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x - UTL Repository - Universidade Técnica de Lisboa

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8.1 – CONCLUSÕES GERAIS<br />

O estudo <strong>de</strong>senvolvido na espécie Canis lupus familiaris, utilizou uma amostra <strong>de</strong> 69 crânios<br />

e respectivos 138 hemisférios (direito e esquerdo), agrupados em 3 grupos <strong>de</strong> acordo com o<br />

tipo <strong>de</strong> crânio apresentado (braquicéfalos, dolicocéfalos e mesacéfalos). A amostra utilizada<br />

foi muito homogénea quanto à ida<strong>de</strong>, variando entre os 8 e os 9,5 anos; e, igualmente<br />

homogénea quanto ao sexo nos grupos braquicéfalos e dolicocéfalos, ao contrário dos<br />

mesacéfalos on<strong>de</strong> predominaram claramente espécimes do sexo masculino. Apesar do<br />

elevado número da amostra ter permitido a utilização do “Teorema do Limite Central”,<br />

assegurando que os resultados obtidos traduziam uma distribuição Gaussiana, <strong>de</strong>cidiu-se,<br />

ainda assim, realizar o teste <strong>de</strong> Kolgomorov-Smirnoff (KS), o qual permitiu aceitar a<br />

distribuição normal em 86,3% das variáveis estudadas. Através do teste t, e <strong>de</strong> estudos <strong>de</strong><br />

regressão linear, foi possível verificar que não existiram diferenças estatisticamente<br />

significativas entre os resultados dos 2 hemisférios consi<strong>de</strong>rados.<br />

8.1.1- ÍNDICES CEFÁLICOS<br />

A caracterização das dimensões dos componentes do complexo craniofacial, permitiu<br />

concluir que a variância fenotípica apresentada pelos braquicéfalos, dolicocéfalos e<br />

mesacéfalos, é o resultado não só da componente genética, mas também da adaptação aos<br />

condicionalismos ambientais e vocacionais, para os quais os indivíduos foram<br />

seleccionados. Assim, <strong>de</strong> acordo com os resultados obtidos com o estudo, foi possível<br />

consi<strong>de</strong>rar que relativamente ao índice cefálico horizontal (ICH):<br />

- os braquicéfalos, apresentaram uma média <strong>de</strong> 89,6 ±6,3%, expressando um crânio<br />

muito largo e globoso com um esqueleto facial curto, a<strong>de</strong>quando-se fenotípicamente<br />

a funções, como a luta;<br />

-os dolicocéfalos, apresentaram uma média <strong>de</strong> 43,8 ±5,1%, caracterizando um crânio<br />

muito longo com um esqueleto facial muito <strong>de</strong>senvolvido, a<strong>de</strong>quando-se<br />

fenotípicamente a funções <strong>de</strong> execução, como o <strong>de</strong>sporto e a caça;<br />

-os mesacéfalos, apresentaram uma média <strong>de</strong> 67,3 ±1,8%, caracterizando um crânio<br />

muito equilibrado em todas as suas dimensões e em paralelismo com o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento do esqueleto facial, tornando-os generalistas e altamente treináveis<br />

para qualquer tipo <strong>de</strong> função.<br />

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