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Fundamentos de Educação em Saúde - CEAD - Unimontes

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É evi<strong>de</strong>nte que tal mo<strong>de</strong>lo não dá conta da interação humana, por<br />

<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> fora o que qs teorias mais recentes da comunicação consi<strong>de</strong>ram<br />

como o mais importante: todos esses ruídos. A comunicação é um processo<br />

vivo e não po<strong>de</strong> ser reduzida a um esqu<strong>em</strong>a mecânico <strong>de</strong> passa-informação-<br />

-prá-lá, <strong>de</strong>volve-informação-prá-cá. Neste mo<strong>de</strong>lo, não há espaço para verda<strong>de</strong>iros<br />

atores ou reais intercâmbios.<br />

Para ROZEMBERG. Brani.. et al. (2004) nossos <strong>de</strong>stinatários não<br />

são máquinas que “<strong>de</strong>codificam mensagens”, eles atribu<strong>em</strong> sentido a todas<br />

aquelas mensagens que lhes são r<strong>em</strong>etidas. (...).<br />

Figura 22: Mo<strong>de</strong>lo Shannon & Weaver.<br />

Fonte: Shannon &Weaver, 1949.<br />

Veja que, neste mo<strong>de</strong>lo, existe um que fala: a fonte ou <strong>em</strong>issor;<br />

um que escuta: o receptor; a mensag<strong>em</strong> e um canal ou meio por on<strong>de</strong> passa<br />

mensag<strong>em</strong> e, para ser recebida pela estrutura receptora, ela é <strong>de</strong>codificada.<br />

11.2.2.3.2 - Abordag<strong>em</strong> dialógica da comunicação<br />

Para Roz<strong>em</strong>berg e Caco Xavier, a abordag<strong>em</strong> dialógica não chega a<br />

se constituir como mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> comunicação, mas influenciou profundamente<br />

toda uma geração <strong>de</strong> educadores e profissionais da comunicação <strong>em</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

Surgiu, na década <strong>de</strong> 1960, como reação política ao imperialismo e ao <strong>de</strong>senvolvimentismo,<br />

na forma <strong>de</strong> movimentos <strong>de</strong> valorização da cultura e do<br />

saber popular. Educadores como Paulo Freire (1975) e seus seguidores representam<br />

b<strong>em</strong> a crítica ao autoritarismo e ao mo<strong>de</strong>lo mecânico <strong>de</strong> transferência<br />

<strong>de</strong> conhecimento. Para essa educação transformadora, profundamente<br />

humanista, não existe um que sabe e outro que não sabe, mas sim saberes<br />

diferentes e igualmente válidos para a ação humana. A abordag<strong>em</strong> dialógica<br />

propõe, <strong>de</strong>ssa forma, que técnicos e população sejam ambos portadores <strong>de</strong><br />

saberes e que haja o diálogo e a construção partilhada <strong>de</strong> novos conhecimentos.<br />

(Roz<strong>em</strong>berget al., 2004).<br />

<strong>Fundamentos</strong> <strong>de</strong> <strong>Educação</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> 117<br />

Imperialismo: referese<br />

à forma política e<br />

econômica que alguns<br />

países ricos utilizam<br />

para se relacionar<br />

com outros países<br />

– como se fosse um<br />

império, on<strong>de</strong> o mais<br />

po<strong>de</strong>roso domina<br />

os mais fracos e os<br />

submet<strong>em</strong> às suas<br />

<strong>de</strong>cisões.<br />

e-Tec Brasil/CEMF/<strong>Unimontes</strong>

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