Fundamentos de Educação em Saúde - CEAD - Unimontes

Desenvolvimentismo:
Desenvolvimentismo
– regime econômico
que tem como
prioridade o
crescimento material
da sociedade, e não
as questões sociais,
como a saúde e a
educação, dentre
outras.
Humanista:
Partindo do universo
vocabular das
camadas populares e
de suas condições de
vida e educacionais,
Paulo Freire criou uma
pedagogia humanista,
alicerçada no diálogo e
baseada nas condições
concretas dos sujeitos
sociais. (PCAU ARAÚJO
- paulofreire.org).
11.2.2.3.3 - Outras abordagens e olhares sobre a prática comunicativa.
O texto desta aula foi influenciado por autores latino-americanos
que se dedicam aos estudos de recepção e reflexões sobre a produção de
sentido. As teorias mais recentes, como a das mediações, por exemplo, acabaram
por destacar a relevância de tudo aquilo que antes era considerado
ruído na comunicação. Além disso, os autores procuram compreender as
questões geradas pela mídia nas sociedades contemporâneas. Novas teorias
e modelagens buscam descrever a forma como as mensagens, vindas de diferentes
emissores ao mesmo tempo, circulam, competem e interagem em
situações concretas, e como as pessoas ou grupos selecionam, negociam e
competem para fazer valer suas verdades em um mundo no qual, como todos
nós sabemos, informação é poder.
11.2.4 Educação e saúde
11.2.4.1 Introdução
Já vimos anteriormente alguns conceitos de educação e saúde, mas
quem desenvolve essas ações educativas em saúde? Muitas pessoas, não é
verdade? Dentre essas pessoas, podemos afirmar que o trabalhador da saúde
desempenha um papel educativo que pode estar presente nas diversas práticas
que desenvolve, tornando-se mais visível nas atividades voltadas para a
prevenção e a promoção da saúde.
Entretanto, há diferentes concepções de educação que podem se
expressas no trabalho educativo em saúde.
A compreensão de educação como um ato normativo, onde a prescrição
e a instrumentalização predominam, reduzindo o sujeito da educação
a objeto passivo da intervenção educativa, corresponde a uma compreensão
limitada de saúde. Em outras palavras, esta concepção de educação reduz
quem educa – no caso, o trabalhador da saúde – a um mero reprodutor de
normas, e o aprendiz – a população atendida – a um simples depósito de
informações. Lembra-se da pedagogia da transmissão? Aqui, está bem representada
no trabalhador da saúde, que transmite, e na população, que recebe
as informações passivamente.
Outra forma de compreender a educação é vê-la como um processo
que não tem como objetivo adaptar o homem às condições econômicas,
sociais e políticas em que vive, mas possibilitar que ele se perceba como o
construtor desta sociedade, podendo, portanto, alterá-la. Aqui, o trabalhador
da saúde é problematizador, e a população, sujeito.
Precisamos destacar que educar é comunicar, portanto, o trabalhador
que educa, de fato, está se comunicando; ele realiza um trabalho de mediação
entre o conhecimento que adquiriu na área da saúde e a população à
qual visa informar a respeito desse mesmo conhecimento. Da mesma forma,
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 118 Vigilância em Saúde