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Dissertação Vio - Unesp

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E STUDOS SOBRE E XPOGRAFIA 90<br />

primeiro dia foi entrevistado por Geraldo Ferraz e Flávio de Carvalho, que<br />

publicaram o evento nos jornais. No segundo dia, Le Corbusier dirigiu-se à casa<br />

de Warchavchik na Rua Santa Cruz, acompanhado de um grupo que reunia<br />

artistas, jornalistas e arquitetos (entre os quais se encontrava Dácio de Moraes)<br />

para conhecer seu trabalho. Além de conhecer a primeira casa modernista da<br />

cidade, que era onde residia o próprio Warchavchik, o grupo que acompanhava<br />

Le Corbusier pôde visitar também outras duas, que se encontravam em<br />

construção no bairro do Pacaembu, como comentaremos mais adiante.<br />

Le Corbusier pôde ver como, além das formas e materiais característicos<br />

da arquitetura moderna presentes na obra de ambos os arquitetos, Warchavchik<br />

investia também nas cores, conseguindo efeitos que agradaram muito o visitante:<br />

“Le Cobusier percorreu todas as dependências, interessando-se<br />

muito pelos detalhes, desde o revestimento de massa brilhante<br />

nas paredes, onde a luz produz os mais surpreendentes efeitos,<br />

até às particularidades do jardim, onde o cactus brasileiro e<br />

outras plantas que o europeu considera exóticas, identificam o<br />

ambiente ao que mais temos de nosso” (FERRAZ, 1929b).<br />

O revestimento das paredes ao qual se refere era resultante de uma<br />

composição de cimento branco, caulim e mica, aplicada nas paredes externas<br />

com intenção de adquirir um “acabamento rústico”, com uma textura semelhante<br />

\á que Luis Barragán fazia no México (WARCHAVCHIK, 1930 apud: SEGAWA,<br />

2002, p. 47). Segundo Mário de Andrade “a mica brilhante torna as paredes muito<br />

decorativas e assim o artista pôde prescindir de molduras, colunatas e demais<br />

enfeites superficiais e superpostos” (ANDRADE, M., 1928)

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