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Capítulo Vinte e Um<br />

“Aqui?”, repetiu Bram, a voz demonstrando sua surpresa. “Agora?”<br />

Susanna não conseguiu evitar uma risada. Era gostoso pegá-lo com a guarda baixa e afastar a<br />

tristeza de seu rosto.<br />

“Dá para fazer na água, não dá?”<br />

Ele aquiesceu, estarrecido.<br />

“Dá.”<br />

“A menos que você tenha alguma objeção.”<br />

“Não tenho.” Bram balançou a cabeça, ainda surpreso.<br />

“Ótimo!”<br />

Ela desceu as mãos até os botões da frente de seu traje de banho. Bram engoliu em seco enquanto<br />

ela os abria um por um. Susanna soltou os braços e empurrou a roupa para o fundo da água, para que<br />

pudesse sair dela. Depois, jogou o monte de tecido molhado sobre uma rocha próxima.<br />

“Espere, Susanna…” Ele pôs as mãos na cintura dela. “Você não precisa fazer isto só porque…”<br />

“Não é isso.” Ela cobriu os lábios dele com seus dedos. “Não é.”<br />

Quando ela desceu a mão, colocando-a sobre o peito dele, o coração de Bram tamborilou sob seu<br />

toque. A resposta palpável dele fez o coração dela também acelerar.<br />

Ele precisava dela naquele instante. Precisava saber que alguém podia ver todas as suas fraquezas,<br />

todos os seus defeitos, e ainda assim considerá-lo não só desejável, mas forte e digno. Ainda que se<br />

sentisse vulnerável, ela não tinha como negar-lhe isso. Não quando era a mais pura verdade.<br />

E mais; ela também precisava dele.<br />

“Não fique tão surpreso”, provocou ela. “Eu quero você, Bram. Demais. O tempo todo. Quando se<br />

trata de você, esta solteirona recatada ferve de paixão, selvagem e insaciável.” Ela o beijou,<br />

provocando seus lábios com a língua. “Isso não deveria ser surpresa, pois você vem repetindo isso<br />

desde o começo.”<br />

“Eu sei”, disse ele, pensativo. “Eu sei... A surpresa é você ter ouvido.” Ele pegou o pescoço de<br />

Susanna com a mão e tomou sua boca com um beijo profundo, dominador.<br />

Ela se deleitou na entrega sensual por alguns instantes. Então, delicadamente, se afastou.<br />

“Espere”, disse, ofegante. “É minha vez, esta noite. Eu quero tocar você. Todo você.”<br />

Ele abriu os braços, convidando-a.<br />

“Não sou eu quem irá impedi-la.”<br />

Susanna começou passando as mãos por aqueles braços fortes, maciços, delineando cada músculo<br />

e tendão. Então ela subiu até os ombros e desceu pelo peito – duro como pedra e levemente coberto<br />

por pelos escuros e molhados. Ela desceu os dedos por seu abdome firme, marcado, e passou por um<br />

matagal de pelos mais cerrado antes de encontrar seu prêmio.<br />

Com a ponta de um único dedo ela delineou a cabeça larga da ereção de Bram. Quando ela<br />

deslizou a palma pela parte de baixo, acariciando aquela coluna grossa e rugosa, ele estremeceu e se<br />

afastou do toque de Susanna.<br />

Volte aqui... Ela o envolveu com as duas mãos, usando ambas na tentativa de cobrir toda sua<br />

extensão. Ela não conseguiu, então usou as duas para um carinho comprido, luxuriante, arrastando<br />

seu toque da base até a ponta.

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