x - UTL Repository - Universidade Técnica de Lisboa
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A utilização da morfometria geométrica craniana no homem, permitiu a criação e o cálculo<br />
<strong>de</strong> outros índices <strong>de</strong>scritos para este, como é o caso do índice cefálico sagital (ICS, relação<br />
entre altura e comprimento) e do índice cefálico transversal (ICT, relação entre altura e<br />
largura), mas ainda não para o cão. Com a <strong>de</strong>terminação dos parâmetros largura e altura<br />
máximas, nos crânios dos espécimes utilizados no ensaio, procurou-se adaptando as<br />
fórmulas <strong>de</strong>scrita para o homem, calcular um valor médio <strong>de</strong> cada índice, em cada grupo <strong>de</strong><br />
caní<strong>de</strong>os consi<strong>de</strong>rado. Os resultados obtidos com o estudo apresentam um valor médio<br />
para o ICS <strong>de</strong> 56,4% nos B, <strong>de</strong> 41,7% nos D e 58,9% nos M, sendo estes últimos, os que<br />
mais se aproximam dos valores <strong>de</strong> referência do homem, que se situa em 65,4%, segundo<br />
Howells (1973), e em 64,0% segundo Rexhepi & Meka (2008). No que respeita ao valor<br />
médio para o ICT, ele foi <strong>de</strong> 63,1% nos B, 95,1% nos D e 87,5% nos M. O valor <strong>de</strong><br />
referência do ICT no homem, tem uma variação gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> acordo com a fonte utilizada,<br />
sendo <strong>de</strong> 92,4% segundo Howells (1973) e <strong>de</strong> 76,1% segundo Rexhepi & Meka (2008); o<br />
que faz com que sejam uma vez mais, os M os que mais se aproximam do homem segundo<br />
Rexhepi & Meka, e os D segundo Howells. Os resultados obtidos quanto à existência <strong>de</strong><br />
diferenças estatisticamente significativas para a altura dos crânios nos indivíduos dos 3<br />
grupos (B,D,M), está <strong>de</strong> acordo com o que também se verifica na espécie humana, on<strong>de</strong><br />
segundo, Kwiatkowska & Gronkiewicz (2009), é o parâmetro do crânio que mais varia,<br />
po<strong>de</strong>ndo estar relacionado em particular com a adaptação a factores ambientais.<br />
No que respeita à relação/associação entre os índices cefálicos ICS/ICT, caracterizada por<br />
apresentar a mesma dimensão no numerador (altura) em ambos os índices; verificou-se que<br />
os resultados nos D, estão em concordância com o que se passa no homem, apresentando<br />
diferenças estatisticamente significativas (Kwiatkowska & Gronkiewicz, 2009) entre si e sem<br />
qualquer tipo <strong>de</strong> relação/associação; ao contrário do que se aferiu nos B e M, on<strong>de</strong> parece<br />
existir uma relação/associação forte, talvez <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do facto <strong>de</strong> não se verificar nestes 2<br />
grupos diferenças estatisticamente significativas quanto ao parâmetro comprimento (o qual é<br />
o <strong>de</strong>nominador do ICS); e por o valor da média do parâmetro altura (o qual é o numerador<br />
comum do ICS e do ICT), ser mais aproximado entre estes grupos 68,13%, do que em<br />
relação aos D, aproximando assim mais os valores dos índices.<br />
Quanto à relação/associação entre os índices ICH/ICS, caracterizada por apresentar a<br />
mesma dimensão no <strong>de</strong>nominador (comprimento) em ambos os índices; verificou-se que foi<br />
forte apenas nos D, po<strong>de</strong>ndo tal facto estar relacionado com a questão do comprimento,<br />
uma vez que o valor <strong>de</strong>sta dimensão, que é o principal factor condicionante da geometria do<br />
crânio (Van <strong>de</strong>r Meij & Bout,2008; Kuroe, Rosas, Molleson,2004), se afasta em muito dos<br />
valores da largura (segundo factor no condicionalismo da geometria do crânio) (Taylor &<br />
Dibennardo,2005) e da altura nestas raças, fazendo com que estes se diluam, aproximando<br />
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