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A mirada do outro - Educación en valores

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A MIRADA DO OUTRO<br />

6<br />

lugar destaca<strong>do</strong> no panorama geral, não raro promovidas por escolas (por<br />

exemplo, os Liceus de Viana <strong>do</strong> Castelo e de Braga) ou por associações de instrução<br />

(casos da Sociedade de Instrução de Coruche e da sua congénere <strong>do</strong><br />

Barreiro). Outros estabelecim<strong>en</strong>tos de <strong>en</strong>sino - liceus, o Colégio Militar, escolas<br />

industriais, escolas normais, a Universidade Popular de Vila Real, a Escola<br />

Naval, a Escola <strong>do</strong> Exército, a Universidade de Coimbra - promoveram sessões<br />

sol<strong>en</strong>es evocativas <strong>do</strong> 1.º de Dezembro sob a forma de saraus, palestras ou<br />

outras iniciativas comemorativas 9 . Em 1920, no Liceu Gil Vic<strong>en</strong>te, houve uma<br />

festa promovida por um grupo de escuteiros em que o futuro seareiro Luís da<br />

Câmara Reis fez uma palestra. Outras instituições em cuja acção se afirmou<br />

uma dim<strong>en</strong>são pedagógica participaram: a Sociedade de Geografia – em que se<br />

realizavam conferências - c<strong>en</strong>tros republicanos (caso <strong>do</strong> C<strong>en</strong>tro Escolar<br />

António José de Almeida, em 1914, ou <strong>do</strong> C<strong>en</strong>tro Escolar Republicano Dr.<br />

Magalhães Lima, em 1915, em que se pronunciaram lições de história relativas<br />

à data de 1640), da União Cristã da Mocidade e <strong>do</strong> Grupo de Escuteiros.<br />

Este último, a partir de 1915, passou a considerar o 1.º de Dezembro como<br />

dia nacional <strong>do</strong>s escuteiros portugueses 10 .<br />

A int<strong>en</strong>ção de se mobilizarem professores e alunos das escolas nas comemorações<br />

afirmou-se sobretu<strong>do</strong> desde 1910 e tornou-se uma constante. Em 1911,<br />

os alunos <strong>do</strong> Asilo Maria Pia e da Casa Pia compareceram com as respectivas<br />

bandas musicais na Praça <strong>do</strong>s Restaura<strong>do</strong>res, em Lisboa 11 . Na Universidade de<br />

Coimbra, onde as comemorações remontavam ao séc. XVII, era frequ<strong>en</strong>te<br />

haver confraternizações e palestras alusivas ao tema; em 1927 (3 de<br />

Dezembro), teve lugar uma conferência pelo Prof. Agostinho Fortes (da<br />

Faculdade de Letras de Lisboa). A própria Comissão C<strong>en</strong>tral 1.º de Dezembro<br />

(depois, Sociedade Histórica) procurou levar a cabo tal objectivo, não raro<br />

mediante a acção das suas delegações concelhias. Exemplo disso foi a instituição<br />

<strong>do</strong> Prémio Nun’Álvares pela delegação da Ribeira Brava (Madeira), destina<strong>do</strong><br />

aos alunos mais distintos das escolas oficiais. Em 1930, nos festejos <strong>do</strong><br />

1.º de Dezembro terão participa<strong>do</strong> 300 crianças das escolas daquele concelho:<br />

organizou-se um cortejo que se dirigiu para a igreja local (onde houve o tradicional<br />

Te Deum) e depois uma saudação à bandeira nacional em fr<strong>en</strong>te ao Paço<br />

9.<br />

“O 1.º de Dezembro”, Diário de Notícias, n.º 17266, 4-XII-1913, p.7 e E. Ramos da Costa,<br />

Op. cit., pp. 154-155.<br />

10.<br />

Ibid.<br />

11. “O 1.º de Dezembro”, Diário de Notícias, n.º 16545, 3-XII-1911.

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