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x - UTL Repository - Universidade Técnica de Lisboa

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McKhann, Huang & Choudhri, 2002; Greenberg,2001; Yasargil,1984). Este acesso craniano,<br />

consi<strong>de</strong>ra como pontos anatómicos <strong>de</strong> referência a linha nucal, o opistocrânio, e o foramen<br />

magnum. Utiliza uma incisão em “U” <strong>de</strong>senhada na linha média e, geralmente, <strong>de</strong> forma<br />

bilateral <strong>de</strong>vido às pequenas dimensões do local a intervencionar, <strong>de</strong>senvolvida acima da<br />

linha nucal e que se esten<strong>de</strong> <strong>de</strong>pois ventralmente. Em raças braquicéfalas, este acesso é<br />

muito difícil <strong>de</strong>vido ao facto <strong>de</strong> a musculatura regional ser muito <strong>de</strong>senvolvida. Por ser uma<br />

técnica com pouca exposição inicial das estruturas <strong>de</strong> interesse, é quase sempre utilizada<br />

com abordagens combinadas como a rostrotentorial alongada. O orifício inicial <strong>de</strong><br />

trepanação é centrado no astério, sendo <strong>de</strong>pois realizada uma extensão laterosuperior.<br />

Apresenta, um elevado risco <strong>de</strong> traumatismo aos nervos cranianos V, VII, IX e Xl po<strong>de</strong>ndo<br />

induzir paralisia facial, perda persistente <strong>de</strong> líquido cefalorraquidiano, prolapso da gordura<br />

do ângulo pontinocerebelar e hemorragia parenquimatosa <strong>de</strong>vido ao facto da região se<br />

caracterizar pela reunião do Seio Venoso Sagital Dorsal ou sagital dorsal, com os seios<br />

venosos transversos direito e esquerdo (Fossum, et al.,2007).<br />

2.6 - CRANIOPLASTIA<br />

O crânio é uma estrutura complexa, que protege um conjunto <strong>de</strong> estruturas vitais. A sua face<br />

interna, po<strong>de</strong> ser dividida em 3 regiões ou níveis similares a uma escada, a saber: a fossa<br />

cranial anterior (a mais superficial <strong>de</strong> todas), a fossa cranial média (com a forma <strong>de</strong> uma<br />

borboleta) e a fossa cranial posterior (que é a mais profunda e que se situa acima do<br />

Foramen magnum) (Georgantopoulou, Hodgkinson & Gerber,2003).<br />

Por vezes, as craniotomias realizadas conduzem ao aparecimento <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>feitos nos<br />

tecidos regionais (ossos, músculos e pele), os quais <strong>de</strong>vem ser reconstruídos, garantindo a<br />

protecção do cérebro em situações <strong>de</strong> traumas mecânicos, a diminuição dos espaços<br />

mortos, a prevenção do colapso do(s) hemisfério(s), a prevenção do <strong>de</strong>slocamento das<br />

estruturas da linha mediana, uma cicatrização mais facilitada e ainda um aspecto cosmético<br />

mais agradável. À reconstrução <strong>de</strong> crânio, dá-se o nome <strong>de</strong> cranioplastia; a qual, através do<br />

recurso a diferentes técnicas <strong>de</strong> cirurgia plástica (utilizadas individualmente ou em conjunto)<br />

permite corrigir o <strong>de</strong>feito craniano existente (Yamamoto, Men<strong>de</strong>l & Raffel,1997; Mouatt,2002;<br />

David, et al.,2002; Stula & Muller,1980; Janecka & Sekhar,1993). Des<strong>de</strong> o início das<br />

técnicas cirúrgicas craniofaciais, que se assiste a uma procura contínua para melhorar os<br />

aspectos funcionais e estéticos do <strong>de</strong>feito induzido aos tecidos regionais, recorrendo-se<br />

para isso a materiais tão distintos como acrílicos e polimetilmetacrilatos, sais <strong>de</strong><br />

hidroxiapatite, cimento ósseo, cimento <strong>de</strong> fosfato bi-cálcico, micro-placas e ainda aos<br />

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