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Dissertação Vio - Unesp

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E STUDOS SOBRE E XPOGRAFIA 1 70<br />

apertado entre uma casa velha e um velho edifício. Não combina<br />

com nada, principalmente com a paisagem. O homem não se<br />

integra nele. É o que chamamos de brutalismo 22 total em<br />

arquitetura. [E define:] Brutalismo é isso mesmo: inadequação; o<br />

homem fora da arquitetura” (MARIA, A. apud ibidem, 1969, p.27).<br />

A reportagem apresentou também estudantes de outros cursos<br />

universitários ou mesmo de colégios que foram ao MASP munidos de caderno e<br />

Alunos fazendo anotações a partir dos painéis didáticos 1969 (arq. Bardi)<br />

caneta para copiar<br />

as informações dos<br />

painéis-didáticos,<br />

que estavam atrás<br />

dos quadros. Nem<br />

todos apresentavam<br />

a mesma disposição;<br />

parte do público<br />

alegou interesse nas<br />

informações, mas protestava, provavelmente pelo incômodo de ficar em pé por<br />

muito tempo, ignorando a existência da biblioteca dentro do próprio museu. Uma<br />

dessas pessoas insatisfeitas foi a estudante Claudete Dittlicho, que deveria<br />

esboçar algum quadro e copiar dados biográficos para um trabalho escolar;<br />

protestava sobre o preço do catálogo e do fato de não poder fotografar as obras<br />

22 Segundo Villanova Artigas, arquiteto que projetou o edifício da FAU-USP em 1961, existe a<br />

tendência de se classificar qualquer construção com concreto aparente de brutalismo. Ele entende<br />

que o brutalismo é uma tendência européia que “abandona os valores artísticos da arquitetura,<br />

privilegiando a técnica”; outra coisa é a tendência em particular da arquitetura paulistana, que<br />

“utiliza materiais despidos e os emprega de forma simples, assinalando a perspectiva de um<br />

avanço técnico e buscando interpretar nossa herança cultural” (FERNADES, F., Bienal 50 anos;<br />

Exposição Internacional de Arquitetura. In: FARIAS, A. (org), 2001, p.282).

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