentando um aumento global desde 1978, com algumas<br />

flutuações (Monval e Pirot, 1989). O número de indivíduos presente no estuário do<br />

Tejo tem vindo a aumentar significativamente ao longo dos últimos anos. A média de<br />

aves no período de 1976 e 1981 foi de 675 indivíduos, com um máximo de 1151 no<br />

Inverno de 1980/81 (Leitão et al., 1998). No período de 1991/92 a marrequinha<br />

apresentou picos de abundância durante o Inverno, entre os meses de Dezembro e<br />

Março, sendo a densidade mais elevada registada a 17 de Dezembro de 1992, de 17,2<br />

aves/ha na Ponta da Erva (Moreira, 1995). Entre o período de 1992/93 e 1997/98 a<br />

população média de marrequinhas no Tejo foi estimada em 7775 aves, atingindo mais<br />

de 1% da população mediterrânica em Dezembro de 1993 e Novembro de 1995<br />

(Costa e Guedes, 1994, 1997; dados não publicados). Na margem Norte entre<br />

1991/92, a espécie apresentou um máximo de 106 aves e uma densidade de 0,296<br />

aves/ha (Rosa, 1999). E entre 2004/05 2005/6 foram recenseadas 4201 e 6087 aves,<br />

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ESTUDOS DE BASE – <strong>ETAPA</strong> 1 – DESCRIÇÃO. VOLUME II (REV 1 – 2007-04-30)

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