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Fundamentos de Educação em Saúde - CEAD - Unimontes

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8.2.2.3 A saú<strong>de</strong> e os meios que a <strong>de</strong>terminam.<br />

A situação <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> é produzida nos meios biológico, físico, social e<br />

cultural. E isso <strong>de</strong>ve ser levado <strong>em</strong> consi<strong>de</strong>ração para se tentar transformar<br />

a situação <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> um indivíduo ou comunida<strong>de</strong>.<br />

• Meios biológicos que interfer<strong>em</strong> nas situações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>/doença:<br />

ida<strong>de</strong>, sexo, características pessoais genéticas, t<strong>em</strong>po <strong>de</strong><br />

exposição aos vírus, ás bactérias, aos insetos transmissores <strong>de</strong><br />

doenças.<br />

• Meios físicos: condições <strong>de</strong> saneamento, ocupação e moradia,<br />

fontes <strong>de</strong> água para consumo, qualida<strong>de</strong> dos alimentos, <strong>de</strong>ntre<br />

outros.<br />

• Meio socioeconômico e cultural: renda, acesso à educação formal,<br />

lazer, hábitos, liberda<strong>de</strong> e, claro, acesso aos serviços <strong>de</strong><br />

promoção e recuperação da saú<strong>de</strong>.<br />

Para que essa transformação aconteça, a interseção entre educação<br />

e saú<strong>de</strong> torna-se fundamental. Seu aprimoramento é um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio<br />

para os profissionais, atores e interlocutores <strong>de</strong>ssas duas áreas.<br />

8.2.3 <strong>Educação</strong> <strong>em</strong> saú<strong>de</strong><br />

Para Brasil (2007), a educação <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> é um processo sist<strong>em</strong>ático,<br />

contínuo e permanente que objetiva a formação e o <strong>de</strong>senvolvimento da<br />

consciência crítica do cidadão, estimulando a busca <strong>de</strong> soluções coletivas<br />

para os probl<strong>em</strong>as vivenciados e a sua participação real no exercício do controle<br />

social. Participação é tomar parte <strong>de</strong>; assumir o que é seu <strong>de</strong> direito;<br />

é ser sujeito e ator; é assumir o controle social. Segundo João Bosco Pinto,<br />

1984, “a participação real é a que se i<strong>de</strong>ntifica com as reivindicações da<br />

população para assumir parte das <strong>de</strong>cisões sociais”.<br />

Segundo Brasil (2007), a finalida<strong>de</strong> da ação <strong>de</strong> educação <strong>em</strong> saú<strong>de</strong><br />

é a transformação. Esta ação, como área do conhecimento, contribui <strong>de</strong><br />

forma <strong>de</strong>cisiva para a consolidação dos princípios e diretrizes do SUS. A sua<br />

clientela é composta <strong>de</strong> profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, grupos sociais e população<br />

<strong>em</strong> geral, respeitando as suas formas <strong>de</strong> organização.<br />

A educação <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> ocorre nas relações que se estabelec<strong>em</strong> entre<br />

os profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e saneamento e <strong>de</strong>stes com os serviços na sua<br />

organização, gestão participativa e escolha dos melhores caminhos a percorrer,<br />

que suscit<strong>em</strong> a maior participação da comunida<strong>de</strong>, a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> suas<br />

necessida<strong>de</strong>s e das formas <strong>de</strong> atuar <strong>de</strong>ntro do próprio serviço, na <strong>de</strong>mocratização<br />

do atendimento e da informação à comunida<strong>de</strong> e aos seus grupos sociais;<br />

e <strong>de</strong>la, a comunida<strong>de</strong>, com os serviços, quando <strong>de</strong> posse da informação<br />

e no exercício da participação, influi nas mudanças necessárias à promoção<br />

da saú<strong>de</strong> coletiva e exerce o controle social sobre o sist<strong>em</strong>a.<br />

Freire (1921) já afirmava a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que educadores e educandos<br />

se posicionass<strong>em</strong> criticamente ao vivenciar<strong>em</strong> a educação, separando<br />

as posturas ingênuas ou astutas, negando, <strong>de</strong> uma vez por todas, a pretensa<br />

neutralida<strong>de</strong> da educação.<br />

<strong>Fundamentos</strong> <strong>de</strong> <strong>Educação</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> 87<br />

A saú<strong>de</strong>, portanto, é<br />

algo que se constrói<br />

durante toda a vida,<br />

nas relações sociais e<br />

culturais. A educação,<br />

por sua vez, é apontada<br />

como um dos fatores<br />

mais significativos para<br />

a promoção da saú<strong>de</strong>.<br />

Ao educar para a saú<strong>de</strong>,<br />

contribui-se para a<br />

formação <strong>de</strong> cidadãos<br />

capazes <strong>de</strong> atuar <strong>em</strong><br />

favor da melhoria dos<br />

níveis <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pessoais<br />

e da coletivida<strong>de</strong>.<br />

e-Tec Brasil/CEMF/<strong>Unimontes</strong>

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