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Capítulo Vinte e Cinco<br />

Bram olhou para a carta em sua mão. Aquele pedaço de papel lhe restituía seu comando. Fazia<br />

meses que isso era tudo o que ele queria. Ele trabalhou incansavelmente para recuperar sua força,<br />

buscou esse objetivo com uma determinação ímpar. Ele não sonhava que qualquer outra coisa<br />

pudesse torná-lo mais feliz do que o pedaço de papel que então segurava.<br />

E que ele queria jogar no fogo.<br />

E logo depois atirar Sir Lewis Finch na mesma fogueira.<br />

“Não consigo acreditar nisso. Oh, meu Deus.” Susanna cobriu a boca com a mão e soluçou, depois<br />

saiu correndo do salão antes que Bram pudesse detê-la.<br />

“Susanna, espere.” Bram saiu em seu encalço.<br />

Mas Sir Lewis colocou um braço à frente de seu peito, impedindo-o.<br />

“Deixe-a ir. Ela sempre fica assim. Todas as mulheres ficam. Descobri que ela sempre resolve<br />

essas coisas por conta própria, com o devido tempo. Apenas dê-lhe um pouco de espaço.”<br />

Soltando fogo pelas ventas, Bram encarou o homem.<br />

“Ah, é mesmo. Da mesma maneira que o senhor lhe deu espaço, quando ela estava abalada pela<br />

morte da mãe? Enviando-a para aquela tortura abominável em Norfolk?” Com o dedo curvado, ele<br />

bateu no envelope que continha suas ordens. “Há quanto tempo está com isto, Sir Lewis? Dias?<br />

Semanas? Talvez desde antes de eu chegar a Spindle Cove? Obviamente não havia nenhuma<br />

necessidade de uma exibição militar aqui. O Duque de Tunbridge realmente lhe pediu para organizar<br />

uma milícia aqui, ou isso também é mentira? Eu sempre soube que o senhor era um inventor<br />

brilhante, mas talvez devesse se arriscar na espionagem.”<br />

O velho ficou ofendido.<br />

“Eu sou um patriota, seu cachorro ingrato. Amanhã, diante de uma plateia de duques e generais,<br />

vou apresentar a arma que poderá salvar a vida de muitos dos seus soldados. E qual o problema se<br />

cometi algum exagero inofensivo? Você conseguiu o que queria, não foi?”<br />

“Está se referindo a isto?” Bram chacoalhou o envelope diante dele. Depois engrossou a voz,<br />

produzindo um rugido: “Este pedaço de papel tem exatamente um valor agora, uma qualidade que me<br />

faz amassá-lo com o pé”.<br />

“Oh? E qual é?”<br />

“Ele me deixa à vontade para dizer isto: vá para o inferno.”<br />

Bram deixou o velho vociferando e correu pelo mesmo caminho escolhido por Susanna quando<br />

ela saiu do salão. Quando chegou ao fim do corredor, uma porta aberta para o jardim chamou sua<br />

atenção. Bram a atravessou correndo.<br />

E quase colidiu com uma estupefata Minerva Highwood.<br />

“Segure o porrete”, disse ele, levantando as mãos. “Susanna passou por aqui?”<br />

A garota de óculos olhou por cima do ombro.<br />

“Eu não…”<br />

“Obrigado.” Bram não esperou pelo resto da resposta. Ele simplesmente seguiu a direção que ela<br />

indicou com o olhar, um caminho de pedra que desaparecia depois de uma cerca viva alta e bemcuidada.<br />

Quando ele a contornou, vislumbrou o cabelo inconfundível de Susanna, quando a moça<br />

passou em disparada através de um arco distante.

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