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Impressões Capixabas 165 anos de jornalismo no Espírito Santo

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Tablói<strong>de</strong>: um formato sensacional<br />

A Re<strong>de</strong> Gazeta, que publica o jornal A Gazeta (em formato standard), <strong>de</strong> tradição <strong>no</strong><br />

<strong>Espírito</strong> <strong>Santo</strong>, direcionado ao leitor das classes A e B, optou, <strong>no</strong> a<strong>no</strong> 2000, pela criação do jornal<br />

Notícia Agora, <strong>no</strong> formato tablói<strong>de</strong>, direcionado às classes C e D, primordialmente. Este é um<br />

formato <strong>de</strong> jornal muito utilizado na Inglaterra por periódicos especializados em cobrir a vida<br />

das celebrida<strong>de</strong>s e, principalmente, publicar escândalos sobre a Família Real (a exemplo do The<br />

Sun e do Sunday Mirror). O formato compacto (me<strong>no</strong>r que o standard) é <strong>de</strong> fácil manuseio.<br />

Talvez o sensacionalismo inglês seja o responsável pela associação automática que se faz entre<br />

o formato tablói<strong>de</strong> e o sensacionalismo, o que é um equívoco, pois não se trata <strong>de</strong> uma regra.<br />

O exemplo brasileiro <strong>de</strong> jornal <strong>de</strong> tradição em formato tablói<strong>de</strong> é o jornal Zero Hora, <strong>de</strong> Porto<br />

Alegre (RS), do grupo RBS, que edita o jornal popular Diário Gaúcho, lançado <strong>no</strong> a<strong>no</strong> 2000.<br />

Tablói<strong>de</strong>: custo x benefício<br />

Nos últimos <strong>a<strong>no</strong>s</strong>, há uma tendência mundial <strong>de</strong> reformulação gráfica dos jornais e a opção<br />

pelo formato tablói<strong>de</strong> é cada vez mais freqüente, mesmo entre os jornais mais tradicionais.<br />

Segundo Singer (2005), o In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt foi o primeiro jornal britânico tradicional a optar pela<br />

versão tablói<strong>de</strong> paralelamente à edição broadsheet (equivalente ao tamanho standard adotado<br />

<strong>no</strong> Brasil). Posteriormente, o Times seguiu a mesma receita e, <strong>no</strong> a<strong>no</strong> passado, optou pela<br />

publicação exclusivamente em formato tablói<strong>de</strong>.<br />

No mesmo a<strong>no</strong>, 40 pessoas foram <strong>de</strong>mitidas do jornal.<br />

De acordo com Dines (2005), em artigo escrito em 1999, a ANJ (Associação Nacional dos<br />

Jornais) enumera vantagens do tablói<strong>de</strong> para justificar a opção <strong>de</strong> mudança <strong>de</strong> alguns jornais<br />

brasileiros, na época, para esse formato: a facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> manuseio, melhor visibilida<strong>de</strong> para as<br />

informações, padronização dos anúncios, fortalecimento do veículo jornal através <strong>de</strong>ssa<br />

<strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> unida<strong>de</strong> em tor<strong>no</strong> da entida<strong>de</strong> empresarial.<br />

Para o jornalista, a verda<strong>de</strong>ira razão da mudança que alguns jornais fizeram para o formato<br />

tablói<strong>de</strong> é a eco<strong>no</strong>mia: corte <strong>no</strong> custo do principal insumo – o papel. Dines registra:

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