x - UTL Repository - Universidade Técnica de Lisboa
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à forma, quer quanto à dimensão, po<strong>de</strong>ndo as mesmas serem simples ou combinadas,<br />
consoante a localização da lesão a corrigir e a a<strong>de</strong>quação ao tipo <strong>de</strong> área a ace<strong>de</strong>r. De um<br />
modo geral, lesões discretas exigem abordagens simples, e lesões extensas exigem<br />
abordagens combinadas. A sua <strong>de</strong>signação é feita <strong>de</strong> acordo com as principais regiões da<br />
superfície cerebral sobre as quais repousa e as expõe. Em Medicina Humana as opções são<br />
inúmeras, consi<strong>de</strong>rando por exemplo a craniotomia: a) frontal (lobo frontal), b) subfrontal/<br />
frontopolar (lobo olfactivo), c) parietal (lobo parietal), d) temporal (lobo temporal), e) occipital<br />
(lobo occipital), f) orbitozigomático alongado (quiasma óptico), g) pterial (tronco cerebral), h)<br />
basiesfenoi<strong>de</strong>io / transfenoidal sublabial transeptal (hipófise), i) occipital lateral (cerebelo) e<br />
j) basioccipital lateral / transoral (medula oblonga/ bulbo raquidiano) (Badie, 1996; Cantu, et<br />
al.1999a; Cantu, Solero, Pizzi, Nardo & Mattavelli,1999b; DiMeco, Li, Mendola, Cantu &<br />
Solero, 2004). Em Medicina Veterinária, <strong>de</strong>vido às particularida<strong>de</strong>s anatómicas do crânio<br />
dos caní<strong>de</strong>os consi<strong>de</strong>ram-se apenas as craniotomias: a) rostrotentorial/pterional, b)<br />
rostrotentorial/pterional alongada, c) rostrotentorial/pterional bilateral, d) transfrontal, e)<br />
caudotentorial e f) basioccipital lateral/ suboccipital (Fossum, T. et al.2007; Oliver Jr, 1968;<br />
Seim,2005; Shores, 1984).<br />
2.5.1.1- Acesso transfrontal<br />
O acesso transfrontal, é indicado para ace<strong>de</strong>r à região cranial dos hemisférios cerebrais,<br />
consi<strong>de</strong>rando os lobos frontais, bulbos olfactivos (Fossum, T. et al.2007; Glass,2000;<br />
Kostolich & Dulisch,1987; Machado,2006), ventrículos laterais, III ventrículo, hipotálamo,<br />
gânglios basais, tálamo (através da dissecção da fissura inter-hemisférica), e regiões supra<br />
e paraselar e ainda para a correcção <strong>de</strong> fístulas cerebroespinhais (Aguiar & Almeida,2008;<br />
Mann, Riechelmann & Gilsbach,1989; Tew & Scodary,1993). Os pontos craniométricos <strong>de</strong><br />
referência são a glabela, o zigoma, a margem orbitária e as suturas sagital e coronal,<br />
permitindo a obtenção <strong>de</strong> um retalho ósseo com o formato trapezói<strong>de</strong>. O orifício inicial <strong>de</strong><br />
trepanação, é colocado paralelamente à sutura sagital e alongado (se necessário)<br />
paralelamente ao sinus sagital. A incisão inicial da pele, tem a sua origem um pouco acima<br />
do nível do zigoma e anterior á sutura coronal. Após a craniotomia, a dura-matér é aberta<br />
com a forma <strong>de</strong> “U”. Esta técnica promove uma ampla exposição possibilitando uma<br />
i<strong>de</strong>ntificação das estruturas, uma hemostasia a<strong>de</strong>quada e um menor risco <strong>de</strong><br />
contaminação do campo cirúrgico. Algumas precauções <strong>de</strong>vem, porém, ser consi<strong>de</strong>radas<br />
na região nomeadamente, a forte a<strong>de</strong>rência da dura-máter e a profundida<strong>de</strong> da fissura<br />
mediana do sulco do seio venoso sagital dorsal, principalmente em animais mais velhos. A<br />
chamada técnica transfrontal bilateral modificada <strong>de</strong> Glass, promove o acesso à placa<br />
cribiforme, ao bulbo olfactivo, aos lobos frontais do cérebro e ao complexo tálamo-<br />
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