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A mirada do outro - Educación en valores

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A MIRADA DO OUTRO<br />

252<br />

caso português, com um agravam<strong>en</strong>to da situação económica e social, com um<br />

aum<strong>en</strong>to <strong>do</strong> desemprego e com uma crise no sector produtivo, associa<strong>do</strong>s à quebra<br />

<strong>do</strong> poder de compra <strong>do</strong> escu<strong>do</strong> e à implem<strong>en</strong>tação das exigências da União<br />

Económica e Monetária.<br />

2.2<br />

Demografia<br />

Entre 1960 e 1991, a população portuguesa cresceu em cerca de 1 milhão de<br />

habitantes. Mas, <strong>en</strong>quanto na década de 70, embora de forma não homogénea,<br />

houve um crescim<strong>en</strong>to populacional, em to<strong>do</strong> o País, a década de 80 ficou marcada<br />

por uma estagnação global, uma vez que a taxa de crescim<strong>en</strong>to anual de<br />

0,03% traduz uma quebra populacional, na g<strong>en</strong>eralidade <strong>do</strong> País. Entre 1981 e<br />

1991, ac<strong>en</strong>tuaram-se as assimetrias na distribuição geográfica e um <strong>en</strong>velhecim<strong>en</strong>to<br />

da população, fruto, sobretu<strong>do</strong>, da melhoria da esperança de vida. Entre<br />

1960 e 1991, o número de pessoas com mais de 65 anos quase duplicou (de<br />

700.000 para 1.200.000), passan<strong>do</strong> a corresponder a 13,4% da população. Em<br />

contrapartida, o peso relativo <strong>do</strong> escalão etário <strong>do</strong>s 0-14 anos, baixou de 30%<br />

para 20%, em igual perío<strong>do</strong>. Entre 1970 e 1990, houve, por consequência, uma<br />

quebra da taxa de natalidade e uma estabilização da taxa de mortalidade.<br />

Em síntese, <strong>en</strong>tre 1960 e 1990, a população portuguesa registou um acréscimo<br />

global de 1 milhão de indivíduos, estabilizan<strong>do</strong>, desde 1980, em cerca de 10<br />

milhões de habitantes. Se o cômputo global se manteve a partir deste data, o<br />

mesmo não se verifica quanto à distribuição por regiões, vin<strong>do</strong> a ac<strong>en</strong>tuar-se a<br />

litoralização e a urbanização. Assim, verificou-se que no Norte e no C<strong>en</strong>tro<br />

Interiores, bem como no Al<strong>en</strong>tejo, se registaram quebras demográficas de<br />

500.000 e 200.000 habitantes, respectivam<strong>en</strong>te, ou seja de cerca de 1/3 da<br />

população respectiva. Ao contrário, no mesmo perío<strong>do</strong>, as regiões de Lisboa e<br />

Vale <strong>do</strong> Tejo e <strong>do</strong> Porto registaram um crescim<strong>en</strong>to contínuo, saldan<strong>do</strong>-se para<br />

esta última um crescim<strong>en</strong>to de 500.000 pessoas e para Lisboa e Vale <strong>do</strong> Tejo, um<br />

crescim<strong>en</strong>to de 1.000.000 de pessoas. Também a população <strong>do</strong> Algarve não cessou<br />

de aum<strong>en</strong>tar. Estes crescim<strong>en</strong>tos devem-se ess<strong>en</strong>cialm<strong>en</strong>te à mobilidade<br />

demográfica.<br />

Em 1991, o panorama geral da distribuição da população podia resumir-se<br />

da seguinte forma: 80% conc<strong>en</strong>trada na faixa litoral <strong>do</strong> Minho ao Algarve, com<br />

excepção <strong>do</strong> litoral al<strong>en</strong>tejano; 15% na faixa de interior de Bragança a Beja e 5%<br />

nos arquipélagos atlânticos.

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