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x - UTL Repository - Universidade Técnica de Lisboa

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fuga aos predadores, ao contrário do que se passa nos primatas superiores e no<br />

homem)(Ramos,2006), e permitem ainda a inserção <strong>de</strong> maiores massas musculares na<br />

região caudal craniana assim como na região mandibular, possibilitando o suporte <strong>de</strong> um<br />

crânio mais pesado e aumentando a força da sua mordida (Kasai, Moro, Kanazawa &<br />

Iwasawa,1995; Ellis, Thomason, Kebreab, Zubair & France,2009). Os resultados obtidos no<br />

estudo, apresentaram uma média <strong>de</strong> 89,6 ±6,3% para o ICH neste grupo, muito próximo do<br />

valor médio <strong>de</strong> 90,0% apresentado por Getty (1986), e <strong>de</strong> 91,2 ± 8,3% apresentado por<br />

Machado (2006), para os caní<strong>de</strong>os braquicéfalos.<br />

As raças dolicocéfalas apresentam um ICH médio <strong>de</strong> 50%, mais baixo do que no homem,<br />

cujo valor máximo assumido é <strong>de</strong> 74% (Rexhepi & Meka,2008; Gray,1985). Estas raças<br />

caracterizam-se por um complexo craniofacial longo e estreito, cujo <strong>de</strong>senvolvimento<br />

apresenta um padrão oposto ao das raças braquicéfalas, <strong>de</strong>vido a um predomínio no<br />

<strong>de</strong>senvolvimento do comprimento do crânio (que se traduz por um tamanho relativo facial<br />

maior), em relação à largura da base do mesmo (Lieberman, McBratney & Krovitz,2002).<br />

São indivíduos anatomicamente mais especializados para funções <strong>de</strong> execução, como por<br />

exemplo, <strong>de</strong>sporto e preensão <strong>de</strong> caça (Helton,2009). Foi possível verificar que o valor<br />

médio do ICH neste grupo obtido no presente estudo foi <strong>de</strong> 43,8 ±5,1%, o que está <strong>de</strong><br />

acordo com os valores médios obtidos nos estudos <strong>de</strong> Komeyli (1984), Beillon (1983) e<br />

Morsiani e Gandolfi (1987), que estabeleceram valores inferiores a 50% nestas raças, e<br />

aproximando-se muito dos valores <strong>de</strong> 50% apresentado por Getty (1986), e <strong>de</strong> 50,2 ±1% por<br />

Onar & Pazvante (2001).<br />

As raças mesacéfalas apresentam um ICH médio <strong>de</strong> 70%, mais baixo do que no homem<br />

on<strong>de</strong> assume valores situados quase sempre no intervalo <strong>de</strong> 75-80% (Rexhepi &<br />

Meka,2008; Gray,1985). Os indivíduos <strong>de</strong>stas raças apresentam um complexo craniofacial<br />

muito equilibrado, sem o predomínio evi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> nenhuma das dimensões consi<strong>de</strong>radas<br />

(comprimento, largura, altura). Durante o seu crescimento, verifica-se um paralelismo na<br />

relação <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento do comprimento craniano, da largura da sua base, e ainda da<br />

altura da caixa craniana, influenciando o tamanho das fossas cranianas anterior e média<br />

(Lieberman, McBratney & Krovitz,2002). As raças mesacéfalas, são consi<strong>de</strong>radas (<strong>de</strong>vido ao<br />

seu equilíbrio) como morfologicamente generalistas, po<strong>de</strong>ndo ser altamente treináveis para<br />

qualquer tipo <strong>de</strong> função (Helton,2009). O valor médio para o ICH obtido no presente estudo<br />

para os indivíduos <strong>de</strong>ste grupo foi <strong>de</strong> 67,3 ±1,8%, situando-se próximo dos valores médios<br />

<strong>de</strong> 60% apresentado por Stockard (1941) e por Komeyli (1984); <strong>de</strong> 72,0% apresentado por<br />

Getty (1986), e <strong>de</strong> 74,7 ±4,3% por Machado (2006).<br />

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