vigencia a partir da publicacao apenas "para as leis de pequenarepercussao (art. 8Q); finalmente, determinou-se a abolicao da clausula"revogadas as disposicdes em contrario", devendo a clausulade revogacao "enumerar, expressamente, as leis ou disposicdes legaisrevogadas" (art.9°). Quanto ao texto das disposicoes legais, aLei Complementar n9 95, determina sejam elas "redigidas com clareza,precisao e ordem I6gica" (art. 11, caput). Tracaram-se, ainda,minuciosos dispositivos, para recomendar providencias redacionaisvoltadas para a "obtencao de clareza" (inc. I), "de precisao" (inc. II)e "de ordem logica" (inc. III).O legislador brasileiro, portanto, esta ciente das exigenciasnecessarias para dotar o Pafs de leis elaboradas com observancia derequisitos tecnicos e jurfdicos capazes de compatibilizar o direitopositivo nacional com o princfpio constitucional democratico deseguranca jurfdica45.A exigencia de submissao do legislador a clareza e precisaoda lei pressupoe, entre outras cautelas, que a norma "nao utilizeclausulas gerais vagas ou nocSes jurfdicas imprecisaf, ainda nalicao de Zimmer. Isto, como ja se anotou, nao impede que clausulasgerais sejam utilizadas para introduzir na lei valores eticos. O quenao se admite e o recurso a clausulas excessivamente vagas quenao deem ensejo a interpretacSes seguras. E preciso que mesmo na" No entanto, pela Medida Provisoria 2.180/2001 o prazo de embargo* a execucSo, previsto no ait. 730 do CPC, foiconfusamente aherado por introduce de arligo novo na Lei n» 9.494, cujoobjeto era a disciplina das antecipacOesde tulela contra a Fazenda Publica. Como a Medida Provisoria cogilava de materia ligada a previdencia socialentendeu-se, num esforco interpretative), que o CPC nao tinha sido alterado e o prazo ampliado deveria ficar restritoao processo de interesse dos entes da prcvid£ncia social. Mais tarde entendeu-se que a Medida Provisoria teria sidorevogada tacitamente e em nova manobra interprelativa a regra puramente processual foi consolidada no bojo daLei n° 8.213, que dispfie sobre pianos de beneffcios da previdencia social, e que foi republicada, para consolida^Jo,no DOU de 14.08.98. t bom lembrar que a mcsma Medida Provisoria nao so cuidou de alterar o prazo dos embargosde devedor, previslo no CPC e na CLT, como lambent alterou a Lei da Ar;ao Civil Publica para alterar dispositivosperti nentes a competencia e a coisa jutgada das acAescoletivas. Eis af um exemplo de como se legisla desastnosamente,desrespeilando OS mais elementares prinefpios Iracjdos pela Lei Complemenlar n" 95.Mais recentemente, a Lei n° 10.931, de 02.08.2004, editada, ponanto, varios anos apos a LC n° 95, tratou, na maiscompleta promiscuidade, de assuntos de natureza inteiramente diversa como "palrimflnio de afetafao" emincorprxac^csimobilianastans. 1°a 11),"letradecrt5diloimobiliirio(art 12 a 17), "ceduladecn5ditoimobiliirio"(ar[s.18 a 25), "cedula de credito bancario" bits. 26 a 45), 'contralos de financiamento de imAveis" (art. 46 a 52); e paracompletar a miscelanea, nas "dispostr;Aes finais* foram introduzidas alteracfies na Lei de Incorporar^des (Lei 4.591,de 16.12.64); na Lei do Mercado de Capitais (Lei n8 4.728, de 1995, no locanle as operacoes de aliena(Jofiduciariamente); na Lei n»9.514, de 20.11.97 (sistema de financiamento imobili.ino); ate o Codigo Civil foi alterado,assim como a Lei de Registros Publicos, a Lei de FCTS e a lei do Inquilinato. Como se ve, esta muito br^e o legisladorbrasileiro de submeler-sc as normas tecnicas da Lei Complementar n° 95.Revista da EMERJ, v. 9, n"35,2006 3 5
generalidade, a clausula seja "explfcita, sem ambigiiidades, coerentese que seu conteudo verdadeiro possa ser conhecido por urntrabalho de interpretacao razoavel"46.6. RELATIVIDADE DO PRINCfPIO DE SECURANCA JURlDICANenhum princi'pio no campo do direito, nem mesmo nos domfniosconstitucionais, pode ser visto e aplicado como absolute Aseguranga jun'dica, ainda que mereca a qualificacao de elementonatural e necessario do Estado de direito democratico, nao escapa arelatividade inerente a sistematica dos prinefpios de direito. E que osprinefpios, na sua essincia nao traduzem preceitos mas, sim, valores,os quais, por natureza, sao elasticos, sem contornos e limitesprecisos, e exercem muito mais sua funcao no terreno dahermeneutica do que no campo das normas, estas, sim, encarregadasde tracar regras claras e precisas sobre o comportamento dossujeitos de direito.Dada a plasticidade dos prinefpios, dentro de qualquer ramodo direito, inevitaveis sao os confrontos, as colisSes e as superposigoesentre eles. Daf a formulacao de novos prinefpios ou criteiios especialmenteconcebidos para administrar e solucionar a convivenciaentre os diversos valores axiol6gicos, nas crises oriundas de concorrenciaentre eles. E a partir das ideias de proporcionalidade erazoabilidade que se logra a harmonizacao entre os prinefpios quandose colocam em linha de colisao. Nao se trata simplesmente de desprezarum prinefpio e dar total supremacia ao outro. O que o inte>prete deve procurar e o equilibrio entre eles, demarcando, diantedas circunstancias do caso, ate que ponto deve ir a forca de cadaum dos prinefpios cotejados. Na maioria das situacoes sera possfvelaplicar, por parte ou etapas, ambos os prinefpios concorrentes, tornandomais aparente que real o conflito. Em outras, a natureza dosinteresses a tutelar esta, na realidade, sob o domfnio espeeffico deapenas um dos prinefpios, de maneira que o outro, que se pretendeutambem aplicar, deveria ser afastado de cogitacao.* Z1MMER. Willy, op. tit, p. 99.3 6 Revista da EMERJ, v. 9, n°35, 2006
- Page 2: ISSN 1415-4951(versão impressa)v.
- Page 30 and 31: gencia de uma redacao mais clara do
- Page 32 and 33: determinada) nao oferece uma medida
- Page 34 and 35: normativas caracterizadas pela sinc
- Page 38 and 39: O legislador quando insere novas re
- Page 40 and 41: para seus destinatarios, de onerosi
- Page 42 and 43: ser qualificado como um Estado de D
- Page 44 and 45: que nao se distancie dos padroes re
- Page 46 and 47: tenha cometido infracao a seguranca
- Page 48 and 49: do procedimento legal. Sao os atos
- Page 50 and 51: Notas sobre os Bens noNovo CodigoCi
- Page 52 and 53: assegura ao indivfduo a vinculacao
- Page 54 and 55: prego do Direito das Obligates). Ho
- Page 56 and 57: No mesmo sentido o que esta no art.
- Page 58 and 59: edificacoes que, separadas do solo,
- Page 60 and 61: A protecao ao consumidor foi coloca
- Page 62 and 63: O tratamento dado pelo novo Codigo
- Page 64 and 65: ffcie (as plantacoes, que naturalme
- Page 66 and 67: O que esta nos arts. 96 e 97 do nov
- Page 68 and 69: necessarias introduzidas pelo locat
- Page 70 and 71: embargos de declaracao sobre tal om
- Page 72 and 73: Se e quando tivermos urn C6digo de
- Page 74 and 75: veis, incluem-se nessa categoria os
- Page 76 and 77: Pode a autorizacao ser suspensa ou
- Page 78 and 79: EvolugaoHistorico-dogmaticaTeoria d
- Page 80 and 81: ante um fato do homem comet/do com
- Page 82 and 83: uma sangao cujo estudo, no seu conj
- Page 84 and 85: adequada e que satisfaga as condigo
- Page 86 and 87:
Nenhuma das caracterfsticas do inju
- Page 88 and 89:
mia no pensamento de Rocco, mas era
- Page 90 and 91:
ca (antijuridicidade). Nosentido du
- Page 92 and 93:
a punibilidade e pressuposto, eleme
- Page 94 and 95:
Sob tal tftulo alguns autores coloc
- Page 96 and 97:
missao legal para violar os preceit
- Page 98 and 99:
o conteudo do injusto do referido i
- Page 100 and 101:
de todos os elementos subjetivos do
- Page 102 and 103:
conceito final de acao, que nao e u
- Page 104 and 105:
Como vimos, a segunda etapa surge q
- Page 106 and 107:
de exculpante. A pena e malum passi
- Page 108 and 109:
Surge como consequencia que a disti
- Page 110 and 111:
As teorias modernas do injusto mant
- Page 112 and 113:
to de acao em piano secundario. Con
- Page 114 and 115:
a gravidade do problema. Daf a reac
- Page 116 and 117:
hoje". A de numero 91 menciona "a c
- Page 118 and 119:
conceitos, pois nos dirigimos a jur
- Page 120 and 121:
Codigo de Menores de 1927, dispomos
- Page 122 and 123:
Regime Jurfdico dasNotificagoes no
- Page 124 and 125:
Theodora Junior3, lembrado por Alex
- Page 126 and 127:
e 129, e nunca a norma insular do a
- Page 128 and 129:
que o silencio da tabela 25 mais su
- Page 130 and 131:
grar interpretacao favoravel ao er&
- Page 132 and 133:
delegatario deve ter ciencia e cons
- Page 134 and 135:
das suas vivencias, debate-se entre
- Page 136 and 137:
cao Judiciaria, configura urn sofis
- Page 138 and 139:
juiz der por encerrada a sua partic
- Page 140 and 141:
la^ao envolvesse infracao penal de
- Page 142 and 143:
Na doutrina estrangeira, Florian7,
- Page 144 and 145:
defesa, esta teria primazia; se mei
- Page 146 and 147:
e meio de prova previsto em lei (co
- Page 148 and 149:
O PrincfpiodaPadronizagaoEduardo Az
- Page 150 and 151:
excepcionalmente a exclusividade de
- Page 152 and 153:
3. O PROCEDIMENTO PARA A PADRONIZAC
- Page 154 and 155:
1.2. seja dada publicidade ao refer
- Page 156 and 157:
Pontue-se que, como bem frisado no
- Page 158 and 159:
5. CONCLUSOESAs conclusoes a que se
- Page 160 and 161:
Dentre as diversas transformacoes d
- Page 162 and 163:
estatal e a ineficiencia do aparelh
- Page 164 and 165:
cao do processo de transformacao do
- Page 166 and 167:
Constituigao torna-se o fundamento
- Page 168 and 169:
interesses envolvidos na atuacao ad
- Page 170 and 171:
institucionalizacao de processos e
- Page 172 and 173:
"Isto porque a participagao dos pri
- Page 174 and 175:
que la voluntad de los ciudadanos c
- Page 176 and 177:
A crescente previsao de mecanismos
- Page 178 and 179:
Reserva de Vagas noEnsino Publico B
- Page 180 and 181:
Pensar o inverso e prender-se ajjma
- Page 182 and 183:
"2. Bras. Estado de tipo africano f
- Page 184 and 185:
cessual civil da Universidade Candi
- Page 186 and 187:
O indigitado fil6sofo ensina que o
- Page 188 and 189:
ser apenas provisoria. A aquisigao
- Page 190 and 191:
tes de escravos africanos que foram
- Page 192 and 193:
ca, social, economica e cultural do
- Page 194 and 195:
quilombolas receberao indenizacao?
- Page 196 and 197:
A Reforma do Processo deExecugao -
- Page 198 and 199:
Nao se pretende, de forma alguma, e
- Page 200 and 201:
mente necessitados. Este obstaculo
- Page 202 and 203:
vos de solugao de conflitos, como a
- Page 204 and 205:
jurisdicional, pois logo apos a sen
- Page 214 and 215:
Essa inefetividade da sentence cond