Fundamentos de Educação em Saúde - CEAD - Unimontes

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A pesquisa em comunicação pode ser feita através de entrevistas, de grupos de discussão focal, de observações e notas de campo ou de questionários, e pode ser realizada diretamente com grupos populacionais ou ocupacionais como, por exemplo, estudos específicos com estudantes, prostitutas, garis ou com portadores de determinada infecção. A pesquisa indicada para estudos de comunicação é essencialmente qualitativa; ela verifica motivações, interesses e lógicas de determinados comportamentos práticos. Assim, a pesquisa qualitativa permitirá: • compreender ou visualizar, a partir da sua inserção na comunidade, o problema vivenciado por pessoas e grupos; • aprofundar o conhecimento acerca de ideias, noções ou crenças que estejam circulando nas populações; • entender logicamente um comportamento; • realizar pré-testes de materiais educativos; • gerar ideias junto com grupos específicos. Quando existe a necessidade de conhecer a intensidade e a distribuição de determinado problema nas populações, torna-se importante complementar a pesquisa com levantamentos quantitativos ou, pelo menos, com uma boa consulta aos dados e às pesquisas pré-existentes nas prefeituras, secretarias de saúde, censos etc. 2º e 3º A definição dos públicos ou segmentação da audiência. Quando definimos bem o público de nossas mensagens em comunicação, torna-se possível trabalhar conhecendo os interesses, as vivências prévias, as racionalidades e as expectativas do grupo com o qual se trabalha. Reconhecemos a diversidade da sociedade, rompendo com uma visão unificada de público, população ou comunidade. Segundo ROZEMBERG. Brani.. et al. (2004), é preciso reconhecer que existem inúmeros públicos na ideia genérica de público e muitas subpopulações inseridas na população. Para Martim-Barbero (2003), um estudioso da comunicação na América Latina, as Políticas Nacionais de Comunicação, em nossos países, até a década de 1980, sempre fracassavam pelo fato de não terem nunca levado em conta a multiplicidade de atores da sociedade civil, seus interesses e particularidades. Eram políticas pensadas por intelectuais e por políticos que não levavam em conta os diferentes modos de ver, de ler e de escutar dos grupos sociais. Eles achavam que poderiam definir e legislar sobre o que era a vontade do povo. O resultado? Produziram mensagens que falavam com todos e com ninguém. A última dica sobre a segmentação da audiência: cuidado para não focalizar as mensagens apenas nas mudanças de comportamento, pois, quando isso ocorre, acabamos desviando a atenção dos outros fatores e determinantes sociais das doenças. E, já que estaremos falando com públicos específicos, poderemos gerar a falsa impressão de que eles são os culpados ou os únicos responsáveis pelo problema. e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 114 Vigilância em Saúde
4° e 5º Sobre a escolha dos meios e formatos. De um modo geral, em comunicação, os meios podem ser divididos em: a. meios gráficos: peças escritas, ilustradas, jornais, folhetos, cartazes, slogans, cartilhas, livretos, gibis etc.; b. meios orais: rádios, palestras, painéis, debates etc.; c. meios dramatizados: teatro, mamulengos, fantoches etc.; d. meios audiovisuais: vídeoprodução (dramatizações ou documentários) ou reprodução simples (outros vídeos já existentes, gravação de eventos etc.); e. Outras artes: música, dança, etc. Figura 21: Abertura do JIM – Colégio Marista São José - Montes Claros – MG. Foto: Joaquim Lima. Figura 22: Grupo de Reis da comunidade quilombola de Buriti do Meio. São Francisco-MG. Fonte: Joaquim Lima. Figura 23: Grupo Reviver da Vila Atlântica. Montes Claros/MG. (Dança de São Gonçalo) . Fonte: Joaquim Lima. Fundamentos de Educação em Saúde 115 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
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