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“Foi mais do que uma delícia. Foi…”, Ele tentou encontrar outra palavra, mas não conseguiu.<br />

“Indescritível.” Ele ouviu o sorriso na voz dela. “Foi mesmo”.<br />

Um ruído repentino fez Bram gelar. Gritos furiosos, vindos de algum lugar distante… mas ainda<br />

assim, próximo demais.<br />

“Você ouviu isso?”, perguntou ela, apertando-o.<br />

Então o ruído de vidro quebrando fez com que se soltassem.<br />

Bram colocou-se rapidamente em pé, então estendeu a mão para ajudá-la a fazer o mesmo. Eles<br />

começaram a recompor seus trajes sem mais uma palavra. Ignorar a confusão não era opção.<br />

Qualquer confusão que estivesse ocorrendo requereria, sem dúvida, um deles, ou os dois, para ser<br />

resolvida. O momento de amor havia terminado. O dever chamava.<br />

Bram abotoou a calça em questão de segundos. Ele virou-se, então, para ajudar Susanna com seu<br />

vestido.<br />

“Eu consigo”, disse ela, virando a cabeça na direção da origem desconhecida do tumulto: “Pode<br />

ir.”<br />

Ele aceitou o que Susanna disse e partiu correndo de sob a copa do salgueiro para atravessar a<br />

praça da cidade.<br />

Adiante, na rua entre a loja Tem de Tudo e O Touro Perfeito, ou O Amor Ereto, ou qualquer que<br />

fosse o nome do estabelecimento naquela noite, uma pequena multidão havia se formado. Pela<br />

maneira como os homens formavam um círculo, Bram suspeitou que uma briga havia irrompido.<br />

Ele abriu caminho até o centro, ávido por interromper a luta antes que mais danos fossem<br />

provocados às propriedades, corpos ou ao moral da tropa. Por mais que ele tivesse esperanças de<br />

imbuir seus homens de um pouco de espírito combativo másculo, este não deveria ser direcionado<br />

aos companheiros.<br />

Contudo, ele não encontrou nenhum de seus homens no centro do círculo.<br />

Ele encontrou os garotos, Rufus e Finn, rolando no chão. A briga era boa, com troca de socos, e<br />

envolvia também dentes e joelhos. Pela aparência do cenário, eles haviam passado diretamente pela<br />

janela da frente da casa de chá. Cacos de vidro quebrado e pedaços da esquadria da janela estavam<br />

espalhados pelo chão.<br />

“Bastardo espertalhão”, xingou um dos gêmeos. Um fio de sangue escorria por sua têmpora e<br />

dificultava distinguir um do outro.<br />

“Você tem cocô na cabeça”, respondeu o outro, invertendo as posições e desferindo um soco no<br />

estômago do irmão. “Nós somos gêmeos. Se eu sou bastardo, você também é.”<br />

“Você é o único verme mentiroso.”<br />

Conforme eles rolavam, seus corpos esmagavam vidro. Era hora de pôr um fim naquilo, decidiu<br />

Bram. Ele esticou o braço e agarrou o irmão Bright que estava por cima – ele ainda não sabia quem<br />

era quem –, afastando-o do outro.<br />

“Agora chega, vocês dois. O que está acontecendo aqui?”<br />

“Foi o Rufus que começou”, disse um deles, apontando para o irmão.<br />

“Certo, mas é culpa do Finn”, o outro respondeu, enquanto limpava o sangue da têmpora.<br />

Bem, pelo menos Bram descobriu suas identidades. Ele se voltou para Rufus.<br />

“O que aconteceu?”<br />

Rufus encarou o irmão.<br />

“Ele mentiu para a Srta. Charlotte, foi o que ele fez. Dançou com ela duas vezes. Primeiro, como<br />

ele mesmo. Depois, dizendo que era eu.”<br />

Finn coçou a orelha e sorriu.<br />

“Você só está bravo porque não pensou nisso antes de mim.”<br />

“Vou acabar com você, seu…” Rufus projetou-se para frente, mas Bram o conteve.

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