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Dissertação Vio - Unesp

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E STUDOS SOBRE E XPOGRAFIA 2 88<br />

expografia moderna no Brasil. Essa forma de apresentar obras atendeu critérios<br />

que buscavam valorizar e destacar a obra de arte do ambiente pela eliminação de<br />

elementos visuais do espaço que poderiam competir com o objeto exposto. O uso<br />

desse tipo de expografia foi largamente difundida em museus e galerias de arte de<br />

diversos países, especialmente as de arte moderna ou contemporânea, sendo<br />

considerada uma expografia “neutra”.<br />

No capítulo 3 abordamos a Pinacoteca do Museu de Arte de São Paulo<br />

(1967-97), com autoria de Lina Bo Bardi (1957). Trata-se de uma proposta<br />

expográfica que questiona a expografia moderna tradicional, já estabelecida e<br />

difundida como o modelo por excelência no Brasil. Ao que tudo indica, essa forma<br />

de expor obras parte dos mesmos princípios da expografia moderna, buscou<br />

anular o espaço, usando a transparência como metáfora da liberdade.<br />

No capítulo 4 abordamos a Grande tela da XVIII Bienal Internacional de<br />

São Paulo (1985), com curadoria de Sheila Leirner. Nessa exposição, Leirner<br />

procurou impor um discurso curatorial ao invés de valorizar a obra de arte. Ou<br />

seja, trata-se de uma proposta que inverteu a fórmula das propostas expográficas<br />

que vimos nos capítulos 2 e 3. Esse discurso consistiu na criação de um espaço<br />

expositivo que desrespeitava critérios da expografia moderna, como o isolamento<br />

das obras entre si. Trata-se de uma das primeiras propostas de expografia que<br />

divergiu e questionou profundamente a expografia moderna e reconhecida como<br />

marco de inicio da era dos curadores.<br />

No apêndice vimos o módulo Arte barroca, na Mostra do Redescobrimento<br />

(2000), com curadoria de Myrian Ribeiro de Andrade Oliveira e cenografia de Bia<br />

Lessa. Trata-se de um exemplo notável de uso de recursos cenográficos no

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