x - UTL Repository - Universidade Técnica de Lisboa
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7.4 – Discussão e Conclusão<br />
Os avanços tecnológicos revolucionaram as diferentes áreas da medicina e cirurgia,<br />
possibilitando um acesso mais facilitado a todos os órgãos, melhorando em muito o seu<br />
estudo, o estabelecimento <strong>de</strong> diagnósticos e a implementação <strong>de</strong> terapêuticas menos<br />
invasivas ao doente (Tucker & Gavin,1996; Gallagher, Penninck, Boudrieau, Schelling &<br />
Berg,1995; Brown & et al.,1984). A imagem, tem sido das áreas que maior evolução<br />
apresentou ao longo dos tempos, através da utilização <strong>de</strong> técnicas como a ultra-sonografia,<br />
a radiologia intervencional, a tomografia e a ressonância magnética. O conhecimento sobre<br />
os princípios básicos do diagnóstico por ultra-sonografia, consi<strong>de</strong>rando os aspectos normais<br />
e alterados dos padrões nos diferentes órgãos, incluindo no cérebro, tem permitido diminuir<br />
a morbilida<strong>de</strong> e a mortalida<strong>de</strong> associada a certos procedimentos, até então lesivos ao<br />
doente (Selbekk, Bang & Unsgaard,2005; Rhine & Blankenberg,2001; Cartee, Hudson &<br />
Finn-Bodner,1993).<br />
A técnica <strong>de</strong> varrimento ultra-sonográfica da superfície encefálica realizada no estudo (com<br />
recurso a craniotomia), procurou apenas, consi<strong>de</strong>rar o grau <strong>de</strong> facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong><br />
9 estruturas/regiões encefálicas, seleccionadas com base na bibliografia existente <strong>de</strong><br />
estudos realizados no homem e no cão: a dura-máter, a foice do cérebro, a pia-máter, o<br />
vérmis do cerebelo, os ventrículos laterais, o corpo caloso, o hipocampo, o núcleo caudado<br />
e os plexos corói<strong>de</strong>s (Farrow, 2003; Hudson, Finn-Bodner & Steiss,1998; Hudson et al.,<br />
1991; Ando & et. al.1986; Babcock & Han,1981); as quais po<strong>de</strong>riam funcionar pela sua<br />
caracterização e constância, como pontos <strong>de</strong> referência num procedimento intracraniano,<br />
ajudando o cirurgião a orientar-se em tempo real na cirurgia <strong>de</strong> cérebro, <strong>de</strong>monstrando a<br />
importância <strong>de</strong>sta técnica como um meio <strong>de</strong> neuronavegação, acessível em Medicina<br />
Veterinária.<br />
Em todos os indivíduos dos 3 grupos, foi possível i<strong>de</strong>ntificar <strong>de</strong> uma forma fácil nos cortes<br />
coronais e sagitais, 3 linhas hiperecogénicas no topo da imagem, duas das quais<br />
<strong>de</strong>limitavam o cérebro, e uma que o dividia em duas meta<strong>de</strong>s semelhantes, correspon<strong>de</strong>ndo<br />
à dura-máter, à pia-máter e à foice do cérebro, respectivamente. Nos cortes coronais, a<br />
dura-máter foi i<strong>de</strong>ntificada como uma linha horizontal semicircular no topo da imagem,<br />
seguindo-se imediatamente num plano mais ventral uma segunda linha vertical<br />
hiperecogénica localizada <strong>de</strong>ntro da fissura longitudinal dorsal cerebral e que correspon<strong>de</strong>u<br />
à foice do cérebro, la<strong>de</strong>ada por duas linhas hiperecogénicas (<strong>de</strong> cada um dos lados) que<br />
representavam a pia-máter. Consi<strong>de</strong>rando que estas 3 estruturas têm a mesma origem<br />
conjuntiva <strong>de</strong>nsa, seria <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início que apresentassem um padrão<br />
hiperecogénico. O conjunto das 3 linhas formadas pela foice e pia-máter (<strong>de</strong> cada lado),<br />
apresentou sempre a forma <strong>de</strong> chapéu-<strong>de</strong>-chuva, <strong>de</strong>scrita por Carvalho (2004), muito fácil<br />
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