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Dissertação Vio - Unesp

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E STUDOS SOBRE E XPOGRAFIA 2 35<br />

4) A repercussão dessa expografia<br />

A construção deste tópico fundamentou-se em artigos e entrevistas<br />

publicadas em jornais, revistas e vídeo que documentaram o evento na época. Há<br />

que se considerar que, pouco antes da abertura da Bienal, um material impresso<br />

escrito pela própria curadora foi distribuído para toda a imprensa e posteriormente<br />

para o público que ingressava na exposição. Este material já citado anteriormente<br />

continha informações sobre a programação, uma introdução assinada por Roberto<br />

Muylaert e um texto sugerindo um roteiro de visitação com explicações sobre<br />

questões conceituais da curadoria. Ou seja, quem visitava a exposição tinha<br />

acesso a informações capazes de lhe proporcionar uma perspectiva geral sobre o<br />

evento. Inclusive, o texto avisava com antecedência que a Grande tela era<br />

considerada uma “zona de turbulência” que apresentava “caráter polêmico”, na<br />

qual a Bienal se apoiava e de onde surgiam as “questões mais importantes”<br />

(LEIRNER, 18° Bienal de São Paulo, 1985; in: LEIRNER, 1991, p. 225). Esses<br />

textos escritos por Sheila Leirner, com exceção do roteiro, chegaram,<br />

posteriormente, a ser republicados no livro Arte e seu tempo (1991).<br />

A polêmica em torno da Grande tela começou antes mesmo da abertura<br />

da mostra, envolvendo comissários, artistas participantes e jornalistas. Durante a<br />

montagem, o crítico alemão Jurgen Harten, diretor do museu Kunsthalie de<br />

Dusseldorf, que havia sido convidado para orientar a comissão de montagem da<br />

Bienal, não concordou com a idéia da Grande tela. Passou dias discutindo com a<br />

curadora Sheila Leirner sobre a disposição das telas e tipos de diálogos que<br />

poderiam estabelecer (O Estado de São Paulo, 22 set 1985). Não conseguindo

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