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derreter os ossos.<br />

“Posso lhe dizer isto: nunca houve alguém como você.”<br />

“Oh”, ela suspirou, enquanto o dedo dele penetrava mais fundo.<br />

“Diga.” O tom provocador dele assumiu uma nota mais agressiva. “Diga as palavras. Diga que<br />

você é minha.”<br />

Alarmes soaram no coração de Susanna. Ela sabia que ele precisava se sentir forte e poderoso<br />

naquele momento, mas não daquela forma... Havia o possessivo e havia o… medieval.<br />

“Isso é tão depreciativo, Bram. Queria que você não falasse assim.”<br />

“Você só queria não gostar tanto disso.” Ele juntou mais um dedo ao primeiro. “Minha... Minha...<br />

Minha...” Ele enfiava os dedos mais fundo com cada repetição. Os músculos íntimos de Susanna<br />

apertaram-se ao redor deles, e ela arfou com um choque agradável.<br />

“Está vendo?”, regozijou-se ele.<br />

Droga. Ele tinha razão com frequência demais, para um homem. Realmente, era muito gostoso,<br />

mas desde que havia passado por aquela doença e por aqueles tratamentos horríveis, Susanna<br />

reconfortava-se com a ideia de que seu corpo era seu, e de ninguém mais.<br />

“Diga...”, sussurrou ele, com o rosto acariciando a orelha dela. Com o polegar ele circulava sua<br />

pérola. “Linda Susanna, quero ouvir você dizer que é minha.”<br />

Ela segurou o rosto dele nas mãos e olhou-o nos olhos.<br />

“Vou dizer isto: declaro posse total sobre meu corpo, meu coração e minha alma; mas, esta noite,<br />

escolho compartilhar todos eles com você.”<br />

Os dedos dele saíram de seu corpo, fazendo-a se sentir oca.<br />

“Deus. Assim é…”, exclamou Bram.<br />

“Decepcionante? Intimidante? Cedo demais?”<br />

Ele negou com a cabeça, aproximando-se para um beijo.<br />

“Eu ia dizer que é ainda melhor.” A língua dele passeou pelo lábio inferior dela. “Muito melhor.”<br />

O coração de Susanna cresceu dentro do peito. Ela jamais sonhou que aquele órgão pudesse conter<br />

tanta alegria.<br />

Enquanto se beijavam, Bram agarrou os quadris dela, erguendo-a na água.<br />

“Está na hora, amor.” A respiração dele estava ofegante. “Envolva minha cintura com as pernas.”<br />

Ela fez como ele pediu, trançando os pés junto à parte inferior de suas costas. Enquanto Bram a<br />

segurava, ela desceu a mão para orientar a ereção dele. Eles se uniram em um ritmo lento e sensual.<br />

Susanna arquejou quando ele a preencheu, abrindo-a totalmente. Não doeu dessa vez, mas, como da<br />

primeira, ela duvidou que pudesse acomodá-lo todo. Bram teve paciência, contudo, movendo-se<br />

deliciosamente devagar até os dois se tornarem um.<br />

Isolados e solitários como estavam naquela enseada, poderiam ter feito barulho, soltado gritos<br />

enlouquecidos e gemidos urgentes na escuridão da noite. Mas, ao contrário, moveram-se em um<br />

silêncio ágil e rítmico. Os únicos sons eram as batidas da água e a respiração cada vez mais ofegante.<br />

Susanna se agarrou ao pescoço de Bram. O resto de seu corpo ficou à deriva na água. Por um<br />

instante, ela ficou feliz por entregar a ele o controle completo. Com movimentos fortes e decididos,<br />

Bram ergueu seus quadris uma vez após outra, fazendo-a subir e descer em toda sua rígida extensão.<br />

Com cada golpe ele a empurrava para mais perto do êxtase. Os tendões de seus ombros e pescoço<br />

saltavam como cordas, e sua mandíbula mostrava a tensão do esforço.<br />

Ela nunca havia se sentido tão poderosa, tão desejável. Tão segura para liberar todas as suas<br />

inibições e preocupações. Para se entregar à força vigorosa das estocadas dele, enquanto Bram a<br />

levava cada vez mais alto. E ainda mais alto. Tão perto daquele cume provocante e fugaz.<br />

“Aqui”, ofegou ele, pegando uma das mãos dela e colocando-a entre eles, bem onde seus corpos se<br />

uniam. “Toque em você mesma aí.”

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