06.05.2013 Views

A mirada do outro - Educación en valores

A mirada do outro - Educación en valores

A mirada do outro - Educación en valores

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

sa lista de colabora<strong>do</strong>res da Revista de Pedagogía (44), <strong>en</strong>tre os quais os nomes<br />

mais emblemáticos <strong>do</strong> movim<strong>en</strong>to, e as publicações (em número e em número<br />

de edições) associadas àquele periódico (Vinão Frago, 1994-1995, pp. 35-<br />

45) 22 . É, portanto, a posição periférica de Portugal no merca<strong>do</strong> da Escola Nova<br />

que assinalo. Neste contexto a Espanha – mais bem posicionada nessa rede<br />

internacional - surgia como importante interposto e fonte de informação.<br />

6<br />

Os textos de portugueses sobre Espanha<br />

Passo, por fim, à pres<strong>en</strong>ça espanhola por via de textos de autores portugueses.<br />

Essa pres<strong>en</strong>ça permite concluir o quadro de relações pessoais que forjar as<br />

transferências no interior da p<strong>en</strong>ínsula e as estabelecer pontes com o que se<br />

passava além Pirinéus. Trata-se das relações com Jacobo Orellana, professor no<br />

Colégio Nacional de Sor<strong>do</strong>smu<strong>do</strong>s y Ciegos de Madrid e nomea<strong>do</strong> director exactam<strong>en</strong>te<br />

nesse ano, já anunciadas por Costa Rico (1997), com Faria de<br />

Vasconcelos e com Cruz Filipe 23 . Na Revista Escolar são as relações com este<br />

último que surgem mais nítidas. Há um artigo dedica<strong>do</strong> à “palestra sobre o<br />

méto<strong>do</strong> Decroly” dada por Orellana na Casa Pia de Lisboa em 1927; artigo<br />

redigi<strong>do</strong> por Manuel Subtil, que com Cruz Filipe e <strong>outro</strong>s formaria o “grupo<br />

de Lisboa”, um grupo de professores de ori<strong>en</strong>tação política conserva<strong>do</strong>ra que<br />

junto de A<strong>do</strong>lph Férrière se propôs e veio a conseguiu constituir secção portuguesa<br />

da LIEN, ao re<strong>do</strong>r da revista Escola Primária (Nóvoa, 1987, 1992,<br />

1995). O <strong>outro</strong> texto que convoca Orellana é o texto de Cruz Filipe dedica<strong>do</strong><br />

à criação, em Espanha, da Escola Normal de Professores de Sur<strong>do</strong>s-mu<strong>do</strong>s e de<br />

Cegos. A este se pode ainda adicionar uma rec<strong>en</strong>são, pelo mesmo feita, à obra<br />

Reducción de las letras y arte para <strong>en</strong>señar a hablar los mu<strong>do</strong>s de Juan Pablo<br />

Bonet (Revista Escolar, 2, 1931, pp. 92-94) 24 .<br />

22.<br />

O texto de António Carlos Correia (neste volume) dá realce à "transferência" de muitas daqueles<br />

obras para Portugal.<br />

23.<br />

Tal como Orellana, Cruz Filipe foi discípulo de Herlin (autor da adaptação <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> de<br />

Decroly para o <strong>en</strong>sino de sur<strong>do</strong>s-mu<strong>do</strong>s), no Instituto Nacional de Sur<strong>do</strong>s-mu<strong>do</strong>s de Paris. A visita<br />

em causa ocorreu em Outubro de 1927 e, segun<strong>do</strong> Subtil, Orellana foi "hóspede" de Cruz<br />

Filipe.<br />

24.<br />

Juan Pablo Bonet (1579-1633), educa<strong>do</strong>r de sur<strong>do</strong>s-mu<strong>do</strong>s, depois político e diplomata. O<br />

livro alvo de rec<strong>en</strong>são foi publica<strong>do</strong> em Madrid em 1620 (Gran Enciclopedia RIAL, 1974). A edição<br />

alvo foi a de 1930, acompanhada por um estu<strong>do</strong> de Jabobo Orellana e Lor<strong>en</strong>zo Gascón<br />

Portero: Estudio crítico biográfico sobre Juan Pablo Bonet y su obra (Madrid: Francisco Beltran,<br />

1930).<br />

NO TEMPO DO LIBERALISMO<br />

99

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!