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A mirada do outro - Educación en valores

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A PRESENÇA ESPANHOLA<br />

NA IMPRENSA PEDAGÓGICA PORTUGUESA<br />

O CASO DA REVISTA ESCOLAR, 1921-1935<br />

Luís Miguel Carvalho<br />

Universidade Técnica de Lisboa.<br />

Faculdade de Motricidade Humana<br />

Quais foram e como foram acolhidas na Revista Escolar, durante o seu ciclo<br />

de vida (<strong>en</strong>tre 1921 e 1935), as referências ao “vizinho espanhol”? Mais precisam<strong>en</strong>te,<br />

que autores, que títulos, que organizações, foram convoca<strong>do</strong>s para<br />

aquele importante periódico português de educação e <strong>en</strong>sino? Ao re<strong>do</strong>r de que<br />

temáticas surgiram e que tipos de mobilização e de juízos de valor as acompanharam?<br />

Qual o peso relativo dessa referência no quadro de uma outra, mais<br />

ampla, onde cabiam todas as outras “unidades” desse mun<strong>do</strong> “culto, mov<strong>en</strong>te<br />

e moderno” que <strong>en</strong>tão se apreciava? Que participação tiveram os autores e<br />

<strong>outro</strong>s periódicos espanhóis na produção da Revista Escolar? Que elem<strong>en</strong>tos de<br />

estabilidade e de variabilidade caracterizam essa pres<strong>en</strong>ça? Tais são as principais<br />

interrogações exploratórias que guiam este trabalho 1 .<br />

Inicio este texto <strong>en</strong>saian<strong>do</strong> alguns conceitos e linhas de análise que pret<strong>en</strong><strong>do</strong><br />

utilizar no estu<strong>do</strong>. Depois, trato da questão da frequência e da qualidade <strong>do</strong>s<br />

refer<strong>en</strong>tes de origem espanhola na publicação portuguesa, à luz da recapitulação<br />

de contributos anteriores sobre as relações <strong>en</strong>tre os universos pedagógicos<br />

<strong>do</strong>s <strong>do</strong>is países. Finalm<strong>en</strong>te, ocupo-me com a descrição e a análise <strong>do</strong>s difer<strong>en</strong>tes<br />

mo<strong>do</strong>s de aparecim<strong>en</strong>to de refer<strong>en</strong>tes espanhóis na publicação portuguesa,<br />

primeiro procuran<strong>do</strong> captar a ext<strong>en</strong>são daquela pres<strong>en</strong>ça e, depois, olhan<strong>do</strong><br />

detalhadam<strong>en</strong>te os autores e textos ali pres<strong>en</strong>tes, quer os prov<strong>en</strong>i<strong>en</strong>tes de<br />

Espanha, quer os de origem portuguesa que directam<strong>en</strong>te se dedicam a questões<br />

relativas ao “país vizinho” 2 .<br />

1. O estu<strong>do</strong> que aqui se apres<strong>en</strong>ta decorre no âmbito de um projecto de investigação histórica e<br />

comparada (Nóvoa, 2000). Encontro-me aí <strong>en</strong>volvi<strong>do</strong> numa pesquisa sobre a formação e a circulação<br />

de saberes especializa<strong>do</strong>s em educação, através <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> sistemático de periódicos de educação<br />

e <strong>en</strong>sino. Para o esclarecim<strong>en</strong>to das coord<strong>en</strong>adas teóricas e meto<strong>do</strong>lógicas desse estu<strong>do</strong>, vejase<br />

Carvalho (2000). Os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> compara<strong>do</strong> de periódicos de Portugal (Revista<br />

Escolar) e <strong>do</strong> Brasil (Educação, São Paulo) podem ser consulta<strong>do</strong>s em Carvalho & Cordeiro<br />

(2001).<br />

NO TEMPO DO LIBERALISMO<br />

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