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Fundamentos de Educação em Saúde - CEAD - Unimontes

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2) O sujeito se torna gradualmente in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da manipulação,<br />

quando a situação o requer, e po<strong>de</strong> conhecer observando objetos materiais.<br />

No entanto, não consegue pensar além do que vê. São os esqu<strong>em</strong>as perceptivos,<br />

próprios da fase <strong>de</strong> dois a sete anos e mantidos nas fases subsequentes.<br />

Por ex<strong>em</strong>plo: um menino <strong>de</strong> cinco anos, na situação a seguir, diz que exist<strong>em</strong><br />

mais fichas pretas do que brancas.<br />

O adulto também apela para esqu<strong>em</strong>as perceptivos, nos casos <strong>em</strong><br />

que o assunto é inteiramente <strong>de</strong>sconhecido, dando explicações mecânicas<br />

sobre ele mesmo, aferrando-se somente às características visíveis do fenômeno.<br />

3) O sujeito po<strong>de</strong> pensar mais além do que vê: agora, já procura explicações<br />

diferentes e até divergentes a respeito das características visíveis<br />

do objeto. Contudo, não po<strong>de</strong> “pensar s<strong>em</strong> ver”, ou seja, não po<strong>de</strong> refletir<br />

no abstrato, só po<strong>de</strong> fazê-lo a partir <strong>de</strong> dados concretos materiais <strong>de</strong> sua<br />

experiência direta. Estes são os esqu<strong>em</strong>as lógico-concretos, próprios da fase<br />

que vai dos sete aos 12 anos e mantidos na etapa seguinte para ser<strong>em</strong> usados<br />

quando necessários. De fato, quando o adulto não domina conceitualmente<br />

um assunto, ou quando este se apresenta <strong>de</strong> maneira confusa, necessita o<br />

apoio <strong>de</strong> “ver” as manifestações concretas para compreen<strong>de</strong>r a questão.<br />

4) O sujeito po<strong>de</strong> tornar-se in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte dos materiais ou dos concretos<br />

e refletir sobre i<strong>de</strong>ias ou símbolos, abstrair, generalizar e estabelecer<br />

relações cada vez mais amplas e complexas. Estes são os esqu<strong>em</strong>as lógico-<br />

-abstratos, próprios da adolescência e da vida adulta. Para chegar a este<br />

estágio, é indispensável que o sujeito tenha tido experiências e oportunida<strong>de</strong>s<br />

sociais que o estimul<strong>em</strong>. É também indispensável que tenha exercitado<br />

suficient<strong>em</strong>ente os esqu<strong>em</strong>as <strong>de</strong> assimilação mais simples, que serv<strong>em</strong> <strong>de</strong><br />

ponte para os mais complexos. Para refletir sobre abstrações e alcançar os<br />

argumentos conceituais, requere-se, como primeiro passo, que tenha agrupado<br />

objetos materiais e relacionado dados concretos. S<strong>em</strong> dúvida, o adulto<br />

que dispõe <strong>de</strong> esqu<strong>em</strong>as lógico-abstratos teve que recorrer às etapas correspon<strong>de</strong>ntes<br />

aos esqu<strong>em</strong>as mais simples, que lhes serv<strong>em</strong> <strong>de</strong> base, esqu<strong>em</strong>as<br />

estes que se conservam, ainda que subordinados aos mais complexos, para<br />

aplicá-los <strong>em</strong> situações <strong>em</strong> que as abstrações não lhes sirvam para resolver<br />

um <strong>de</strong>terminado probl<strong>em</strong>a.<br />

É neste sentido que po<strong>de</strong>mos dizer que os esqu<strong>em</strong>as <strong>de</strong> assimilação<br />

são produtos <strong>de</strong> uma construção progressiva através da própria prática<br />

ativa do sujeito ao longo <strong>de</strong> sua vida, mas esta construção progressiva não<br />

se realiza obrigatoriamente: é necessário que existam estímulos ambientais<br />

para que o sujeito sinta a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> procurar novas respostas e, então,<br />

<strong>de</strong>senvolver novos esqu<strong>em</strong>as cognitivos.<br />

e-Tec Brasil/CEMF/<strong>Unimontes</strong> 70 Vigilância <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>

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