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x - UTL Repository - Universidade Técnica de Lisboa

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externa e pela crista nucal, funcionando ambas como locais <strong>de</strong> inserção da musculatura da<br />

nuca e do pescoço. Na base da nuca, abre-se o foramen magno (Foramen magnum), por<br />

on<strong>de</strong> passa o bulbo raquidiano (Medulla oblongata), existindo em cada um dos lados os<br />

côndilos occipitais (Condylus occipitalis) que servem para a articulação com a primeira<br />

vértebra cervical. A abóbada ou calote craniana, está dividida numa região cranial formada<br />

pela lâmina externa escamosa do occipital, e pelos ossos interparietais, parietais e frontais;<br />

e numa região dorsal, caracterizada por apresentar a crista sagital externa (apenas<br />

<strong>de</strong>senvolvida nas raças dolicocéfalas), que se prolonga no osso parietal como linha temporal<br />

(Línea temporalis). Tem a sua largura máxima ao nível do bordo orbitário, e a presença da<br />

apófise zigomática do osso frontal, on<strong>de</strong> o ligamento orbitário <strong>de</strong>limita superiormente a<br />

margem supraorbitária. As superfícies laterais do crânio, formadas pelo arco zigomático<br />

(localizado inferiormente á órbita, é formado pela escama do osso temporal e pelo osso<br />

zigomático, e apresenta uma apófise retro-articular bem <strong>de</strong>senvolvida e proeminente em<br />

raças braquicéfalas ao contrário do que se verifica nas raças dolicocéfalas), pela fossa<br />

temporal (formada pela reunião dos ossos temporais, parietais e asas do basiesfenói<strong>de</strong>; a<br />

sua face lateral apresenta como aci<strong>de</strong>nte ósseo mais evi<strong>de</strong>nte o meato acústico externo<br />

ósseo), pela zona circundante do meato acústico externo, pela cavida<strong>de</strong> orbitária (o bordo<br />

supraorbitário é formado pelo ligamento da orbita e por parte do arco zigomático e a sua<br />

região medial apresenta o canal óptico, a fissura orbitária e o foramen alar rostral) e pela<br />

fossa pterigopalatina (apresenta os foramens infraorbitário, maxilar, esfenopalatino, palatino<br />

caudal e o canal palatino), têm um <strong>de</strong>senvolvimento muito díspar.<br />

O cirurgião, <strong>de</strong>verá estar familiarizado com a visualização do doente, não pelo tamanho e<br />

forma do crânio, mas sim, por pontos importantes que possam funcionar como locais <strong>de</strong><br />

referência, possibilitando saber on<strong>de</strong> começa e on<strong>de</strong> acaba cada área cerebral e que tipos<br />

<strong>de</strong> relações existem com ela (Ribas, Rhoton Jr., Cruz & Peace,2005); navegando <strong>de</strong> uma<br />

forma segura no órgão mesmo sem a ajuda <strong>de</strong> sofisticadas tecnologias. Por exemplo, o arco<br />

zigomático, po<strong>de</strong> ser pensado como a base para navegação no cérebro canino, já que,<br />

permite ao neurocirurgião saber on<strong>de</strong> se localiza o limite crânioventral da cavida<strong>de</strong> craniana<br />

(Wakeham, Whitear & Windsor,2002); ou a localização dos seios venosos sagital dorsal e<br />

transverso direito e esquerdo, que possibilitam o planeamento do acesso cirúrgico à<br />

calote craniana (Oliver,1968; Seim,2005; Shores,1991; Shores,1993).<br />

2.4.1 - Pontos craniométricos<br />

Foi Pierre Paul Broca (1824–1880), que <strong>de</strong>finiu e nomeou a maioria dos chamados pontos<br />

craniométricos (PC), estabelecendo relações entre eles e os locais da superfície encefálica.<br />

Em 1871, Broca aplicou a sua “Teoria das Localizações Cerebrais” (baseada nos dados da<br />

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