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x - UTL Repository - Universidade Técnica de Lisboa

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a gran<strong>de</strong>za <strong>de</strong> ambos os índices. Na verda<strong>de</strong>, a largura representa apenas 44,6% e a altura<br />

42,6% do valor do comprimento. Nos restantes grupos B e M, a relação/associação entre<br />

estes índices foi fraca, porque o valor do comprimento não é tão diferente dos valores da<br />

altura e da largura do crânio, representando a largura 89,2% nos B e 68,1% nos M; e a<br />

altura 57,1% nos B e 57,9% nos M, do valor do comprimento.<br />

Quanto à relação/associação entre os índices ICH/ICT, verificou-se que foi fraca em todos<br />

os grupos, o que po<strong>de</strong>rá estar relacionado com a questão <strong>de</strong> não existir nenhuma dimensão<br />

(comprimento, largura e altura) comum no numerador ou no <strong>de</strong>nominador, o que diminui a<br />

probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> associação entre os dois índices.<br />

De acordo com os resultados obtidos, a relação/associação entre os 3 índices cefálicos<br />

consi<strong>de</strong>rados e o PsC foi fraca ou ínfima, à semelhança do que se passa no homem, pois<br />

segundo Henriques, Braga & Carvalho (2008), é interessante notar que apesar do volume<br />

craniano do homem <strong>de</strong> Nean<strong>de</strong>rtal ser superior ao volume craniano do homem Sapiens, foi<br />

o primeiro que se extinguiu, permitindo enfatizar que o volume/peso do cérebro não se<br />

relaciona directamente com o seu ICH, nem com a inteligência, e que por isso a relação<br />

entre ICH/PsC não é tão importante como se possa pensar (Bigler, 1995).<br />

Nos vertebrados, o crescimento da maioria dos órgãos é isométrico face ao crescimento do<br />

corpo, contudo, a relação entre o peso do cérebro e o peso do corpo é alométrica<br />

(Deacon,1990; Deacon,1988; Martin & Harvey,1985; Holloway, 1979). Em 1979, Bronson,<br />

<strong>de</strong>senvolveu uma equação para tentar matematizar a alometria verificada, permitindo<br />

calcular o PsC, e eliminar as inconsistências existentes (Yashon & Whisler,1967; White &<br />

Gould,1965). De acordo com Tan & Caliskan (1987), o PsC do cão está relacionado pela<br />

função alométrica: Y=0,39*X 0,27 , sendo X o valor do peso corporal médio; e 0,27, a potência<br />

associada à relação intra-espécies do peso cérebro-peso corporal (Gould,1975;<br />

Gould,1971). A utilização <strong>de</strong>sta função po<strong>de</strong> servir como ponto <strong>de</strong> partida para medir os<br />

aumentos ou diminuições do grau <strong>de</strong> encefalização das espécies durante a sua evolução<br />

(Gayon,2000; Jerison, 1979). Aplicando a equação aos resultados dos valores médios do<br />

peso corporal dos indivíduos dos 3 grupos consi<strong>de</strong>rados no estudo, foi possível verificar<br />

uma elevada concordância entre os valores obtidos e os valores estimados em cada um dos<br />

grupos. Assim, seria <strong>de</strong> esperar um peso médio do cérebro para os B <strong>de</strong> 81,9 g tendo-se<br />

obtido um peso médio <strong>de</strong> 84,9 g; <strong>de</strong> 91,2 g para os D tendo-se obtido um valor médio <strong>de</strong><br />

92,5 g; e por fim um valor <strong>de</strong> 79,1 g para os M tendo-se obtido um valor <strong>de</strong> 69,9 g. As<br />

diferenças verificadas neste último grupo entre os valores esperados e os observados<br />

(embora não sejam estatisticamente significativas), po<strong>de</strong>rão estar relacionadas com o facto<br />

<strong>de</strong> ter sido neste, que se registaram as maiores variações entre os pv dos indivíduos.<br />

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