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animais assilvestrados; Manter e melhorar a qualidade da água pelo tratamento eficaz<br />
das descargas de efluentes. Fiscalizar e controlar o funcionamento e eficácia das<br />
ETAR e monitorizar a qualidade da água; Restringir o uso de agro-químicos e adoptar<br />
técnicas alternativas; Promover estudos sobre aspectos básicos da biologia da<br />
espécie (ecologia, movimentos, requisitos de habitat e recursos alimentares);<br />
Monitorizar a população; Elaborar os planos de gestão / ordenamento dos locais de<br />
que a espécie depende, nomeadamente das ZPE’s mais importantes para a espécie<br />
(ICN, 2006a). No estuário do Tejo para além de todas as medidas anteriormente<br />
referidas, é importante a manutenção e controlo dos níveis de água (5-15cm) em<br />
salinas abandonadas e activas, ao longo de todo o ano e em especial durante o<br />
período de nidificação; As nas águas devem ser renovadas, de forma a favorecer o<br />
desenvolvimento invertebrados, que vão servir de alimento à espécie (Engilis e Reid,);<br />
Criação de ilhas artificiais para a nidificação da espécie; Corte da vegetação dos<br />
cômoros das salinas, proporcionando locais favoráveis à nidificação da espécie;<br />
Avaliação do impacto dos principais predadores, nomeadamente a ratazana-castanha,<br />
Rattus norvegicus no sucesso reprodutor da espécie, os seus efectivos populacionais<br />
e medidas de controlo; Determinação dos níveis de pesticidas presentes nos arrozais<br />
e sua possível correlação com o sucesso reprodutor da espécie nesse biótopo;<br />
Determinação dos níveis de metais pesados presentes nos arrozais e salinas da ZPE<br />
e sua possível correlação com o sucesso reprodutor da espécie nesses biótopos (ICN,<br />
2006a).<br />
Família Burhinidae<br />
Alcaravão, Burhinus oedicnemus<br />
Fenologia: Residente e invernante em Portugal. No estuário do Tejo ocorre como<br />
residente nidificante pouco comum (Leitão et al., 1998).<br />
Estatuto de Protecção: Em Portugal tem o estatuto de Vulnerável. A nível<br />
internacional é considerada uma espécie Vulnerável pela BirdLife International (2004)<br />
e Pouco Preocupante pela IUCN (2001). Está incluído nos anexos das convenções de<br />
Berna (Anexo II), de Bona (Anexo II) e das Directivas Aves/Habitats (Anexo I) (ICN,<br />
2006).<br />
Distribuição e movimentos: O alcaravão ocorre em latitudes baixas e médias baixas<br />
no Mediterrâneo, estepes, zonas de clima temperado moderado, zonas áridas de clima<br />
continental e ilhas do Atlântico e do Mediterrâneo (Cramp e Simmons, 1983). No<br />
Paleártico distribui-se na Europa do Sul e Central, perfazendo um quarto da população<br />
mundial. A população da Península Ibérica comporta-se fundamentalmente como<br />
sedentária podendo, no entanto, apresentar movimentos dispersivos e pequeno<br />
acréscimo de aves invernantes. As populações do Norte e Este Europeu são<br />
migradoras, invernando no Sul da Europa, Norte de África e no Sul do Sara (Heath,<br />
1994). Em Portugal continental a população nidificante desta espécie encontra-se<br />
distribuída pelas regiões do interior Norte e Centro e por todo o território a sul do Rio<br />
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ESTUDOS DE BASE – <strong>ETAPA</strong> 1 – DESCRIÇÃO. VOLUME II (REV 1 – 2007-04-30)