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x - UTL Repository - Universidade Técnica de Lisboa

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Os valores das médias aritméticas dos PsC, pouco diferiram entre os 3 grupos estudados,<br />

indicando para estes uma tendência constante. O facto <strong>de</strong> não se aceitar uma distribuição<br />

normal nos valores do PsC nos indivíduos dos grupos D e M, po<strong>de</strong>rá estar relacionado com<br />

o facto <strong>de</strong> ter sido nestes 2 grupos que se i<strong>de</strong>ntificaram os indivíduos mais idosos<br />

participantes no estudo, assim como os que apresentaram maiores IMCC. A ida<strong>de</strong> é um<br />

factor <strong>de</strong>terminante no peso cerebral, pois à medida que o envelhecimento se processa, o<br />

cérebro vai diminuindo em volume (cerca <strong>de</strong> 0,29% por ano) (Enzinger & et al.,2005) e em<br />

peso (cerca <strong>de</strong> 5 a 10% ao longo da vida) (Samorajski,1976). Esta atrofia afecta a matéria<br />

branca e cinzenta do encéfalo (Con<strong>de</strong> & Streit,2006), sendo potenciada por múltiplos<br />

factores, como por exemplo, elevados IMCC (Enzinger & et al.,2005); e está associada com<br />

alterações bioquímicas (perda <strong>de</strong> dopamina) (Malmgren,2009), com o alargamento do<br />

sistema ventricular (<strong>de</strong>vido à perda das células em redor do sistema ventrícular)<br />

(An<strong>de</strong>rton,2002), com o alargamento dos sulcos na superfície cerebral, e com a perda <strong>de</strong><br />

neurónios e axónios mielinizados em diferentes regiões (Con<strong>de</strong> & Streit,2006; Raz,<br />

Rodriguez, Head, Kennedy & Acker, 2004; Bigler, An<strong>de</strong>rson & Blatter,2002), entre outros.<br />

A enorme variabilida<strong>de</strong> da morfologia geométrica do crânio do cão exce<strong>de</strong> em muito a das<br />

outras espécies, sugerindo que, as necessida<strong>de</strong>s e/ou exigências funcionais <strong>de</strong> adaptação a<br />

<strong>de</strong>terminadas características espaciais on<strong>de</strong> os indivíduos se integram, estiveram na base<br />

evolutiva <strong>de</strong> tal diversificação (Drake & Klingenberg, 2010). A variância da expressão<br />

fenotípica do complexo craniofacial, é influenciada pela constante interacção <strong>de</strong> factores<br />

hereditários e ambientais, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo posteriormente do modo <strong>de</strong> integração aplicada na<br />

modularida<strong>de</strong> existente entre face versus crânio, e das dimensões dos seus componentes<br />

(Drake & Klingenberg,2010; Mehta & Gupta,2008; Lieberman De, Hallgrímsson, Liu, Parsons<br />

& Jamniczky,2008; Rexhepi & Meka, 2008). Muitos dos estudos realizados em primatas e no<br />

homem, que se concentram na evolução sobre os aspectos ou padrões da morfologia<br />

craniana, e que têm como objectivos, abordar questões <strong>de</strong> sistemática, filogenia e anatomia<br />

funcional; consi<strong>de</strong>ram como eixos principais <strong>de</strong> investigação, as avaliações das variações<br />

<strong>de</strong> factores como o comprimento, a largura e a altura do complexo craniofacial, e <strong>de</strong> cada<br />

um dos seus componentes (Fleagle, Gilbert & Ba<strong>de</strong>nl,2001; Sejrsen, Jakobsen,Skovgaard &<br />

Kjær,1997). O facto <strong>de</strong> estes factores seguirem padrões distintos evolutivos no indivíduo<br />

(Sharma,2008; Onar & Güneş,2003; Sejrsen, Jakobsen,Skovgaard & Kjær,1997), permitiu o<br />

aparecimento <strong>de</strong> diferenças significativas quanto à forma e dimensão do crânio (Ellis,<br />

Thomason, Kebreab, Zubair & France,2009), <strong>de</strong>ixando concluir que esta estrutura, e em<br />

particular a sua base, centralmente encaixada no complexo craniofacial, se adapta,<br />

alongando e alargando-se, <strong>de</strong> modo a possibilitar uma acomodação do volume do cérebro e<br />

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