A mirada do outro - Educación en valores
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1913, 50), despertan<strong>do</strong> nele uma grande paixão. Quan<strong>do</strong> ficou viúvo, viveu o<br />
príncipe com Inês de Castro, de quem teve três filhos; posteriorm<strong>en</strong>te, D.<br />
Pedro disse ter casa<strong>do</strong> com ela secretam<strong>en</strong>te. Alguns nobres temiam a influência<br />
de Inês de Castro e de seus irmão sobre o herdeiro <strong>do</strong> trono, consideran<strong>do</strong><br />
mesmo que era uma questão de indep<strong>en</strong>dência nacional (Séguier, 1921, 44-<br />
45). Aconselha<strong>do</strong> por eles, o rei D. Afonso IV ord<strong>en</strong>ará o assassinato de Inês,<br />
o que provoca a revolta de D. Pedro. Este vingar-se-á cruelm<strong>en</strong>te <strong>do</strong>s assassinos,<br />
depois de ter subi<strong>do</strong> ao trono e de ter consegui<strong>do</strong> que o rei de Castela lhe<br />
<strong>en</strong>tregasse esses hom<strong>en</strong>s, que <strong>en</strong>tretanto se tinham refugia<strong>do</strong> no país vizinho.<br />
D. Pedro fará uma hom<strong>en</strong>agem póstuma à sua amada, faz<strong>en</strong><strong>do</strong> trasladar o<br />
corpo de D. Inês para Alcobaça e coroan<strong>do</strong>-a rainha.<br />
Os amores impossíveis de Pedro e Inês constituem um tema c<strong>en</strong>tral da literatura<br />
portuguesa, muitas vezes retoma<strong>do</strong> por diversos autores e em vários<br />
géneros literários.<br />
Em 1383/85, o rei D. João I de Castela foi um <strong>do</strong>s pret<strong>en</strong>d<strong>en</strong>tes ao trono<br />
de Portugal, por estar casa<strong>do</strong> com D. Beatriz, a única <strong>do</strong> filha <strong>do</strong> rei faleci<strong>do</strong>,<br />
D. Fernan<strong>do</strong>. Invadin<strong>do</strong> o país com os seus exércitos, cercan<strong>do</strong> Lisboa e opon<strong>do</strong>-se<br />
aos portugueses em várias batalhas, onde será derrota<strong>do</strong> apesar da superioridade<br />
numérica da suas forças, o monarca castelhano repres<strong>en</strong>ta para os<br />
portugueses o inimigo que constituía o maior perigo para a indep<strong>en</strong>dências <strong>do</strong><br />
país.<br />
Ainda neste perío<strong>do</strong>, D. Leonor Teles é a personagem mais odiada (Séguier,<br />
1921, 48-49, 52-53; Guimarães e Mesquita, 1910, 14-15). Casada com o rei<br />
D. Fernan<strong>do</strong> (estan<strong>do</strong> ainda vivo o seu primeiro mari<strong>do</strong>), é apres<strong>en</strong>tada como<br />
s<strong>en</strong><strong>do</strong> “<strong>do</strong>tada de péssimo carácter e de desprezíveis s<strong>en</strong>tim<strong>en</strong>tos, mas muito<br />
formosa” (Franco e Magno, 1913, 52); originária de uma família nobre de<br />
Trás-os-Montes, será considerada como espanhola por alguns <strong>do</strong>s autores <strong>do</strong>s<br />
manuais analisa<strong>do</strong>s. Com a morte de D. Fernan<strong>do</strong>, assume a regência e manda<br />
aclamar a sua filha D. Beatriz e o mari<strong>do</strong>, D. João I de Castela, como reis de<br />
Portugal. Já anteriorm<strong>en</strong>te t<strong>en</strong>tara mandar assassinar um <strong>outro</strong> candidato ao<br />
trono (D. João, Mestre de Avis, filho bastar<strong>do</strong> de D. Pedro I) e conspirara de<br />
forma a obrigar <strong>do</strong>is <strong>outro</strong>s candidatos, <strong>do</strong>is <strong>do</strong>s filhos de D. Pedro e D. Inês<br />
de Castro, a fugirem para Castela. A sua relação amorosa com o conde galego<br />
João Fernandes Andeiro reforçava o ódio que o povo lhe tinha desde o seu casam<strong>en</strong>to<br />
com D. Fernan<strong>do</strong>, s<strong>en</strong><strong>do</strong> vista como mais um sintoma <strong>do</strong> parti<strong>do</strong> que<br />
a rainha tomava a favor de Castela e contra a indep<strong>en</strong>dência nacional.<br />
A aclamação de D. Beatriz punha a nossa indep<strong>en</strong>dência em perigo ...<br />
O povo odiava a rainha, o Andeiro e os Castelhanos, temia a perda da inde-<br />
NO TEMPO DO LIBERALISMO<br />
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