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Dissertação Vio - Unesp

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E STUDOS SOBRE E XPOGRAFIA 123<br />

tempos. É preciso compreendê-lo bem no seu importantíssimo<br />

sentido” (Ibidem, s/p).<br />

Em 1946, Chateaubriand contratou Quirino da Silva para escrever sobre<br />

arte no jornal e conseqüentemente trabalhar como “técnico de museu”, uma<br />

espécie de consultor. Foi uma tentativa de iniciar o desenvolvimento de seu novo<br />

projeto, a criação do Museu de Arte Antiga e Moderna (que era o primeiro nome<br />

do que veio a ser o MASP). Por algum período, Quirino havia-se dedicado à<br />

pintura e criado uma revista de arte chamada Forma, na qual Frederico Barata 15 ,<br />

jornalista responsável pela editoração de arte na cadeia de jornais Diários<br />

Associados, já havia escrito. Quirino da Silva chegou a esclarecer para Geraldo<br />

Ferraz que também trabalhava como jornalista para Chateaubriand, na época:<br />

“Assis tencionava fazer um museu de arte e o consultava quanto<br />

à composição de um acervo, uma coleção de arte ambiciosa,<br />

sem dúvida, para a época, mas imaginada e iniciada num<br />

momento em que o mercado europeu cedia à gente de là-bas<br />

(sic) quanta tela disponível em mão de pessoas que se achavam,<br />

então, em dificuldades”. (FERRAZ, 1983, p.30).<br />

Ainda segundo Ferraz, Chateaubriand chegou a convidar Quirino da Silva<br />

para que o acompanhasse à Europa para comprar obras de arte para o acervo,<br />

mas Silva recusou a proposta em razão de seu medo de viajar em avião. Mesmo<br />

assim, Chateaubriand não desanimou – e usando como referência a história que<br />

conhecia sobre o Museum of de Modern Art, de Nova Iorque, dizendo que Nelson<br />

Rockefeller não estava sozinho durante sua criação, – revelou que daria<br />

continuidade ao projeto “porque os milionários paulistas tinham dinheiro para<br />

15 Frederico Barata foi um dos primeiros doadores do MASP, oferecendo a obra Cinco moças de<br />

Guaratinguetá de Emiliano Di Cavalcanti (BARDI, 1992, p.10), que por curiosidade também<br />

chegou a trabalhar nos Diários Associados, fazendo caricaturas para jornal assinando sempre<br />

como Urbano (FERRAZ, 1983, p.19).

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