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ETAPA 1

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Fontes: Oliveira e Crespo, 1989; Ferrand de Almeida et al., 2001; (1) dados não publicados do Novo Atlas<br />

dos Anfíbios e Répteis. LC – baixa preocupação, NT – Quase Ameaçado.; DH (II e IV) - Directiva<br />

“Habitats” (Decreto-Lei nº 49/2005 de 24 de Fevereiro, anexo B-II - espécies cuja conservação exige a<br />

designação de zonas especiais de conservação e anexo B-IV – espécies de interesse comunitário que<br />

exigem protecção rigorosa; anexo V – Espécies cuja apanha pode ser sujeita a regulamentação).<br />

1.3.4.1.1 Habitats<br />

A maioria dos anfíbios concentra-se em zonas com águas doces paradas ou com fraca<br />

corrente. Muitos anfíbios, apesar das limitações adaptativas, vivem quase todo o ciclo<br />

de vida em habitats terrestres, necessitando de regressar ao biótopo aquático só para<br />

a reprodução, em zonas pelo menos temporariamente alagadas. Fora do período de<br />

reprodução podem dispersar-se pelos biótopos vizinhos, nomeadamente o montado,<br />

habitat típico do sapinho-de-verrugas-verdes, um dos anuros de menor dimensão,<br />

pastagens, terrenos agrícolas, jardins etc (por exemplo o sapo, o sapo-de-unha-negra<br />

ou o sapo-corredor). Geralmente de meios dulciaquícolas, há algumas espécies de<br />

anfíbios que toleram salinidades relativamente elevadas, tais como a rã-de-focinhopontiagudo<br />

(Oliveira et al., 2006, in Livro Vermelho dos Vertebrados, 2006). Como<br />

espécies mais comuns na área de estudo realçam-se a rã-verde (Rana perezi),<br />

espécie comum em todo o país e a rela, uma rã-arborícola. A espécie com maior valor<br />

conservacionista é o discoglosso, um endemismo ibérico com estatuto de Quase<br />

Ameaçado (NT). Esta espécie encontra-se classificada na Convenção de Berna, como<br />

a generalidade dos anfíbios e na Directiva “Habitats” (Decreto-Lei nº 49/2005 de 24 de<br />

Fevereiro). Trata-se também da espécie de anfíbio mais rara a nível do estuário do<br />

Tejo, com apenas uma referência. Esta espécie geralmente ocorre nas proximidades<br />

de massas de água com vegetação, podendo encontrar-se em terrenos húmidos ou<br />

encharcados. Reproduz-se em charcos, temporários ou permanentes, ribeiros, canais,<br />

resistindo a salinidades relativamente elevadas.<br />

O segundo endemismo ibérico ocorrente na área de estudo é o sapo-parteiro-ibérico,<br />

para o qual existem apenas três referências na área de estudo, situadas na área da<br />

Herdade da Barroca d’Alva. Esta espécie, confinada à Península Ibérica ocidental,<br />

encontra-se em Portugal de norte a sul, com algumas lacunas: assim o alto Douro, o<br />

Tejo, no seu troço intermédio e o Alentejo interior, não encontram referência para este<br />

sapo. O sapo-parteiro-ibérico adapta-se a ambientes áridos e quentes. Tem hábitos<br />

fossadores, enterrando-se sob pedras, raízes ou em buracos podendo entrar em<br />

inactividade com temperaturas desfavoráveis. A reprodução ocorre em duas épocas<br />

do ano, no Outono e na Primavera. O nome deste sapo deriva do facto dos machos<br />

carregarem as posturas, o que é uma forma de manterem as condições de humidade<br />

e temperatura que os ovos necessitam; após cerca de 3 semanas largam os ovos em<br />

charcos, pantanos, tanques ou ribeiros, onde as larvas eclodem. Ambas as espécies<br />

ocorrem no sudoeste da área de estudo, na região da Herdade da Barroca d’Alva.<br />

266<br />

ESTUDOS DE BASE – <strong>ETAPA</strong> 1 – DESCRIÇÃO. VOLUME II (REV 1 – 2007-04-30)

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