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Dissertação Vio - Unesp

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E STUDOS SOBRE E XPOGRAFIA 2 65<br />

Myriam Andrade Ribeiro de Oliveira, historiadora que trabalhava para o Instituto<br />

do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e como docente na<br />

Universidade Federal do Rio de Janeiro. Visando a exposição, ela desenvolveu<br />

uma pesquisa de dois anos, fazendo o levantamento das 350 imagens religiosas<br />

que integraram a exposição. Seu texto de 40 páginas presente no catálogo da<br />

exposição fornece dados históricos que abrangem um período que parte do<br />

momento em que a Igreja Católica passou a cultuar imagens, passando pelo<br />

ingresso destas no Brasil e sua produção no país. Dentro deste período aborda o<br />

imaginário religioso brasileiro de cada região em diferentes períodos, comentando<br />

costumes, artistas, técnicas, estilos e iconografia. Apesar de não mencionar a<br />

realização da exposição, todo conjunto exposto ilustra o conteúdo tratado em seu<br />

texto. No último parágrafo, Myriam afirma que o conjunto desse imaginário<br />

religioso está diretamente vinculado à identidade cultural brasileira, aspecto<br />

presente na expografia cênica concebida.<br />

“O interesse das esculturas sacras ultrapassa, entretanto, o<br />

campo da história da arte, constituindo um testemunho eloqüente<br />

dos variados matizes da cultura brasileira, de raízes<br />

profundamente religiosas, e um de seus mais importantes<br />

referenciais imagéticos. Eruditas ou populares, em barro cozido<br />

ou madeira policromada e dourada, executada por religiosos<br />

conventuais ou artistas leigos portugueses e autóctones, em<br />

todas as gamas da mescla racial refletida em suas variadas<br />

tipologias, elas foram onipresentes na cultura brasileira até<br />

princípios do século XX, e ainda sobrevivem com as mesmas<br />

funções nas áreas rurais e nas camadas populares dos grandes<br />

centros urbanos. O resgate de seu conhecimento implica portanto<br />

a restituição de uma parte significativa da memória do país. Ou<br />

da formação da própria IMAGEM” (OLIVEIRA; in: FUNDAÇÂO<br />

BIENAL DE SÃO PAULO, 2000, p.76).

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