necessarias introduzidas pelo locatario, ainda que nao autorizadas pelolocador, bem como as uteis, desde que autorizadas, serao indenizaveise permilem o exercicio do direito de retengao"; no art. 36 esta: "asbenfeitorias voluptuarias nao ser3o indenizaveis, podendo ser levantadaspelo locatario, finda a locacao, desde que sua retirada n3o afetea estrutura e a substancia do im6vel".E usual que conste no contrato de locacao a clausula pela qualo inquilino renuncia, desde ja, ao direito de indenizacao e de retencao,ainda que decorrente de benfeitorias necessarias.No regime anterior ao da Lei n° 8.245/91, os tribunal's proclamavamque tal clausula era invalida, considerando o dever juri'dicodo locador de entregar a coisa ao inquilino para os fins a que sedestina e que, sem tal benfeitoria, a coisa perderia a sua finalidadepara a qual foi locada. Neste sentido, a conclusao nQ 34 do VI EncontroNacional dos Tribunals de Alcada, unanime: "Nao tern validadea renuncia do locatario, em contrato, do direito de retencaopor benfeitorias necessarias".Contudo, havia forte entendimento em contrario, como se vena Sumula n° 15 do 2 Tribunal de Alcada Civil de Sao Paulo: "edispensavel prova sobre benfeitorias se ha clausula contratual emque o locatario renunciou ao respectivo direito de retencao ou deindenizacao" e no Enunciado n° 18 do Encontro Nacional de Tribunals de Algada, realizado em 1988: "a renuncia do locatario ao direito de retencao e de ressarcimento por benfeitorias necessariastorna inafastavel o avengado, hip6tese igualmente aplicavel nassublocacoes consentidas, se o contrario nao for fixado" - a Lei n°8.245/91, ao ressalvar, no art. 35, a disposigao contratual em contrario, prestigiou tal entendimentoEnsina o Desembargador Pestana de Aguiar que a ressalva noini'cio do art. 35 nao se compadece com o sistema regulamentar donosso Direito," postura inicialmente seguida pelo signatario.12Contudo, reformulei tal entendimento desde 1996, porque naopode o juiz afastar norma especffica, como aquela do art. 35 da lei" PESTANA DE AGUIAR, Iota Carlos. Nova lei dc loca(6cs comcntada. Rio delanciro: lunwn Juris, 1992, p. 56."SLAIBI FII.MO, Njgib. Comcnlirios a nova Lei do Inquilinato. 8. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1995, p. 208.Revista da EMERJ, v. 9, n°35,2006 67
inquilinaria, sob o fundamento de desatender as normas gerais doCodigo Civil, no caso, ao disciplinar, no atual art. 1.219, quecorresponde ao antigo art. 516, o direito de retencao e de indenizacaopelas benfeitorias. Ambas os diplomas legislatives - o Estatutodo Inquilinato Urbano e o Codigo Civil - sao leis federais, postas nomesmo patamar normativo e adequadamente elaboradas (a Lei ns8.245/91) de acordo com a vigente Constituicao.Como nao se encontra ioconstitucionalidade na apontada disposicaodo art. 35 da lei inquilinaria, eficaz tao-somente para oscontratos de locacao, a quern concede regime especial, alternativanao se tern senao a de honrar a norma sob comento, atendendo,assim, a submissao a lei que o Direito exige do juiz (art. 126 doCodigo de Processo Civil; art. 4° da Lei de Introducao ao C6digoCivil).Quanto ao momento em que deve ser posta a defesa, na acaode despejo, com referenda a retencao e a indenizacao debenfeitorias, observe-se que a acao de despejo nao 6 acaocondenat6ria, a merecer execucao diferenciada ou propria, emboraseja acao fundada.em direito pessoal sobre a coisa, como se refere oart. 744 da lei processual.Assim, a defesa pela retencao por benfeitorias deve ser feita naoportunidade da resposta (C6digo de Processo Civil, art. 297), quer nacontestacao, atraves de objecao a ser decidida prejudicialmente -como a exceptio non adimplecti contratus - quer atraves dereconvencao.13 Neste sentido: "o locatario so pode opor embargos,com esteio no art. 26 da Lei n° 6.649/79 e art. 744 do CPC, se a propria sentenca decretatoria do despejo Ihe concedeu o direito a indenizacao por benfeitorias (Revista Forense nQ 306, p. 209), \k que nasacoes de despejo o processo de execucao nao existe, a ensejar oferecimentode embargos, tal como nas execucoes comuns".14Se, no entanto, na resposta o inquilino ofereceu a defesa fundadana retencao e a sentenca nao apreciou tal ponto, nem sofreu1' Revista Trimcstral de Jurispnidfincia n° 67, p. 598." Superior Tribunal de lustra, Recurso em Mandado dc Seguran^a n" 1.324, de Alagoas, Rel.ilcx o Miniaro W3ldem.1tZveiter, julgado em 17 de dezembro de 1991, Diario Oflcial da UniJo de 24 de (evcreito de 1992.68 Revista da EMERj, v. 9, n°35, 2006
- Page 2:
ISSN 1415-4951(versão impressa)v.
- Page 30 and 31: gencia de uma redacao mais clara do
- Page 32 and 33: determinada) nao oferece uma medida
- Page 34 and 35: normativas caracterizadas pela sinc
- Page 36 and 37: vigencia a partir da publicacao ape
- Page 38 and 39: O legislador quando insere novas re
- Page 40 and 41: para seus destinatarios, de onerosi
- Page 42 and 43: ser qualificado como um Estado de D
- Page 44 and 45: que nao se distancie dos padroes re
- Page 46 and 47: tenha cometido infracao a seguranca
- Page 48 and 49: do procedimento legal. Sao os atos
- Page 50 and 51: Notas sobre os Bens noNovo CodigoCi
- Page 52 and 53: assegura ao indivfduo a vinculacao
- Page 54 and 55: prego do Direito das Obligates). Ho
- Page 56 and 57: No mesmo sentido o que esta no art.
- Page 58 and 59: edificacoes que, separadas do solo,
- Page 60 and 61: A protecao ao consumidor foi coloca
- Page 62 and 63: O tratamento dado pelo novo Codigo
- Page 64 and 65: ffcie (as plantacoes, que naturalme
- Page 66 and 67: O que esta nos arts. 96 e 97 do nov
- Page 70 and 71: embargos de declaracao sobre tal om
- Page 72 and 73: Se e quando tivermos urn C6digo de
- Page 74 and 75: veis, incluem-se nessa categoria os
- Page 76 and 77: Pode a autorizacao ser suspensa ou
- Page 78 and 79: EvolugaoHistorico-dogmaticaTeoria d
- Page 80 and 81: ante um fato do homem comet/do com
- Page 82 and 83: uma sangao cujo estudo, no seu conj
- Page 84 and 85: adequada e que satisfaga as condigo
- Page 86 and 87: Nenhuma das caracterfsticas do inju
- Page 88 and 89: mia no pensamento de Rocco, mas era
- Page 90 and 91: ca (antijuridicidade). Nosentido du
- Page 92 and 93: a punibilidade e pressuposto, eleme
- Page 94 and 95: Sob tal tftulo alguns autores coloc
- Page 96 and 97: missao legal para violar os preceit
- Page 98 and 99: o conteudo do injusto do referido i
- Page 100 and 101: de todos os elementos subjetivos do
- Page 102 and 103: conceito final de acao, que nao e u
- Page 104 and 105: Como vimos, a segunda etapa surge q
- Page 106 and 107: de exculpante. A pena e malum passi
- Page 108 and 109: Surge como consequencia que a disti
- Page 110 and 111: As teorias modernas do injusto mant
- Page 112 and 113: to de acao em piano secundario. Con
- Page 114 and 115: a gravidade do problema. Daf a reac
- Page 116 and 117: hoje". A de numero 91 menciona "a c
- Page 118 and 119:
conceitos, pois nos dirigimos a jur
- Page 120 and 121:
Codigo de Menores de 1927, dispomos
- Page 122 and 123:
Regime Jurfdico dasNotificagoes no
- Page 124 and 125:
Theodora Junior3, lembrado por Alex
- Page 126 and 127:
e 129, e nunca a norma insular do a
- Page 128 and 129:
que o silencio da tabela 25 mais su
- Page 130 and 131:
grar interpretacao favoravel ao er&
- Page 132 and 133:
delegatario deve ter ciencia e cons
- Page 134 and 135:
das suas vivencias, debate-se entre
- Page 136 and 137:
cao Judiciaria, configura urn sofis
- Page 138 and 139:
juiz der por encerrada a sua partic
- Page 140 and 141:
la^ao envolvesse infracao penal de
- Page 142 and 143:
Na doutrina estrangeira, Florian7,
- Page 144 and 145:
defesa, esta teria primazia; se mei
- Page 146 and 147:
e meio de prova previsto em lei (co
- Page 148 and 149:
O PrincfpiodaPadronizagaoEduardo Az
- Page 150 and 151:
excepcionalmente a exclusividade de
- Page 152 and 153:
3. O PROCEDIMENTO PARA A PADRONIZAC
- Page 154 and 155:
1.2. seja dada publicidade ao refer
- Page 156 and 157:
Pontue-se que, como bem frisado no
- Page 158 and 159:
5. CONCLUSOESAs conclusoes a que se
- Page 160 and 161:
Dentre as diversas transformacoes d
- Page 162 and 163:
estatal e a ineficiencia do aparelh
- Page 164 and 165:
cao do processo de transformacao do
- Page 166 and 167:
Constituigao torna-se o fundamento
- Page 168 and 169:
interesses envolvidos na atuacao ad
- Page 170 and 171:
institucionalizacao de processos e
- Page 172 and 173:
"Isto porque a participagao dos pri
- Page 174 and 175:
que la voluntad de los ciudadanos c
- Page 176 and 177:
A crescente previsao de mecanismos
- Page 178 and 179:
Reserva de Vagas noEnsino Publico B
- Page 180 and 181:
Pensar o inverso e prender-se ajjma
- Page 182 and 183:
"2. Bras. Estado de tipo africano f
- Page 184 and 185:
cessual civil da Universidade Candi
- Page 186 and 187:
O indigitado fil6sofo ensina que o
- Page 188 and 189:
ser apenas provisoria. A aquisigao
- Page 190 and 191:
tes de escravos africanos que foram
- Page 192 and 193:
ca, social, economica e cultural do
- Page 194 and 195:
quilombolas receberao indenizacao?
- Page 196 and 197:
A Reforma do Processo deExecugao -
- Page 198 and 199:
Nao se pretende, de forma alguma, e
- Page 200 and 201:
mente necessitados. Este obstaculo
- Page 202 and 203:
vos de solugao de conflitos, como a
- Page 204 and 205:
jurisdicional, pois logo apos a sen
- Page 214 and 215:
Essa inefetividade da sentence cond