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Fundamentos de Educação em Saúde - CEAD - Unimontes

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Conceito bastante ampliado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e que parece mais ficção, mas<br />

é isso que a maioria das pessoas com o mínimo <strong>de</strong> conhecimento enten<strong>de</strong>.<br />

Aproveitando esse entendimento, muitos gestores <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> tiraram proveito<br />

das verbas públicas da saú<strong>de</strong> para aplicar<strong>em</strong> <strong>em</strong> órgãos que <strong>de</strong>v<strong>em</strong> gastar<br />

os recursos do seu próprio orçamento para a promoção da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida<br />

das pessoas.<br />

Ainda que não seja uma realida<strong>de</strong>, o conceito <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>clarado<br />

pela Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> – OMS -, <strong>em</strong> 1948, simboliza um compromisso.<br />

Saú<strong>de</strong> não é estática; sua própria compreensão possui certo grau <strong>de</strong><br />

subjetivida<strong>de</strong>, uma vez que os indivíduos e a socieda<strong>de</strong> acreditam ter mais<br />

ou menos saú<strong>de</strong> conforme o momento.<br />

Já foram feitas diversas tentativas para se construir um conceito<br />

mais dinâmico <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, que não seja entendida apenas como um compl<strong>em</strong>ento<br />

da doença, mas como a construção permanente <strong>de</strong> cada sujeito e<br />

comunida<strong>de</strong>, tomando consciência e ampliando suas potencialida<strong>de</strong>s para<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r a vida.<br />

Nenhum ser humano (ou população) será totalmente saudável ou<br />

totalmente doente. Viverá condições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>/doença no <strong>de</strong>correr <strong>de</strong> sua<br />

existência, <strong>em</strong> conformida<strong>de</strong> com suas potencialida<strong>de</strong>s e condições <strong>de</strong> vida.<br />

Precisa-se romper com a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que a saú<strong>de</strong> do sujeito é <strong>de</strong>terminada<br />

unicamente por ele, inclusive pela genética, ou pelas condições que a<br />

socieda<strong>de</strong> ou o po<strong>de</strong>r público lhe oferec<strong>em</strong>.<br />

8.2.2.1.1 A importância do conceito ampliado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

A Medicina e a Biologia – ciência <strong>em</strong> que se baseia a maior parte das<br />

práticas médicas – foram, por muito t<strong>em</strong>po, as principais, talvez as únicas<br />

referências para a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> conceitos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, ou seja, para a criação<br />

das i<strong>de</strong>ias <strong>em</strong> torno das quais po<strong>de</strong>mos dizer o-que-é-ter e o-que-é-não-ter<br />

saú<strong>de</strong>, o-que-é e o-que-não-é uma vida saudável.<br />

Resulta disso, ainda nos dias <strong>de</strong> hoje, um entendimento <strong>de</strong> que ter<br />

saú<strong>de</strong> é não estar fisicamente doente, e não ter saú<strong>de</strong> é estar doente.<br />

Por ser muito simples e por ter sido criada a partir da área <strong>de</strong> maior<br />

po<strong>de</strong>r e prestígio <strong>de</strong>ntre aquelas que se <strong>de</strong>dicam a lidar com questões <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> – a Medicina –, esse conceito ganhou gran<strong>de</strong> aceitação.<br />

Daí, perguntamos: Ele é simples ou é apenas reduzido?<br />

Ao nosso ver, quando diz<strong>em</strong>os que um conceito é simples, estamos<br />

fazendo um elogio. Isto porque, para ser consi<strong>de</strong>rado simples, ele <strong>de</strong>ve ser<br />

<strong>de</strong> fácil entendimento e, ao mesmo t<strong>em</strong>po, oferecer uma explicação correta<br />

e profunda <strong>de</strong> uma situação. No nosso caso, se aceitáss<strong>em</strong>os que saú<strong>de</strong> é<br />

apenas a ausência <strong>de</strong> doença, estaríamos aceitando também que, para ter<br />

saú<strong>de</strong>, basta não ter doença.<br />

A partir daí, provavelmente achar<strong>em</strong>os que, para solucionar os probl<strong>em</strong>as<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, precisaríamos apenas curar as doenças e talvez nossas<br />

necessida<strong>de</strong>s seriam, assim, reduzidas a médicos, hospitais e r<strong>em</strong>édios.<br />

<strong>Fundamentos</strong> <strong>de</strong> <strong>Educação</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> 85<br />

Saú<strong>de</strong>: é o estado <strong>de</strong><br />

completo b<strong>em</strong>-estar<br />

físico, mental e social,<br />

e não apenas a ausência<br />

<strong>de</strong> doença” (OMS, apud<br />

BRASIL, p.89).<br />

Subjetivida<strong>de</strong>: que é<br />

próprio <strong>de</strong> um ou <strong>de</strong><br />

vários sujeitos e que<br />

não é válido para todos.<br />

e-Tec Brasil/CEMF/<strong>Unimontes</strong>

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