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Dissertação Vio - Unesp

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E STUDOS SOBRE E XPOGRAFIA 1 91<br />

doaram três coleções particulares de obras de arte, acrescida do acervo inteiro do<br />

MAM aos cuidados da Universidade de São Paulo.<br />

Ciccillo Matarazzo também parou de investir recursos de seu capital na<br />

Bienal, que desta maneira passou gradativamente ao poder público. Apesar disso,<br />

a administração permaneceu privada por se tratar de uma fundação; assim, seus<br />

funcionários não são concursados.<br />

“Rosa Artigas revela que, nas três primeiras exposições, Ciccillo<br />

dividiu os custos com o governo em partes iguais. Já na 5° Bienal,<br />

o empresário entrava com 1/3, e o governo bancava o resto. A<br />

partir da sexta edição, em 1961, o governo arcaria com 4/5 das<br />

despesas” (CYPRIANO, 2001, p.3).<br />

Os demais membros que pertenciam ao corpo administrativo do MAM e<br />

da Bienal (diretor e conselheiros) reivindicaram judicialmente a possibilidade de<br />

manter o nome MAM e sua coleção correspondente. Não foram totalmente<br />

atendidos, porém, foi-lhes permitido, a partir de 1969, utilizar apenas o nome da<br />

entidade. Após essa resolução, a nova entidade da USP (Universidade de São<br />

Paulo), que concentrava todas as coleções, recebeu o nome de Museu de Arte<br />

Contemporânea. A exposição do MAC foi organizada por Walter Zanini com<br />

recursos da USP e continuou ocupando a mesma sede que ocupa até hoje, uma<br />

parte do terceiro andar do Pavilhão Ciccillo Matarazzo.<br />

Para sediar o novo MAM, construiu-se um edifício debaixo da Marquise<br />

do Parque Ibirapuera, que foi projetado por Lina Bo Bardi. Sua proposta<br />

expográfica substituía o branco, — que foi usado de forma rigorosa em todas as<br />

exposições realizadas até então pela Bienal e antigo MAM —, pelo azul celeste e<br />

pela transparência de toda fachada do Museu. Isso favorecia a vista do Parque<br />

Ibirapuera e vice-versa, como comentado no capitulo anterior.

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