09.06.2014 Views

x - UTL Repository - Universidade Técnica de Lisboa

x - UTL Repository - Universidade Técnica de Lisboa

x - UTL Repository - Universidade Técnica de Lisboa

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

cerebelo (porção anterior) e ainda, ventrículos laterais (Oliver Jr., 1968). Permite também, o<br />

acesso a lesões localizadas nas cisternas basais, a saber: a cisterna olfactiva (que contém<br />

o tracto olfactivo), a cisterna carotí<strong>de</strong>a (que contém o segmento supraclinói<strong>de</strong>o da artéria<br />

carótida interna e seus ramos), o compartimento esfenoidal da fissura pseudosilviana, a<br />

cisterna quiasmática, a cisterna da lâmina terminalis, a cisterna ambiens, a cisterna<br />

interpeduncular e a cisterna crural. Permite igualmente, o acesso a tumores hipofisários e<br />

supra-selares, tumores da asa medial do esfenói<strong>de</strong> e ainda a alguns tumores frontais<br />

(Fournier, Dellière, Gourraud & Mercier,2006; Connolly, McKhann, Huang & Choudhri,2002;<br />

Wen, <strong>de</strong> Oliveira, Te<strong>de</strong>schi, Andra<strong>de</strong> & Rhoton,2001). O acesso ao crânio é feito nas porções<br />

dos ossos parietal, frontal, temporal e esfenói<strong>de</strong>, utilizando como pontos craniométricos <strong>de</strong><br />

referência a glabela, estefânio e o zigoma. A craniotomia inicia-se com um orifício na região<br />

escamosa do temporal, mesmo acima e no meio do zigoma. Utiliza uma incisão curva,<br />

começando na porção superior do arco zigomático esten<strong>de</strong>ndo-se superiormente até à linha<br />

temporal anterior com o formato <strong>de</strong> “U”. É uma técnica medianamente fácil, segura e que<br />

po<strong>de</strong> ser realizada nos 2 lados do crânio (rostrotentorial bilateral),esten<strong>de</strong>ndo-se a<br />

incisão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a protuberância occipital (opistocrânio) até ao canto medial <strong>de</strong> cada um<br />

dos olhos. A variação <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> craniotomia alongada (rostrotentorial alongada),<br />

caracteriza-se pelo facto da incisão passar ventralmente ao arco zigomático, o qual<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> exposto é osteotomizado e rebatido juntamente com o músculo massetér.<br />

As principais estruturas a evitar são a artéria meníngica média, a artéria superficial do<br />

temporal, o ramo occipital da artéria auricular, o ramo frontal do nervo facial, o músculo<br />

temporal, a porção escamosa do osso temporal e a órbita. É muito importante neste<br />

acesso, <strong>de</strong>ixar uma lâmina da calote craniana na região mediana para proteger o seio<br />

venoso sagital dorsal (Fossum, et al.2008; Oliver Jr.,1968), com uma margem <strong>de</strong> segurança<br />

rostral à crista nucal (para evitar o seio venoso transverso) e lateral à linha media dorsal<br />

(para evitar o seio venoso sagital dorsal) respectivamente (Al-Mefty,1987; Czirják &<br />

Fekete,1998; Czirják & Szeifert,2001; Jane, Park, Pobereskin, Winn & Butler,1982; Smith,<br />

Al-Mefty & Middleton, 1989).<br />

2.5.1.4 - Acesso basioccipital lateral / suboccipital lateral<br />

O acesso basioccipital lateral / suboccipital lateral, é indicado para a porção mais caudal do<br />

crânio, e caudal do cerebelo (região cranial e crâniolateral), porção dorsal do bulbo<br />

raquidiano e IV ventrículo (Oliver Jr.,1968; Iwabuchi,Ishii & Julow,1979; Yasargil,1984; Klopp,<br />

Simpson, Sorjonen & Lenz,2000). É ainda útil, para tumores no ângulo pontinocerebelar, na<br />

cisterna pontinocerebelar, aneurismas do tronco médio basilar, <strong>de</strong>scompressão dos pares<br />

<strong>de</strong> nervos cranianos V, VII, VIII, IX, X, XI e cerebelo (Fossum, et al.,2007; Connolly,<br />

35

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!