Fundamentos de Educação em Saúde - CEAD - Unimontes
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saú<strong>de</strong> têm também as suas restrições, porque se concentram mais <strong>em</strong> torno<br />
da cura do que na prevenção da doença ou na promoção da saú<strong>de</strong>.<br />
Vamos <strong>em</strong> frente, pois, tenho certeza que esse conteúdo, como<br />
aconteceu <strong>em</strong> outros cursos, ajudará na reflexão, <strong>em</strong> cada comunida<strong>de</strong> do<br />
Brasil, sobre as condições <strong>de</strong> vida e <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e sobre os limites das ações<br />
nessa área; constituir-se-á na mais po<strong>de</strong>rosa fonte <strong>de</strong> inspiração, a fim <strong>de</strong><br />
que os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atenção à saú<strong>de</strong> não continu<strong>em</strong> sendo <strong>de</strong>finidos ou aceitos<br />
apenas como soluções médicas ou tecnocráticas, mas que se transform<strong>em</strong><br />
<strong>em</strong> partes articuladas do conjunto <strong>de</strong> políticas sociais e econômicas e<br />
seja o objetivo maior <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento integrado da socieda<strong>de</strong>, para que<br />
esta – além <strong>de</strong> <strong>de</strong>mocrática e economicamente sólida – seja também social e<br />
ambientalmente justa. (Barreto)<br />
Como vimos anteriormente, os trabalhadores que <strong>de</strong>senvolv<strong>em</strong><br />
ações <strong>de</strong> campo no controle das doenças e <strong>em</strong> epi<strong>de</strong>miologia precisam <strong>de</strong><br />
conhecimentos e <strong>de</strong> informações sobre o território e a população que estão<br />
sob os seus cuidados, a fim <strong>de</strong> realizar<strong>em</strong> as ações <strong>de</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
Para Palmeira, a situação <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> um lugar é pré-requisito <strong>de</strong> uma boa<br />
vigilância, e uma <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s iniciais se <strong>de</strong>dica a conhecer as doenças<br />
mais frequentes. (FIOCRUZ/EPSJV PROFORMAR, 2004).<br />
17.2 Desenvolvimento dos núcleos conceituais<br />
Para <strong>de</strong>senvolvermos o diagnóstico situacional, primeiro precisamos<br />
enten<strong>de</strong>r melhor o processo saú<strong>de</strong>-doença.<br />
17.2.1 Processo saú<strong>de</strong>-doença e a produção social da<br />
saú<strong>de</strong> / informação e diagnóstico<br />
Segundo Palmeira, o processo saú<strong>de</strong>-doença é uma expressão que<br />
significa a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> as pessoas, ao viver<strong>em</strong> <strong>em</strong> um <strong>de</strong>terminado lugar,<br />
produzir<strong>em</strong> saú<strong>de</strong> ou doença, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que existam as condições necessárias<br />
– favoráveis ou <strong>de</strong>sfavoráveis – para que um ou outro <strong>de</strong>sses fatos venha a<br />
acontecer. Saú<strong>de</strong> e doença estão intimamente relacionadas ao nosso cotidiano<br />
e constitu<strong>em</strong> um binômio, uma dupla inseparável.<br />
Para o autor, <strong>em</strong> geral, a medição do estado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma população<br />
se faz <strong>de</strong> forma negativa e indireta, ou seja, através da frequência <strong>de</strong><br />
eventos que significam a “não saú<strong>de</strong>”, como, por ex<strong>em</strong>plo, as mortes (mortalida<strong>de</strong>)<br />
e as doenças (morbida<strong>de</strong>), ou ainda outros probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, como<br />
o baixo peso ao nascer ou os aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trânsito. Por ex<strong>em</strong>plo, a quantida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> pessoas que morr<strong>em</strong>, adoec<strong>em</strong> ou apresentam um <strong>de</strong>terminado<br />
probl<strong>em</strong>a <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, <strong>em</strong> uma população <strong>de</strong>limitada, durante certo período, é<br />
usada como medida da saú<strong>de</strong> daquela população naquele período.<br />
É claro que todos nós quer<strong>em</strong>os ter saú<strong>de</strong>, e não doença. Com saú<strong>de</strong><br />
- tendo condições a<strong>de</strong>quadas <strong>de</strong> moradia, alimentação, saneamento, <strong>em</strong>prego,<br />
lazer, educação e os <strong>de</strong>mais direitos <strong>de</strong> cidadania - somos capazes <strong>de</strong><br />
<strong>Fundamentos</strong> <strong>de</strong> <strong>Educação</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> 167<br />
Maurício L. Barreto:<br />
Maurício, Professor<br />
titular <strong>de</strong><br />
Epi<strong>de</strong>miologia, Instituto<br />
<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Coletiva -<br />
Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da<br />
Bahia.<br />
Frequência:<br />
Frequência é um termo<br />
genérico utilizado <strong>em</strong><br />
epi<strong>de</strong>miologia para<br />
<strong>de</strong>screver a frequência<br />
<strong>de</strong> uma doença ou<br />
<strong>de</strong> outro atributo ou<br />
evento i<strong>de</strong>ntificado na<br />
população. Ocorrência.<br />
e-Tec Brasil/CEMF/<strong>Unimontes</strong>