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ovelhas.<br />
Ele reapareceu na superfície e passou a mão pelo rosto para afastar a água.<br />
“Preciso encontrá-la. A garota de cabelo escuro.”<br />
Minerva! Agora fazia sentido. Ele estava procurando por Minerva Highwood. Ele mergulhou do<br />
penhasco para salvá-la. Aquele bravo, heroico, temerário e desorientado idiota.<br />
“Vou procurar ali.” Ele saiu nadando e circulou um grupo de rochas.<br />
“Espere”, Susanna gritou, nadando atrás dele. “Bram, eu posso explicar. Ela não se afogou, eu<br />
juro.”<br />
“Ela estava aqui e não está mais.”<br />
“Eu sei que parece isso, mas se você…”<br />
Ele encheu novamente os pulmões de ar e mergulhou. Uma eternidade pareceu passar antes que ele<br />
reaparecesse. O homem tinha a capacidade pulmonar de uma baleia.<br />
Quando finalmente voltou para respirar, Susanna se jogou sobre ele para impedi-lo de afundar<br />
novamente.<br />
“Espere!”<br />
Ela o pegou por trás, como uma criança brincando de cavalinho, passando os braços pelos ombros<br />
de Bram, e as pernas – tanto quanto permitia o traje de banho –, por sua cintura.<br />
“Ela está bem!”, gritou Susanna em sua orelha, balançando-o para trás e para frente. “Escute-me. A<br />
número doze. Minerva Highwood. Ela está viva e bem.”<br />
“Onde?”, perguntou ele, sem fôlego. Ele se chacoalhou, e água do mar espirrou no olho dela.<br />
“Tem uma caverna”, ela pegou a cabeça dele entre suas mãos e fez com que ele a virasse. “Ali. A<br />
entrada fica submersa quando a maré está alta, mas eu mostrei para ela como nadar até lá. Minerva<br />
está viva, bem e à procura de rochas. Geologia, lembra?”<br />
“Geologia.”<br />
Eles ficaram em silêncio durante algum tempo. Ela subia e descia enquanto ele respirava com<br />
dificuldade, tentando recuperar o fôlego.<br />
“Você foi bondoso”, disse ela, pressionando seu rosto contra a nuca dele. “Você foi bondoso ao<br />
tentar salvá-la.”<br />
“Mas ela está bem.”<br />
“Está.” E você também, graças a Deus.<br />
Algumas inspirações profundas depois, ele disse:<br />
“Acredito que você pode me soltar em segurança. Aqui já dá pé.”<br />
Foi então que ela percebeu que Bram não tinha se movido, apesar de toda a agitação dela. Susanna<br />
espiou por cima do ombro dele. A água estava na altura do peito de Bram, colando a camisa aberta a<br />
seu corpo. O colarinho aberto revelava gotículas de água agarradas aos pelos escuros de seu peito,<br />
que brilhavam sob a luz do sol. Ondas pequenas lambiam seus escuros mamilos masculinos,<br />
perfeitamente delineados pelo tecido molhado.<br />
E Susanna estava colada nas costas dele, com seus membros esparramados, como um polvo<br />
maluco.<br />
“Oh.” Mortificada, ela escorregou das costas dele. Susanna esticou as pernas e alcançou o solo<br />
firme. “Ora, isso é muito constrangedor.”<br />
Quando ela finalmente arrastou seu olhar para o rosto dele, percebeu que Bram estava olhando<br />
para os mamilos dela. Que previsível. Típico de homem. Ela se preocupou que ele pudesse ter<br />
morrido, e Bram tinha a ousadia de estar vivo. Ultrajante, decididamente viril, forte e vivo. Como ele<br />
ousava? Como ele ousava?<br />
Com toda a agitação daquele resgate aquático, culminando diversos dias de tensão não manifesta,<br />
um corte de cabelo revelador e, não menos importante, aquele beijo explosivo… Havia emoção