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convenções de Berna (Anexo II), Bona (Anexo II) e da Directiva Aves/Habitats (Anexo<br />
A -I) (ICN, 2006).<br />
Distribuição e movimentos: A sua distribuição estende-se desde o Sul da Europa,<br />
Ásia Central até à região do Mar Aral, assim como na zona tropical de África e no<br />
Norte de África. Pode ocorrer nas ilhas Canárias, ilhas de Cabo Verde. A maioria das<br />
espécies de Papa-ratos do Paleártico Ocidental migra para a zona tropical do Norte de<br />
África, e em menor número para Marrocos, Mediterrâneo, Iraque, Irão e Golfo Pérsico<br />
(Cramp e Simmons, 1977). Em Portugal, a sua potencial área de distribuição situa-se<br />
a Sul do Tejo. Como nidificante ocorre em zonas de nidificação bem definidas<br />
(actualmente são conhecidos 5 locais). Como invernante são menos de 10 os locais<br />
de ocorrência conhecidos (ICN, 2006).<br />
Habitat: Frequenta normalmente zonas com vegetação palustre, lagoas costeiras,<br />
arrozais, cursos de água, pauis e açudes (ICN, 2006). No estuário do Tejo a espécie<br />
foi observada em 1995 durante o mês de Setembro, nos arrozais a Norte do rio<br />
Sorraia e nos arrozais de da Ponta da Erva (1 indivíduo em ambos os casos) (Leitão et<br />
al., 1998). É observada ainda no paul da Barroca d’Alva.<br />
População: Trata-se de uma espécie com baixa detectabilidade e que não tem sido<br />
alvo de contagens dirigidas, sobre a qual não existe muita informação disponível.<br />
Contudo, o conhecimento existente permite inferir uma população nidificante e<br />
invernantes inferiores a 50 indivíduos. A redução de observações durante o período<br />
reprodutor e a não confirmação da sua nidificação, leva a crer um declínio acentuado<br />
desta população. Por outro lado, existem cada vez mais registos da sua presença no<br />
Inverno (ICN, 2006). No estuário do Tejo a espécie é observada em possível habitat<br />
de nidificação durante o período reprodutor (ICN, dados provisórios).<br />
Factores de ameaça: Destacam-se a drenagem e a destruição de caniçais para<br />
aproveitamento agrícola e pecuário e a má gestão dos recursos hídricos. Com efeito,<br />
tratando-se de uma aves extremamente sensível a alterações do nível da água, pode<br />
ser negativamente afectada por intervenções hidráulicas associadas a alterações dos<br />
níveis de água, com origem na gestão de açudes e barragens. Também alterações do<br />
uso do solo nas áreas circundantes às colónias que são utilizadas como locais de<br />
alimentação, nomeadamente o abandono da cultura de arroz ou conversão para<br />
cultura de sequeiro ameaçam a conservação desta espécie. O corte e queima dos<br />
caniçais também prejudicam esta espécie, dado que o caniço é utilizado para a<br />
construção e é também no seu interior que a ave se alimenta. É uma espécie<br />
extremamente sensível a qualquer tipo de perturbação nas áreas de nidificação, sendo<br />
negativamente afectada pelas acções associadas ao turismo, caça e pesca. Dada a<br />
sua grande dependência do meio aquático, é muito afectada pela poluição da água,<br />
por efluentes domésticos, industriais e agrícolas e ainda pela utilização de adubos,<br />
pesticidas e herbicidas nas zonas de alimentação (ICN, 2006).<br />
Medidas de Conservação: A conservação desta espécie requer a manutenção e<br />
incremento das áreas de habitat de suporte potencial para a nidificação da espécie,<br />
nomeadamente de manchas de caniço, bem como das condições nos habitats de<br />
alimentação, assegurando a existência de zonas ricas em peixes e anfíbios. É uma<br />
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ESTUDOS DE BASE – <strong>ETAPA</strong> 1 – DESCRIÇÃO. VOLUME II (REV 1 – 2007-04-30)