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x - UTL Repository - Universidade Técnica de Lisboa

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com os ventrículos laterais (na porção cranial). Também relacionada com os ventrículos<br />

laterais, ao nível da pare<strong>de</strong> medioventral <strong>de</strong>stes, foi possível i<strong>de</strong>ntificar uma região com uma<br />

forma elíptica e um padrão hipoecogénico, que correspon<strong>de</strong>u ao hipocampo. Em todos os<br />

indivíduos dos 3 grupos, esta região apresentou o grau fácil <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar, excepto nos<br />

braquicéfalos, on<strong>de</strong> também se registou o grau difícil <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar .<br />

Curiosamente, também foi neste grupo, que se registou o grau difícil <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar, para o<br />

corpo caloso e para o núcleo caudado, assumindo os valores <strong>de</strong> 4,3% para o primeiro e <strong>de</strong><br />

21,7% (comparando com os <strong>de</strong> 8,7% e 4,4% nos dolicocéfalos e mesacéfalos,<br />

respectivamente) para o segundo. Em relação ao núcleo caudado, foi também nos<br />

braquicéfalos que o grau fácil <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar, assumiu menores valores, <strong>de</strong> apenas 4,4%,<br />

comparando com os 8,7% e 21,7% nos mesacéfalos e dolicocéfalos, respectivamente. Estes<br />

resultados, estarão relacionados com o facto <strong>de</strong> existir uma maior dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> distinção<br />

das estruturas e regiões encefálicas adjacentes aos ventrículos laterais, nas raças<br />

braquicéfalas, <strong>de</strong>vido à a<strong>de</strong>quação <strong>de</strong>stes à geometria do crânio on<strong>de</strong> a largura é gran<strong>de</strong><br />

mas a altura é pequena.<br />

Deslocando a sonda caudalmente foi possível i<strong>de</strong>ntificar com localização na fossa posterior<br />

do crânio, a estrutura do vérmis do cerebelo. Em todos os cortes coronais e sagitais, este<br />

assumiu sempre um grau fácil quanto à sua i<strong>de</strong>ntificação nos 3 grupos, apresentando uma<br />

imagem caracterizada por um conjunto <strong>de</strong> linhas paralelas próximas entre si, com um<br />

padrão hiperecogénico em comparação com os restante tecidos cerebrais, traduzindo o seu<br />

aspecto multifissurado, o que está <strong>de</strong> acordo com os estudos no homem e no cão (Ichihashi,<br />

Yada, Takahashi, Honma & Momoi,2008; Carvalho & et al.,2007; Angtuaco,2005; Dyce &<br />

Sack,2004; Babcock,1980).<br />

É possível concluir, que todas as estruturas avaliadas po<strong>de</strong>rão funcionar como pontos<br />

referenciais num cenário <strong>de</strong> neuronavegação em intervenção cirúrgica intracraniana, em<br />

todos os tipos <strong>de</strong> crânios <strong>de</strong> caní<strong>de</strong>os; excepto para os plexos coroi<strong>de</strong>s, o corpo caloso, o<br />

núcleo caudado e o hipocampo nas raças braquicéfalas, já que foi nestas, que o grau difícil<br />

<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar teve maior expressão. Este facto parece estar relacionado com uma maior<br />

dificulda<strong>de</strong> em distinguir as estruturas e regiões adjacentes aos ventrículos laterais, os quais<br />

nestas raças, po<strong>de</strong>m apresentar uma morfologia alterada, resultante da adaptação do<br />

encéfalo à geometria do crânio. Os resultados obtidos permitiram concluir que a ultrasonografia<br />

po<strong>de</strong> à semelhança do que se passa na neurocirurgia humana, funcionar em<br />

neurocirurgia veterinária, como uma boa técnica <strong>de</strong> neuronavegação cerebral, ajudando o<br />

cirurgião nas suas tarefas ao longo dos procedimentos intracranianos (Carvalho & et<br />

al.,2007; Unsgaard, Gronningsaeter, Ommedal, Nagelhus & Hernes,2002; Strowitzki,<br />

Moringlane & Steu<strong>de</strong>l,2000; Voorhies & et. al.,1983).<br />

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