Fundamentos de Educação em Saúde - CEAD - Unimontes

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17.2.3.3.3 Tipos de dados • Demográficos. • Ambientais e de condição de vida. • Morbidade. • Mortalidade. • Administrativos de serviços (recursos de saúde e a produção de serviços). • Documentais e cadastrais. 17.2.3.3.4 Processamento de dados Para facilitar a classificação dos dados, é preciso codificá-los, transformá-los em valores numéricos ou em letras; por exemplo: sexo masculino, código 01, feminino, código 2. Após a codificação, esses dados devem ser classificados, recontados e agrupados de modo sistemático em classe determinadas. Deve-se trabalhar isso melhor na aula de Epidemiologia. 17.2.3.4 Sistemas de Informação As informações geradas por um sistema de informações em saúde (SIS) representam uma ferramenta essencial nos processos de organização, avaliação, planejamento e tomada de decisões, fornecendo elementos de ajuste e de avaliação da execução dos planos e ações do setor de saúde, fundamentados nas premissas do Sistema Único de Saúde –SUS. 17.2.3.4.1 Principais sistemas de informação utilizados em saúde Existem diversos sistemas de informação em saúde. Os cinco maiores, que vêm sendo utilizados para análise da situação de saúde, são os dados a seguir. a) Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) Criado em 1975, foi o primeiro sistema de informações em saúde. Este sistema informatizado utiliza registros de um instrumento legal – a declaração de óbito (DO) para gerar informações sobre as causas dos óbitos e as características demográficas e sociais dos óbitos registrados. b) Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc) O Sinasc foi implantado, de forma gradual, a partir de 1990, em muitos municípios brasileiros, permitindo conhecer as condições de nascimento no país e alcançando cobertura nacional em 1993. O Sinasc é baseado na declaração de nascido vivo (DN). c) Sistema de Informação Sobre Agravos Notificáveis (Sinan) O Sinan foi criado em 1990 e implantado, a partir de 1993, em todo o território nacional, tendo como objetivo racionalizar o processo de coleta e transferência de dados referentes a doenças e agravos de notificação. Este sistema é alimentado pela ficha de notificação de agravos e pela investigação dos mesmos. e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 172 Vigilância em Saúde
d) Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) Este sistema foi implantado no final da década de 1980 como sistema de pagamento de internações dos hospitais contratados pelo Ministério da Previdência. Em 1991, depois da promulgação da lei 8.080, o extinto Inamps passou a implantar, em nível nacional, o Sistema de Assistência Médico-Hospitalar da Previdência Social e o seu documento principal de coleta de dados, a Autorização de Internação Hospitalar (AIH), em toda rede própria, filantrópica e privada. e) Sistemas de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS) O Sistema de Informações Ambulatoriais foi implantado em todo o território nacional em 1991, através da Norma Operacional Básica 01/91, tendo como principal finalidade o pagamento dos serviços executados pela rede ambulatorial pública, contratada e vinculada ao SUS. Além da finalidade financeira, o SIA/SUS permite avaliar a produção de serviços de saúde, o acompanhamento das programações físicas e orçamentárias e das ações de saúde produzidas, gerando instrumentos analíticos de controle e avaliação do SUS. (...). 17.3 Conclusão Integra o corpo da aula e consiste num texto independente, em que deve ser percebida a relação entre os conceitos apresentados e a relevância de seu conhecimento e estudo. Resumo Nesta aula, você foi capaz de conceituar o processo saúde-doença, diferenciar a teoria UNICAUSAL OU DE CAUSA ÚNICA, como existência de apenas uma causa para um agravo ou doença (existência de um agente que origina ou provoca o adoecimento; desinteresse pelas evidências relacionadas às condições de vida), das teorias do MODELO DA “BALANÇA”, que propunha a existência de um perfeito equilíbrio entre diversos fatores que estariam no ambiente interagindo com o hospedeiro e o agente, do modelo da REDE DE CAUSALIDADE, proposto por MacMohom, que admitia a interação entre vários fatores que condicionavam a ocorrência de um agravo e que seria suficiente conhecer um desses elementos para se intervir sobre a doença, não sendo necessário alterar os demais e do terceiro e mais bem acabado desses modelos, desenvolvido por dois sanitaristas, Leavell e Clark, que propuseram um MODELO ECOLÓGICO composto por três elementos: o ambiente, o agente e o hospedeiro. No MODELO ECOLÓGICO, os três elementos interagem, relacionam e condicionam o desenvolvimento da doença. Portanto, o ambiente, o hospedeiro e o agente estão interligados em um estado de equilíbrio, comunicando-se sistematicamente e se autorregulando, ou seja, sempre buscando não perder o equilíbrio. O agente e o hospedeiro são dependentes do ambiente que, ao mesmo tempo, pode ser modificado pelos dois. Fundamentos de Educação em Saúde 173 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
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