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x - UTL Repository - Universidade Técnica de Lisboa

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nos trabalhos <strong>de</strong> ecoencefalografia com o homem, não são possíveis no cão, <strong>de</strong>vido às<br />

reduzidas dimensões do seu encéfalo.<br />

Segundo Schrö<strong>de</strong>r, Meyer-Lin<strong>de</strong>rberg & Nolte (2006), são os indivíduos das raças<br />

braquicéfalas, que apresentam os ventrículos laterais <strong>de</strong> maior volume; enquanto os<br />

dolicocéfalos e os mesacéfalos apresentam semelhanças quanto a este parâmetro (Ratsch,<br />

Kneissl & Gabler,2001; Vite, Insko, Scottland, Panckeri & Hendricks,1997; Kii & et al.,1997;<br />

<strong>de</strong> Haan, Kraft, Gavin, Wendling & Griebnow,1994). Tal facto po<strong>de</strong>ria conduzir <strong>de</strong> imediato à<br />

i<strong>de</strong>ia que uns ventrículos <strong>de</strong> maior volume, possibilitariam uma melhor avaliação em relação<br />

às estruturas adjacentes ou com eles relacionadas, o que não está <strong>de</strong> acordo com os<br />

resultados obtidos com o estudo. A justificação para esta ocorrência, po<strong>de</strong>rá estar<br />

relacionada com modo <strong>de</strong> adaptação do encéfalo à geometria craniana <strong>de</strong>stes indivíduos<br />

(braquicéfalos), exigindo uma compactação encefálica no sentido dorsoventral, a qual<br />

aumenta a dificulda<strong>de</strong> em distinguir as diferentes estruturas regionais.<br />

De acordo com os resultados do estudo, os braquicéfalos e os dolicocéfalos, foram os<br />

grupos on<strong>de</strong> se registou o grau difícil <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar para várias regiões encefálicas, e on<strong>de</strong> a<br />

fissura pseudosilviana apresentou maior dimensão. Consi<strong>de</strong>rando a hipótese, que a uma<br />

maior dimensão <strong>de</strong> fissura pseudosilviana está associado um maior opérculo parietal, e<br />

consequentemente, um maior volume do lobo correspon<strong>de</strong>nte; é possível conjecturar que<br />

este aumento <strong>de</strong> volume, possa ter originado uma projecção medial da face interna do lobo<br />

parietal, alterando a morfologia do sistema ventricular nestas raças, em particular dos<br />

ventrículos laterais, obrigando-os a expandirem-se no sentido mediolateral, tornando-os<br />

mais achatados, mas mais largos; e dificultando a distinção das estruturas e regiões a eles<br />

adjacentes. Esta possibilida<strong>de</strong> torna-se mais diligente, se consi<strong>de</strong>rarmos que o parâmetro:<br />

largura <strong>de</strong> crânio, se apresentou por or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>crescente nos braquicéfalos, dolicocéfalos e<br />

por último nos mesacéfalos.<br />

A visualização <strong>de</strong> uma região com localização dorsal aos ventrículos laterais e com um<br />

padrão hipoecogénico, permitiu i<strong>de</strong>ntificá-la como o corpo caloso, o qual é uma das vias que<br />

interligam os dois hemisférios cerebrais (König, Liebich & Cerneny,2004; Dyce & Sack,2004;<br />

Beitz & Fletcher,1993); sendo <strong>de</strong>limitada dorsalmente, por uma linha hiperecogénica que foi<br />

i<strong>de</strong>ntificada como o sulco caloso, o que está <strong>de</strong> acordo com os resultados <strong>de</strong> Carvalho & et<br />

al. (2007).<br />

O corpo caloso apresentou uma relação ventral com duas linhas curvas simétricas <strong>de</strong><br />

padrão hiperecogénico, as quais foram i<strong>de</strong>ntificadas como as porções dorsais do núcleo<br />

caudado (mais facilmente i<strong>de</strong>ntificáveis nos cortes coronais), o que está <strong>de</strong> acordo com os<br />

estudos consultados (Ichihashi, Yada, Takahashi, Honma & Momoi,2008; Hudson & et<br />

al.,1991; Hudson & et al.,1990; Spaulding & Sharp,1990). Estas estruturas, relacionavam-se<br />

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