x - UTL Repository - Universidade Técnica de Lisboa
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2.7.2.2 - Técnica <strong>de</strong> exame<br />
A técnica <strong>de</strong> ecoencefalografia, inicia-se com a tricotomia da cabeça do doente realizada ao<br />
nível da fontanela ainda aberta, ou após a realização <strong>de</strong> craniotomia (Hudson, Cartee,<br />
Simpson & Buxton, 1989a; Hudson, Simpson, Buxton & Cartee,1989b; Hudson, Simpson,<br />
Buxton, Cartee & Steiss,1990).<br />
A sonda é aplicada na janela óssea, e direccionada laterolateralmente para obtenção <strong>de</strong><br />
cortes sagitais ou longitudinais. A rotação a 90º da sonda, e a direcção no sentido<br />
crâniocaudal vai possibilitar a obtenção <strong>de</strong> imagens coronais ou transversais<br />
(Carvalho,2004; Burk & Ackerman,1996). Ecograficamente os contornos do crânio são<br />
facilmente i<strong>de</strong>ntificados como uma linha hiperecogénica. Das meninges que circundam todo<br />
o cérebro, a dura-máter, é a que se revela mais visível <strong>de</strong>vido ao seu gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong><br />
vasos sanguíneos, que surgem sempre como uma imagem hiperecogénica línear. Os<br />
ventrículos cerebrais, são estruturas importantes para o diagnóstico, já que apresentam os<br />
plexos corói<strong>de</strong>s (estruturas hiperecogénicas) responsáveis pela produção do LCR. Os<br />
ventrículos I e II, localizam-se na região paramediana nos hemisférios cerebrais e são<br />
conhecidos com ventrículos laterais. Em condições normais, os ventrículos III e IV são muito<br />
pequenos para serem visualizados ecograficamente; pelo que, um aumento nas suas<br />
dimensões, traduz-se por uma imagem anecogénica, po<strong>de</strong>ndo mesmo as estruturas<br />
chegarem a comunicar entre si. O seu diâmetro <strong>de</strong>ve ser medido utilizando secções<br />
coronais ao nível da a<strong>de</strong>rência intertalâmica, não ultrapassando os 1.5 mm, consi<strong>de</strong>randose<br />
a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realização <strong>de</strong> ventrículografia quando a medida dorsoventral<br />
ventrícular for ≥3.5 mm. Outra medida que po<strong>de</strong> ser utilizada, é a relação entre o diâmetro<br />
dorsoventral dos ventrículos e do cérebro, <strong>de</strong>vendo o primeiro ser ≤14% quando comparado<br />
com o segundo (Hudson, Cartee, Simpson & Buxton, 1989a; Hudson, Simpson, Buxton &<br />
Cartee,1989b; Hudson, Simpson, Buxton, Cartee & Steiss,1990; Carvalho,2004). Ao nível da<br />
a<strong>de</strong>rência intertalâmica e no plano sagital, <strong>de</strong>verá efectuar-se a medida da espessura do<br />
manto cerebral; a qual, <strong>de</strong>verá ser igual à distância <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o tecto do ventrículo á superfície<br />
do cérebro, variando em animais jovens entre os valores <strong>de</strong> 16,3-20,6 mm. O corpo e o<br />
sulco caloso, são quase sempre visualizados como duas estruturas hiperecogénicas em<br />
conjunto. Toda a substância branca e cinzenta aparece como uma imagem hipoecogénica, e<br />
uma diminuição na sua ecogenicida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser representativa <strong>de</strong> <strong>de</strong>smielinização cerebral.<br />
Os cortes coronais, permitem a visualização da foice do cérebro (o prolongamento fibroso<br />
falciforme da dura-máter) <strong>de</strong>ntro da fissura longitudinal cerebral, sendo permanentemente<br />
visualizada como uma estrutura hiperecogénica, linear, localizada na linha média do<br />
cérebro. Lateralmente à foice do cérebro, visualizam-se duas linhas curvas hiperecogénicas<br />
que representam a pia-máter e os vasos do sulco esplenial. A foice do cérebro e as duas<br />
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