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“Eu quero ajudar. Dê-me algo para fazer.”<br />

“Apenas me deixe”, sussurrou ela. Seus olhos fugiram para o lado, e Bram percebeu que ela estava<br />

incomodada com a forma como todos olhavam para os dois. “Por favor.”<br />

Deixá-la, quando ela estava tão evidentemente preocupada e vulnerável, ia contra todos os<br />

impulsos protetores de seu corpo. Mas ele havia perguntado o que poderia fazer, e ela respondeu. A<br />

honra o obrigava a obedecer. Por enquanto.<br />

Anuindo com relutância, ele deu um passo para trás. As moças amontoaram-se ao redor dela, e<br />

todas foram para a Queen’s Ruby.<br />

Ele a havia decepcionado. Ela pediu-lhe que pusesse fim àquela loucura, e Bram recusou-se. Agora<br />

Diana Highwood estava doente, a casa de chá, em ruínas, e Bram tinha colocado em risco tanto a<br />

reputação de Susanna quanto a de sua querida comunidade. Após todas as confissões que os dois<br />

fizeram na noite anterior, ele compreendia o que aquele lugar significava para ela, quanto esforço e<br />

cuidado ela dedicava a seu sucesso.<br />

Susanna havia lhe entregado sua virgindade sob o salgueiro-chorão. E ele a decepcionou.<br />

Maldição.<br />

Amanhã ele teria que fazer algo por ela.<br />

Mas naquela noite seu primo iria lhe pagar.<br />

“Vão para casa, todos vocês”, disse ele para os homens que continuavam na rua. “Vão dormir para<br />

curar essa bebedeira e voltem aqui ao nascer do sol. Não haverá treinamento amanhã até arrumarmos<br />

este lugar.”<br />

Um por um, os homens foram embora, deixando ele e Colin a sós.<br />

Colin balançou a cabeça enquanto observava a cena.<br />

“Bem, com certeza eu deixei minha marca neste lugar. Não há uma taverna, um salão de baile ou<br />

uma mulher na Inglaterra que eu não deixe em ruínas e querendo mais.”<br />

Bram encarou-o, furioso.<br />

“Você acha que isso é engraçado? O estabelecimento de Fosbury está em ruínas, e uma jovem<br />

quase morreu aqui, esta noite. Nos meus braços.”<br />

“Eu sei, eu sei.” Parecendo preocupado, Colin passou as mãos pelo cabelo. “Não tem graça<br />

nenhuma, mas como eu ia saber que ela iria sofrer aquele ataque? Eu nunca quis causar mal algum,<br />

você deve saber. Nós só queríamos um pouco de diversão.”<br />

“Diversão.” Bram devolveu-lhe a palavra, indignado. “Você parou para pensar que talvez as<br />

mulheres tivessem uma razão para manter esta vila um lugar sossegado? Ou que, talvez, a missão que<br />

estamos aqui para realizar seja mais importante do que uma noite de devassidão?” Quando Colin<br />

demorou para responder, ele disse: “Não. É claro que você não pensou nisso. Você nunca pensa em<br />

ninguém, a não ser naqueles que estão atrapalhando sua diversão.”<br />

“Por favor. Você também nunca pensa nos sentimentos dos outros. Nós todos somos apenas<br />

obstáculos à sua glória militar.” Colin jogou as mãos para cima. “Eu nem mesmo quero estar neste<br />

lugar miserável, repulsivamente encantador.”<br />

“Então vá embora. Vá encontrar um de seus muitos amigos devassos e aproveite-se dele pelos<br />

próximos meses.”<br />

“Você realmente acha que essa ideia não me ocorreu, praticamente o tempo todo desde que<br />

chegamos? Bom Deus, como se eu não pudesse arrumar acomodação melhor do que aquele castelo<br />

pavoroso.”<br />

“Então por que você ainda está aqui?”<br />

“Porque você é meu primo, Bram!”<br />

Ainda que isso fosse óbvio e do conhecimento dos dois, a revelação de Colin surpreendeu a<br />

ambos. Colin fechou a mão.

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