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Capítulo Oito<br />
Aquele beijo podia ser o fim de tudo, Bram sabia. Tinha sido completamente tolo ao beijar a Srta.<br />
Susanna Finch, colando o seu corpo esguio ao dele, enquanto se deliciava com o tênue sabor de<br />
groselha em seus lábios, e aquilo poderia ser o fim de tudo. O fim de todos os seus planos, de sua<br />
carreira militar... Talvez o fim dele, e ponto final.<br />
E se esse fosse o caso, se ele tivesse apostado impulsivamente todo seu futuro em um beijo<br />
proibido…<br />
Ele bem que podia ir mais devagar e fazer a coisa direito.<br />
Ele deixou sua boca pairar sobre a dela. Susanna não tinha sido muito beijada. Pelo menos não da<br />
forma certa. Dava para ver pela maneira como ela tinha dificuldade para reagir. Ela não possuía<br />
aquela formação, mas demonstrava grande aptidão natural.<br />
Bram segurou o pescoço de Susanna com uma mão.<br />
“Suavemente, amor... Deixe eu mostrar pra você.”<br />
Com seus lábios ele provocou os dela, roçando-os de baixo para cima. E outra vez... E então mais<br />
uma, persuadindo sua boca a se abrir. Ela se retraiu ao primeiro toque da língua dele, mas Bram a<br />
segurou firme até o susto passar. E então a provou... O suave, doce deslizar de sua língua contra a<br />
dela fez Bram gemer de satisfação.<br />
Sim, ele lhe disse sem palavras. Sim... De novo...<br />
Desde que se encontraram pela primeira vez Bram suspeitou de que aquela mulher era uma<br />
sedutora disfarçada, e agora Susanna mostrava que ele tinha razão, com cada toque de sua língua<br />
contra a dele. Sua falta de experiência apenas melhorava tudo. O modo como ela agarrava sua<br />
camisa, perseguia sua língua, deslizava o dedo enluvado pelo contorno de seu rosto não barbeado…<br />
Ela estava inventando cada uma daquelas pequenas intimidades e agia guiada por um desejo puro,<br />
instintivo. Aqueles não eram movimentos que ela praticava em outros homens.<br />
Eram apenas dele...<br />
Ele aprofundou o beijo, mantendo o ritmo firme e constante. Cada vez tomando-a mais um pouco,<br />
indo apenas uma fração além. Da mesma forma que ele faria amor com ela.<br />
Assim que o pensamento emergiu em sua cabeça, Bram o tomou para si. Ele tinha que fazer amor<br />
com ela. Algum dia... Não naquela noite. Ela apenas aprenderia a beijar naquela noite. Susanna não<br />
estava pronta.<br />
Bram, por outro lado, sentia-se absolutamente pronto. Pronto, desejoso e capaz. Em um<br />
movimento irracional, instintivo, ele a apertou contra sua virilha dolorida. Se ela conseguiu sentir a<br />
evidência abundante da excitação de Bram, não se intimidou. Seus seios transmitiam maciez e calor<br />
ao peito dele, enquanto ela se entregava ao beijo.<br />
Baixando a cabeça, Bram beijou seu pescoço, sua orelha, perdendo-se em seu perfume. A pele de<br />
Susanna cheirava a ervas, e seu sabor… era uma lembrança. A lembrança de um dia distante de verão.<br />
Sol quente... Água fresca e cristalina... Grama alta e brisa delicada. Tudo de bom, real e novo. Até o<br />
nome dela era uma música especial.<br />
“Susanna”, sussurrou ele, junto à orelha dela.<br />
Ela suspirou em seus braços, como se amasse o som de seu nome nos lábios dele.<br />
Então ele repetiu e murmurou aquela melodia leve, obstinada.