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ETAPA 1

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Oriente, China Oriental (del Hoyo et al., 1996) (ICN, 2006). A sua área de distribuição<br />

como invernante, abrange as zonas estuarinas do litoral do Minho ao Algarve, estando<br />

presente como nidificante habitual apenas no Algarve (ICN, em prep.). Ocorre<br />

esporadicamente como nidificante nos Estuários do Tejo e Sado (Farinha e Costa<br />

1999).<br />

Habitat: Utiliza salinas activas ou abandonadas, aquaculturas e outras zonas húmidas<br />

costeiras (por exemplo, lagoas) como habitat de nidificação (Rufino 1989, Catry et al.,<br />

in press.). No estuário do Tejo tem preferência pelas vazas entre marés e salinas<br />

(Leitão et al., 1998). Segundo (Moreira, 1995) a espécie selecciona como habitats de<br />

alimentação, áreas com sedimento vasoso fino, sendo que este apresenta<br />

quantidades de água consideráveis, nesses locais (sobretudo na zona interior da<br />

Reserva e na parte central do estuário) apresentam densidades com um valor médio<br />

máximo de 23 aves/ha. Segundo o mesmo autor, o alfaiate revela ainda uma<br />

preferência por áreas humanizadas. No estuário R. avosetta é mais abundante nas<br />

zonas de alimentação (vasa) durante o dia (apresenta um intake energético<br />

semelhante entre a noite e o dia), capturando presas como, Tharix sp., Hediste<br />

diversicolor e S. chrubsolii (preferência decrescente) (Silva, 2005). Como local de<br />

refúgio de preia-mar as salinas de Vasa Sacos, Tarouca e Samouco, são os locais<br />

mais importantes para a espécie, no estuário do Tejo.<br />

População: A população desta espécie tem vindo a registar um decréscimo em<br />

Portugal, em parte justificado pela redução dos efectivos invernantes no Estuário do<br />

Tejo. A população invernante regista números entre 10 000 e 15 000 indivíduos, sendo<br />

a população nidificante bastante mais reduzida. De acordo com Catry et al., (2004),<br />

em 2001 e 2002, durante a época de reprodução, foram registados 702 e 908<br />

indivíduos maturos, respectivamente (ICN, 2006a). No estuário do Tejo a população<br />

média invernante no período de 1975/1978 foi de 8170 aves, apresentando um<br />

máximo de 9200 aves em 1977 (Rufino, 1978). No Inverno de 1989 foram<br />

recenseadas 13661 aves (Rufino, 1989) e em 1991, 10175 aves (Rufino, 1991). No<br />

estuário do Tejo a população média invernante no período de 1992 a 1996 foi de 6682<br />

indivíduos, com um máximo de 12373 a ser atingido em Janeiro de 1992. Em 1993 foi<br />

detectado um casal que nidificou (sem sucesso) nas salinas do Samouco. Em 2 de<br />

Julho de 1996 foram observados1 adulto e 5 juvenis não voadores nas salinas de<br />

Vaza Sacos (Leitão et al., 1998). Segundo Moreira (1995) a população média de<br />

alfaiates no período de 1990/93 no estuário foi de 8387 aves, correspondendo a 53,3%<br />

do efectivo nacional. As maiores densidades da espécie entre 1991 1992 ocorreram<br />

entre meados de Janeiro e Março, na ordem das 5 aves/ha, obtendo um máximo de<br />

35,4 aves/ha na zona na Arrentela a 28 de Março. Na margem Norte do estuário entre<br />

1998/1999, a espécie apresentou densidades de 0,588 aves/ha, tendo sido<br />

observadas um máximo de 116 aves (Rosa, 1999). No Inverno de 1999/2000 foram<br />

recenseados 1460 aves, sendo que 1429 foram observadas nas salinas da Tarouca.<br />

No ano seguinte o número de invernantes foi menor, apresentando um total de 916<br />

aves, mas no Inverno de 2003/2004 o seu efectivo teve um incremento, registando-se<br />

1579 aves (Encarnação, dados não publicados). Nas salinas do Samouco entre<br />

ESTUDOS DE BASE – <strong>ETAPA</strong> 1 – DESCRIÇÃO. VOLUME II (REV 1 – 2007-04-30) 135

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