a punibilidade e pressuposto, elemento ou consequencia do injusto,bem como de assentar se pode ou nao ser suspensa.Pode ex/stir injusto nao punfvel? Extinta a punibilidade desapareceo injusto? Suspensa a punibilidade, a acao deixa de ser e"ticae juridicamente reprovavel?Aqui nao se trata da punibilidade em sentido generico ou abstrato(a qualidade do fato tern como conseqGencia jurfdica a pena),visto que a simples cominacao da pena tornaria o ato punfvel. Parao legislador, o injusto e um pr/use a punibilidade um poster/us; eleavalia a conduta e, consequentemente, torna-a punfvel, ao passoque o juiz penal, primeiro, observa se a lei comina pena, a fim deverificar se o ato e ou nao reprovavel etica e juridicamente.A norma pode declarar um ato punfvel e suspender a inflicaoda pena, ao mesmo tempo em que estabelece condicoes resolutivas,bem como coloca a punicao na dependencia de um acontecimentocontingente. Dessa forma, a inflic3o da pena em cada caso podeficar dependente de uma condicao extintiva ou suspensiva. O injusto ja existia, a punibilidade ja existia, mas, por entender do legislador, fica suspensa a imposicao da pena. Vannini considera comocondicao objetiva e extnnseca de punibilidadeo acontecimento que,embora exigido normativamente para a existencia do crime, nao eimprescindfve! para a sua essencia de fato contrario ao interessetutelado. Ha autores que advogam a condicao objetiva dapunibilidade como elemento do injusto.Alias, os italianos se baseiam para sustentar tal postura naredacao do art. 44 do CP. {"Quando, per la punibilita del reato, lalegge ri chiede il verificarsi di una condizione, il colpevolerisponde del reato, anche se I'evento, da cui dipende il verificarsidella condizione, non e da lui voluto."). Se a condicao e requeridapara a punibilidade do injusto, este seria considerado perfeito eacabado mesmo que nao ocorresse. O que a lei italiana quis dizere que o culpado responde pelo injusto ainda que o acontecimento nao tenha sido querido (v.g.; no art. 236 do CP pStrio, oinjusto consiste em contrair o casamento induzindo em erro ouocultando impedimento, porem, no momento em que o agentecontrai o casamento, o crime esta praticado).Revista da EMERJ, v. 9, n°35,2006 9 \
So e suspenso (por motivo de conveni#ncia, oportunidade oupolftica criminal) o que existe. Se a condigSo fosse elemento do injusto,o sujeito que praticasse o fato condicionante seria co-autor(v.g.: o juiz que anula o casamento estaria praticando um ato elementarao delito, assim como nos delitos falimentares, o que prolataa sentenca declaratoria). Ficarfamos submersos na responsabilidadeobjetiva (v.g.: o erro quanto a condicao objetiva de punibilidadeseria exculpante). Por outro lado, nos tipos acessorios como a receptacao,o favorecimento real e o favorecimento pessoal, inexistindoco-autoria post factum, se a condicao fosse elemento essencial,jamais se poderia falar de tipo acessorio, enquanto nao se verificasseo acontecimento a que estava subordinada a punibilidade do injustoprincipal - a condigao (v.g.: diante do art. 7°, II, ali'nea a, CP,ficam sujeitos a lei brasileira, embora cometidos fora do Brasil, osinjustos que nosso pai's se obriga, em tratado ou convencao, a reprimir,normativamente, estabelecendo as va>ias condicSes para a aplicacaoda lei brasileira. Se a condigao fosse elemento do injusto,enquanto o agente nao entrasse no territorio nacional, nao estariaconsumado o injusto, e aquele que o favorecesse nao estaria cometendoqualquer injusto, ainda que o auxiliasse a se subtrair a acao deautoridade publica ou que Ihe prestasse auxflio destinado a tornarseguro o aproveitamento do injusto).Obviamente, se as condicoes objetivas de punibilidade fossemelementares ao injusto, influenciariam na antijuridicidade.Existem condigdes objetivas de punibilidadeiHa um evidente choque entre a pretensao de sua existenciaunitaria e o princi'pio da culpabilidade, visto que afeta o princfpio deque nao hS injusto se inexiste pelo menos forma negligente. Seriammeros requisitos de persecucao do injusto.Sustenta Zaffaroni que as chamadas "condicoes objetivas depunibilidade" sao elementos do tipo objetivo e por isso devem serabarcadas pelo conhecimento (dolo) ou pela possibilidade de conhecimento(negligencia).Assim, a partir da observacao de que, as vezes, nao e o injustoo unico requisito para que opere a punibilidade e que, em certasocasides, nao e uma causa pessoal que impeca a punicao, afirmasea exist§ncia de "condigdes objetivas de punibilidade".9 2 Revista da EMERJ, v. 9, n°35,2006
- Page 2:
ISSN 1415-4951(versão impressa)v.
- Page 30 and 31:
gencia de uma redacao mais clara do
- Page 32 and 33:
determinada) nao oferece uma medida
- Page 34 and 35:
normativas caracterizadas pela sinc
- Page 36 and 37:
vigencia a partir da publicacao ape
- Page 38 and 39:
O legislador quando insere novas re
- Page 40 and 41:
para seus destinatarios, de onerosi
- Page 42 and 43: ser qualificado como um Estado de D
- Page 44 and 45: que nao se distancie dos padroes re
- Page 46 and 47: tenha cometido infracao a seguranca
- Page 48 and 49: do procedimento legal. Sao os atos
- Page 50 and 51: Notas sobre os Bens noNovo CodigoCi
- Page 52 and 53: assegura ao indivfduo a vinculacao
- Page 54 and 55: prego do Direito das Obligates). Ho
- Page 56 and 57: No mesmo sentido o que esta no art.
- Page 58 and 59: edificacoes que, separadas do solo,
- Page 60 and 61: A protecao ao consumidor foi coloca
- Page 62 and 63: O tratamento dado pelo novo Codigo
- Page 64 and 65: ffcie (as plantacoes, que naturalme
- Page 66 and 67: O que esta nos arts. 96 e 97 do nov
- Page 68 and 69: necessarias introduzidas pelo locat
- Page 70 and 71: embargos de declaracao sobre tal om
- Page 72 and 73: Se e quando tivermos urn C6digo de
- Page 74 and 75: veis, incluem-se nessa categoria os
- Page 76 and 77: Pode a autorizacao ser suspensa ou
- Page 78 and 79: EvolugaoHistorico-dogmaticaTeoria d
- Page 80 and 81: ante um fato do homem comet/do com
- Page 82 and 83: uma sangao cujo estudo, no seu conj
- Page 84 and 85: adequada e que satisfaga as condigo
- Page 86 and 87: Nenhuma das caracterfsticas do inju
- Page 88 and 89: mia no pensamento de Rocco, mas era
- Page 90 and 91: ca (antijuridicidade). Nosentido du
- Page 94 and 95: Sob tal tftulo alguns autores coloc
- Page 96 and 97: missao legal para violar os preceit
- Page 98 and 99: o conteudo do injusto do referido i
- Page 100 and 101: de todos os elementos subjetivos do
- Page 102 and 103: conceito final de acao, que nao e u
- Page 104 and 105: Como vimos, a segunda etapa surge q
- Page 106 and 107: de exculpante. A pena e malum passi
- Page 108 and 109: Surge como consequencia que a disti
- Page 110 and 111: As teorias modernas do injusto mant
- Page 112 and 113: to de acao em piano secundario. Con
- Page 114 and 115: a gravidade do problema. Daf a reac
- Page 116 and 117: hoje". A de numero 91 menciona "a c
- Page 118 and 119: conceitos, pois nos dirigimos a jur
- Page 120 and 121: Codigo de Menores de 1927, dispomos
- Page 122 and 123: Regime Jurfdico dasNotificagoes no
- Page 124 and 125: Theodora Junior3, lembrado por Alex
- Page 126 and 127: e 129, e nunca a norma insular do a
- Page 128 and 129: que o silencio da tabela 25 mais su
- Page 130 and 131: grar interpretacao favoravel ao er&
- Page 132 and 133: delegatario deve ter ciencia e cons
- Page 134 and 135: das suas vivencias, debate-se entre
- Page 136 and 137: cao Judiciaria, configura urn sofis
- Page 138 and 139: juiz der por encerrada a sua partic
- Page 140 and 141: la^ao envolvesse infracao penal de
- Page 142 and 143:
Na doutrina estrangeira, Florian7,
- Page 144 and 145:
defesa, esta teria primazia; se mei
- Page 146 and 147:
e meio de prova previsto em lei (co
- Page 148 and 149:
O PrincfpiodaPadronizagaoEduardo Az
- Page 150 and 151:
excepcionalmente a exclusividade de
- Page 152 and 153:
3. O PROCEDIMENTO PARA A PADRONIZAC
- Page 154 and 155:
1.2. seja dada publicidade ao refer
- Page 156 and 157:
Pontue-se que, como bem frisado no
- Page 158 and 159:
5. CONCLUSOESAs conclusoes a que se
- Page 160 and 161:
Dentre as diversas transformacoes d
- Page 162 and 163:
estatal e a ineficiencia do aparelh
- Page 164 and 165:
cao do processo de transformacao do
- Page 166 and 167:
Constituigao torna-se o fundamento
- Page 168 and 169:
interesses envolvidos na atuacao ad
- Page 170 and 171:
institucionalizacao de processos e
- Page 172 and 173:
"Isto porque a participagao dos pri
- Page 174 and 175:
que la voluntad de los ciudadanos c
- Page 176 and 177:
A crescente previsao de mecanismos
- Page 178 and 179:
Reserva de Vagas noEnsino Publico B
- Page 180 and 181:
Pensar o inverso e prender-se ajjma
- Page 182 and 183:
"2. Bras. Estado de tipo africano f
- Page 184 and 185:
cessual civil da Universidade Candi
- Page 186 and 187:
O indigitado fil6sofo ensina que o
- Page 188 and 189:
ser apenas provisoria. A aquisigao
- Page 190 and 191:
tes de escravos africanos que foram
- Page 192 and 193:
ca, social, economica e cultural do
- Page 194 and 195:
quilombolas receberao indenizacao?
- Page 196 and 197:
A Reforma do Processo deExecugao -
- Page 198 and 199:
Nao se pretende, de forma alguma, e
- Page 200 and 201:
mente necessitados. Este obstaculo
- Page 202 and 203:
vos de solugao de conflitos, como a
- Page 204 and 205:
jurisdicional, pois logo apos a sen
- Page 214 and 215:
Essa inefetividade da sentence cond